terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Boas Festas

A todos os leitores deste blog, BOAS FESTAS!

Euros

A distribuição de euros por parte do PND tem como fundamento de base a crítica à democracia representativa e parlamentar e a exploração populista, com fins anti-democráticos, da pobreza que atinge cada vez mais gente. A culpa será dos políticos, em geral, colocando-se todos no mesmo saco e isentando-se, deste modo, o Governo Regional.
A outra face deste bodo mostra como tantas pessoas já nem conseguem esconder as dificuldades que passam.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

João Carlos Gouveia e o Debate do Orçamento

Digam o que disserem os jornalistas, habituados às liturgias e ao cizentismo, João Carlos Gouveia fez muito bem em não dar demasiada importância ao debate sobre o Orçamento da Região. Como todos os deputados dos partidos de Oposição, afirmaram, o documento parte de premissas pouco rigorosas, quase virtuais. Depois, foi o próprio Governo Regional a afirmar que não aceitaria nenhuma proposta da Oposição. Então para quê fingir? Por último e não menos importante motivo, não tem sentido o líder do maior partido de Oposição confrontar-se com um Presidente do Governo que desrespeita a ALM, até no comportamento pouco digno. E então era o que faltava: falar uns minutinhos escassos e deixar que o Presidente do Governo fale o tempo que quiser, à maneira do Fidel de Castro ou do Hugo Cháves.

Demasiados milhões

O "Diário de Notícias" de hoje dá conta de que a proposta mais baixa para a remodelação do Estádio dos Barreiros é de 32 milhões de euros. É dinheiro a mais para o Futebol Profissional, em qualquer momento, mas em período tão crítico como este torna-se obsceno. Se partirmos do número de 250.000 habitantes da Região, significa que cada madeirense vai dar 128 euros, mais o que costuma pagar nos subsídios que o Governo Regional atribui ao futebol profissional para que o Marítimo treine em Santo António e jogue nos Barreiros. 128 euros por cada madeirense, seja ou não maritimista, goste ou não de futebol, tenha emprego ou não, passe ou não por dificuldades, mesmo que nem dinheiro para remédios possua. Uma família de 4 pessoas, um casal com dois filhos, por exemplo, pagará 512 euros. Não será um escândalo demasiado evidente?

Tanto tempo...

Pois é... passaram-se muitos dias desde a minha última postagem. Deveres profissionais e limitações técnicas conjugaram-se para tal facto. As minhas desculpas.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Que pague o Sócrates...

É assim que governa o PSD-Madeira: quando toca a exigir que o Governo da República pague, dá-se tudo, quando é para o Governo Regional arcar com o benefício dos cidadãos madeirenses, nada dá, é nada, nada, nada.
O PSD-M já tinha proposto um acréscimo de 10% para os funcionários públicos em serviço nas forças de segurança da Madeira. Quem pagaria? O Governo da República.
Agora o PS-M avança com o aumento do subsídio de insularidade para 15% para todos os funcionários públicos na Madeira. O que fez o PSD-M na Assembleia Regional? Vota favoravelmente esse aumento para os funcionários públicos pagos pelo Governo da República mas rejeita esse mesmo aumento para os funcionários públicos regionais e da administração local. Está chapado na cara desta gente como se governa: grita-se para que os outros paguem, os outros, sempre os outros.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

no bom sentido, ou como também te mostro a língua

Quando AJJ falou que era preciso criar uma "máfia no bom sentido" falava aos jovens da JSD. Agora, perante a mesma assistência diz que afinal os socialistas é que são mafiosos.
Não é a primeira nem a décima vez que AJJ faz trocas e baldrocas, baralha e torna a dar, isto é, vai-se divertindo, como ele gosta de mostrar, e depois há aquelas carinhas a fingirem que o levam a sério. Parece aquelas crianças que, após serem acusadas de alguma coisa, respondem "tu é que és", ou deitam também a língua de fora, ou chamam os "nomes" antes que lhe chamem, ou...
imaginem se uma criança destas chegasse a presidente de um governo... havia de ser bonito!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Desastre nu

O grupo "Contigo Teatro" leva à cena, na Casa das Mudas, na Calheta, a peça de teatro "Desastre Nu", de António Aragão.
Assisti à estreia, na pretérita sexta-feira, e aconselho vivamente este espectáculo.
A forma original como os espectadores se aglomeram à entrada da sala até que toquem as sirenes prenunciadoras da "guerra" está muito bem concebida, ainda que as falas que só se podem ouvir, nesse momento, sejam demasiado longas, a merecerem, talvez, um registo escrito para que os espectadores não percam o sentido.
A obra de António Aragão é excelente: uma crítica profundamente corrosiva à sociedade contemporânea, mas também à própria cultura judaico-cristã. Acima de tudo o ataque aos poderosos e a denúncia da passividade dos oprimidos. Para além da ironia, encontramos o sarcasmo e a gargalhada que nos abate em frente aos espelhos. Estamos perante uma sátira à democracia que nos envolve, arrasadora, desnudante.
A encenação de Maria José Varela merece todos os elogios: pela excelência do cenário e pelo grande trabalho realizado pelos actores, que um ou outro momento de nervosismo não delustra.
Louve-se ainda a coragem de um grupo amador, que soube superar as dificuldades de uma peça realmente difícil de encenar.
"Contigo Teatro" estreia de facto uma peça que nenhuma companhia teatral ousara assumir, talvez pela sua dificuldade, talvez pela sua corrosiva denúncia deste nosso desastre.
Não percam esta oportunidade. Grande pedrada no charco da nossa modorra cultura. Que pedra!

No mínimo infelizes

Rui Alves teve declarações, no mínimo, infelizes, apelando ao espírito guerreiro dos nacionalistas, que deveria levá-los a dar uns estalos nos jornalistas.
Isto aconteceu poucas horas depois de o Presidente do Governo Regional ter pedido à população que tratasse da Oposição. AJJ foi implícito, Rui Alves explícito, a querer ser mais papista que o Papa.
Um fraco rei faz fraca a forte gente e não me apetece dizer mais nada, por agora, sobre o Estado da Democracia na Madeira. Ainda há quem goste disto assim... à far-west.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Muito em que pensar

Do blog "Pensamadeira", com a devida vénia, extracto do diário da Assembleia onde se pode ouvir o discurso de José Manuel Coelho. Pena que o episódio da bandeira tenha feito passar para segundo plano este discurso.
Coelho, o rastilho da "nossa" Assembleia!
(...)PRESIDENTE (Miguel Mendonça): Muito obrigado, Sr. Deputado. Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Manuel Coelho.JOSÉ MANUEL COELHO (PND): Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia, Excelentíssimas Senhoras e Senhores Deputados. Há 34 anos estava eu no Batalhão de Caçadores 5, em Lisboa, a tirar a especialidade de Transmissões de Infantaria e na noite de 24 para 25 de Abril, pela uma hora da madrugada, o corneteiro tocou na caserna os instrumentos de transmissões de infantaria. Estava a nascer o 25 de Abril. Estou a ver esse dia como se fosse hoje. Nós saímos ajudar as tropas operacionais do Batalhão de Caçadores 5 para a revolução do 25 de Abril que estava em marcha.Burburinho.Saímos para a rua, ocupámos o Parque Eduardo VII, prendemos a PSP, prendemos a GNR, prendemos os PIDES que a população indicava, que perseguiam a população portuguesa.
Burburinho geral.
Tive esse grande privilégio de assistir ao nascimento da democracia em Portugal. Agora, desta tribuna, eu queria perguntar aos Excelentíssimos Senhores Deputados Coito Pita e Tranquada Gomes onde é que eles estavam quando veio o 25 de Abril? Queria perguntar a Sua Excelência o Senhor Presidente da Assembleia, que toda a vez que eu vou lá falar com ele me diz “porte-se bem, porte-se bem, está continuamente a me dar lições de moral”, eu queria perguntar ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia onde é que ele estava quando se deu o 25 de Abril? Eu vim para a minha terra confiado que ia ser instaurada a verdadeira democracia nesta terra. Assistimos ao nascimento da autonomia, ao Parlamento autonómico, e eu pensava que tínhamos um Parlamento democrático, pensava que o Partido Social Democrata que era um partido democrático…
Burburinho geral.…
mas comecei por verificar que realmente não era bem assim. O Partido Social Democrata tinha alguns que eram verdadeiros sociais democratas, mas os chefes desse partido não eram sociais-democratas, os chefes desse partido eram reaccionários, eram fascistas, nomeadamente o seu chefe mor, o Dr. Alberto João Jardim.
Protestos do PSD.Burburinho.
PRESIDENTE (Miguel Mendonça): Srs. Deputados, eu pedia um pouco mais de silêncio.José Manuel Coelho: Em 1977, participei nas campanhas da APU e depois verifiquei que havia pessoas dentro do PSD, mandatadas pelo chefe, o chefe fascista, que recebiam ordens para me assassinar. Eu tive três presidentes de câmara do PSD que receberam ordens de Alberto João Jardim para tirar a minha vida, para me matar! Eu uma vez ia às sessões da câmara, no tempo do Paulo Jesus, e as sessões da câmara foram transferidas para a parte da tarde e veio um familiar do Roberto Almada, do Deputado Roberto Almada, falar comigo dizendo assim: “Coelho, você não vá às sessões da câmara na parte da tarde porque eles vão matá-lo, o João da Sorte vai vir e vai-lhe dar um tiro e você vai ser assassinado” e eu deixei de ir às sessões da câmara. Para comprovar aquilo que o familiar ali do meu camarada dizia, em 1980, estávamos numa campanha, pela APU, em Gaula, quando esse famigerado João da Sorte, acompanhado dos capangas do PSD, faz-me um raio para me assassinar. Eu consegui fugir. Eles deram seis tiros num camarada meu, da altura, esse camarada ainda está vivo, o camarada Manuel Teixeira, esse camarada levou seis tiros. Em recompensa por esse serviço prestado ao regime, esse senhor que deu os tiros, o João da Sorte, tem hoje uma rua com o seu nome, no Caniço. Isto não são brincadeiras, não são fait-divers, são verdades! Passou-se comigo. Eu já tive três presidentes de câmara que tentaram me tirar a vida, mandatos pelo chefe fascista, o Alberto João Jardim. Eu actualmente quando vendo o Garajau muitas pessoas dizem-me: “olhe, tome cuidado que o Jaime Ramos pode matá-lo, pode mandar alguém assassiná-lo”.Sem dúvida que nós não vivemos num regime democrático! Nós vivemos num regime ditatorial que está disfarçado numa social-democracia, porque o Partido Social Democrata daqui da Madeira não é o mesmo Partido Social Democrata do Continente, é um partido que não respeita a democracia, é um partido que se puder, mata os democratas.Por isso, eu vim a esta Casa para ajudar o combate do Prof. João Carlos Gouveia, que é preciso derrubar o regime, deitar abaixo este regime facínora e reaccionário, porque o maior perigo que há para a democracia é o conformismo, é as pessoas se acomodarem, os democratas se acomodarem, porque as forças reaccionárias comandadas pelo líder fascista desta terra a pouco e pouco vão tirando as liberdades. Só no espaço dum ano e meio já reviram… vão rever… já reviram portanto o Regimento três vezes! Vão tirando as liberdades. A pouco e pouco os democratas vão cedendo, vão cedendo. Só que não se devem esquecer duma coisa: é que as grandes ditaduras da História evoluíram a partir das democracias parlamentares e foi a cedência dos democratas, o conformismo. Os democratas foram cedendo num ponto, foram cedendo noutro até que democracias parlamentares evoluíram para sanguinárias ditaduras. Temos um exemplo disso em Portugal, no Estado Novo, que também evoluiu duma democracia parlamentar e tornou-se uma ditadura sanguinária. Eu lembro-me do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, quando ele dizia, falando sobre o conformismo que se apoderava dos democratas: “a indiferença é o maior perigo, o maior inimigo da democracia” – dizia Bertolt Brecht, em 1933…Burburinho.…que… vieram ter junto dum democrata e disseram: “olha, estão prendendo os comunistas”. Eu não me importei, porque eu não era comunista! Depois disseram-me: “oh! estão prendendo os sindicalistas” e eu também não me importei porque não era sindicalista. Depois “estão prendendo os sacerdotes, os padres”, eu também não me importei porque não era padre, mas depois, tempos depois “ah! mas já estão a prender-me, já estão a levar-me” e não havia já nada a fazer, meus amigos!Portanto, nós temos aqui um Regimento que é atentatório das liberdades democráticas do 25 de Abril, da autonomia, dos ideais de Abril e já é tempo dos democratas desta terra dizerem “basta!”, pôr um travão a esta situação. Não é suficiente ir a Tribunal Constitucional. Está nas nossas mãos hoje, aqui e agora, os democratas, os partidos da oposição desta Casa travar esta ofensiva reaccionária e antidemocrática deste regime jardinista. Basta apoiarem a iniciativa do meu partido, abandonarem este Parlamento, deixarem os parlamentares do PSD falar sozinhos, no seu regime antidemocrático, abandonarem! Não é preciso ir para o Tribunal Constitucional! Nós hoje, se quisermos, podemos fazer o 25 de Abril nesta terra! Podemos boicotar este Parlamento! Podemos sair, abandonar esta Assembleia e fazer trabalho político lá fora.
Burburinho.
Escusa de a gente estar aqui a legitimar esta gente, esta gente que atenta constantemente contra a democracia, contra os direitos de Abril, meus amigos. Os partidos da oposição têm uma palavra a dizer, porque se não tomarem uma atitude firme contra esta gente reaccionária vai acontecer aquilo que aconteceu ao Bertolt Brecht… aquilo que dizia o Bertolt Brecht: a democracia, quando verificarem, já não têm democracia. Nós actualmente já não temos liberdade de expressão…Protestos do PSD.Antigamente, um deputado nesta Casa…
Burburinho na bancada do PSD.…
não era julgado por delito de opinião, agora já é!
Protestos do PSD.
Temos um deputado nesta Casa, um grande camarada, um grande lutador que é o Paulo Martins que está a ser julgado nos tribunais por um juiz fascista e vai ser condenado por esse juiz fascista, meus amigos! Não tenham dúvidas!
Burburinho.
Hoje, é o Paulo Martins! Ontem foi o Leonel Nunes que foi condenado por outro juiz fascista. Amanhã será qualquer um de vós. Meus amigos, é preciso combater esta gente reaccionária, esta gente que é contra Abril, esta gente que é contra a autonomia, esta gente quer a ditadura, quer tirar duma vez as liberdades, as poucas liberdades que nós temos neste Parlamento, porque estes senhores do PPD/PSD eles não são sociais democratas, estão travestidos, estão camuflados de sociais democratas, mas eles ao fim ao cabo são da extrema-direita, são fascistas, são pessoas viradas para o 24 de Abril!
Burburinho na bancada do PSD.
Lembrem-se que esta Casa nunca teve a honestidade de celebrar o 25 de Abril. Sempre odiaram o 25 de Abril. Nunca nesta Casa foi celebrado o 25 de Abril, por ordem do chefe fascista supremo que manda nesta terra, que nunca se converteu à democracia. Eu acho que é altura dos democratas dos partidos da oposição perderem a sua passividade e tomarem uma atitude firme. E essa atitude firme, na nossa opinião, não será ir ao Tribunal Constitucional, é fazer o 25 de Abril aqui mesmo, abandonar esta Assembleia, fazer o trabalho político lá fora, deixar eles a falar sozinhos para mostrar ao País inteiro o sistema antidemocrático que se vive aqui nesta Madeira, porque é preciso ver o verdadeiro regime. O verdadeiro regime que governa esta terra não é o regime democrático, é o regime nazi fascista do populista Alberto João Jardim.
Protestos do PSD.
Burburinho geral.Portanto o regime deles, meus amigos, é este!
(Neste momento, o deputado desfralda uma bandeira nazi.)
O regime desses amigos, destes amigos do Partido Social Democrata é este…
PRESIDENTE (Miguel Mendonça): Sr. Deputado…
Protestos do PSD.
José Manuel Coelho (PND): É este regime, é o regime do nazi fascismo do Hitler…
Protestos do PSD.
PRESIDENTE (Miguel Mendonça): Sr. Deputado, faz favor…
José Manuel Coelho (PND): São eles, são atiradores deste regime…
Protestos do PSD.
PRESIDENTE (Miguel Mendonça): Faz favor de retirar a bandeira…
José Manuel Coelho (PND):…eu trouxe esta bandeira para oferecer ao líder do PSD, o Jaime Ramos…
PRESIDENTE (Miguel Mendonça): Estão suspensos os trabalhos.
José Manuel Coelho (PND): …esta bandeira é para oferecer a ele! Esta bandeira é para oferecer a este covarde, este traidor da Madeira, este fascista…
PRESIDENTE (Miguel Mendonça) Eu pedia uma reunião de líderes desde já (...)"
Transcrito do "diário" da ALM

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Bandeira nazi

O episódio de hoje, na ALM, a que não assisti e de que só conheço o que ouvi numa rádio, foi de extremo mau gosto.
Logo no dia em que se conheceu a vitória de Obama apareceu um deputado com a bandeira nazi!
Julgo que José Manuel Coelho queria identificar o partido da maioria com o partido nazi, mas o recurso utilizado não faz o mínimo sentido, para além de que o PSD-M, apesar de tudo, não poder nunca ser associado ao nazismo. Se é certo alguns dos seus dirigentes e militantes não gostarem lá muito dos processos democráticos, isso não justifica a associação.
José Manuel Coelho diz-se comunista, mas não o posso conotar com os hediondos crimes estalinistas.
José Manuel Coelho diz-se comunista e, por isso, cai em muitas incoerências quando incorpora um partido de direita, tal como era o partido nazi.
Conclusão do tristíssimo episódio: alguns órgãos de comunicação social abriram os seus noticiários com títulos como "Deputado do PND exibe bandeira nazi no Parlamento"!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Obama, lá tinha que ser

Pouco tenho escrito sobre o que se passa no Mundo, para lá desta ilha de basalto com pintinhas amarelas. Toda a gente fala da crise económica mundial e eu nada, toda a gente falava das eleições americanas e eu nada, mas hoje não fui capaz de resistir.
Sei que se Obama ganhar o Mundo não vai ficar de repente melhor. Muito pouco pode mudar, mas isso é melhor que nada.
O que me parece mais importante na hipotética vitória de Obama é a eleição de um negro para a Presidência da maior potência mundial destes nossos tempos. Então essa pequena mudança é um enorme passo civilizacional.
Olhemos à nossa volta (ou observemos os comentários nos campos de futebol). Com um mínimo de atenção, encontramos comentários sobre os negros que atestam o racismo que ainda resiste em tanta pele. Por isso, a minha satisfação na hipotética vitória de Obama: um sinal de que, apesar dos crimes, das opressões, dos erros, a Humanidade demonstra um superior humanismo.
Depois de um pequeno passo na Lua, mais um grande passo para a Humanidade dado pelos americanos.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Não mais

Volto a ver mais do mesmo: gestores bem instalados, economistas cheios dele, comentadores pagos a peso de ouro a se insurgirem contra o valor ecessivo dos salários em Portugal. Fonex!
Agora consideram irresponsável um salário mínimo de 450 euros. Experimentem!
Que a Manuela Ferreira Leite passe um aninho da sua modesta vida com um salário desses, a bem do Povo...

Hino na Ponta do Sol

Qual o motivo que leva AJJ a se incomodar com o Hino Nacional?
Já não é a primeira vez que se discute o Hino, se se toca ou não nas cerimónias públicas.
Deixem lá tocar o Hino, que é bem bonito e que nos faz vibrar a todos.
A quase todos, queria eu dizer...

Sempre o mesmo

Nestes dias em que não tive disponibilidade para escrever neste blogue, o que mais se pode destacar é a estratégia do PSD/Madeira de continuar a culpar o Governo da República por tudo o que de mau se vai passando nesta região, como se não tivéssemos um governo regional, como se a Madeira não fosse uma Região Autónoma, como se a Autonomia não permitisse que se fizesse mais e melhor.
Como o PS tem denunciado que o Governo de facto não governa, toca a repetir a mesma táctica: discuta-se a Constituição, como se o Governo Regional esgotasse os meios autonómicos que a Constituição e o Estatuto Político-Administrativo lhe proporciona.
Até quando usarão o mesmo paliativo?
Até quando esconderão a verdade?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Coisas do Drummond...

Finalmente não são apenas João Carlos Gouveia e Agostinho Soares que denunciam o carácter separatista da visão autonómica do PSD/Madeira.
Paulo Martins, que tinha obrigação de ter percebido há muito tempo o caminho que o PSD vem trilhando, escreve hoje na sua coluna do "Cidade": Independência Não!
Foi preciso ter ouvido Coito Pita afirmar que "A maioria PSD trabalha para criar as condições para a independência" para agora ter percebido que a estratégia de afronta com "Lisboa" não era apenas coisas do Drummond.
Paulo Martins, deputado anos a fio na ALM, tal como Drummond, sabe para que se criou a FAMA e sabe tão bem como eu que o sócio nº 1 da FAMA é o famigerado AJJ, nada por acaso líder do PSD/M e Presidente do Governo Regional.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Debate sobre a Autonomia

Sexta-feira, dia 17, realizou-se na sede do PS o 1º debate aberto sobre a Autonomia. Deixo aqui a minha intervenção nesse encontro, desafiando Miguel Fonseca para também expor publicamente, no seu Basta que Sim, a sua excelente intervenção sobre "O tempo em política". Eis o meu texto:
AUTONOMIA DOS HOMENS LIVRES

A 22 de Abril de 1969, um grupo de anti-fascistas desta terra enviou ao Governador Civil do Distrito Autónomo do Funchal uma carta marcadamente política onde, para além de abordar os problemas da Região, nos seus diversos sectores económicos, se posicionava sobre a Autonomia e sobre as liberdades democráticas.
Os signatários desta carta provinham de dois grupos ideológicos anti-fascistas, os designados “grupo do Pombal” e o grupo do jornal “Comércio do Funchal”, além de outros cidadãos.
Lerei o nome de todos os signatários da carta, para que os presentes investiguem à lupa o nome de alguém ligado ao actual poder regional, que agora enche a boca com a palavra Autonomia, como se algum dos seus membros acreditasse mesmo no que profere:
António Loja, Maria Elisa Brito Câmara, José Manuel Barroso, António Sales Caldeira, Marcelo Costa, Rui Nepomuceno, Amândio de Sousa, Helena Marques, Wiea Meijer Loja, Aires Rodrigues de Albuquerque, Maria Emília Sales Caldeira Barroso, Artur Pestana Andrade, João da Cruz Nunes; António França Jardim, João Filipe Coutinho, João Fernandes Moniz, Manuel Fernandes, José Onofre Nunes, António Eleutério Silva, João Justino Ramos, Manuel Paulo Sá Brás, Ramos Teixeira, Henrique Sampaio, João Arnaldo Rufino da Silva, Gabriel Lino Cabral, Anjos Teixeira, António Alberto Monteiro de Aguiar, Maria Clarisse Canha, Maria Inês Marques, Maria Magda Gonçalves, Maria Salomé Pereira, José Maria Araújo, Fernando Azeredo Pais, Natália Pais Pita, Manuel Pestana Andrade, Gabriel Trigo Pereira e Secundino Casto Teixeira.
Usada a lupa, não encontramos os tais nomes. Esses estavam ao serviço da União Nacional, do Estado Novo, do Fascismo, do Centralismo, do Totalitarismo. Esses estavam ao lado dos que exploravam os madeirenses mais desprotegidos, junto dos senhorios e dos monopolistas.
A “Carta ao Governador” surge integrada num movimento mais geral da luta dos democratas madeirenses que depois se candidataram nesse ano de 1969 contra a União Nacional. Esse movimento de cidadãos lutava na Madeira pela Autonomia, pela Liberdade e pela Democracia. Nesse tempo, como agora, a lutar por esses valores estavam cidadãos livres, sendo a maioria da Esquerda política, e, entre eles, muitos, muitos socialistas.
Na “Carta ao Governador” os signatários afirmavam: “ A base mesma do problema da Autonomia é esta constatação simples de que a autonomia é quase meramente nominal, pois os passos fundamentais de qualquer esforço para o desenvolvimento das estruturas regionais terão de ser dadas sob o olhar benevolente do poder central e sujeitar-se, permanentemente, ao poder inquiridor do representante do governo no Distrito. (…) a autonomia do Distrito fica submetida, permanente e pormenorizadamente, à tutela do poder central ou dos seus representantes, o que coloca de facto a administração regional numa espécie de “liberdade condicionada. (…) uma autonomia altamente condicionada e fiscalizada, totalmente sujeita à política do governo central; e, mesmo nas possibilidades de actuação autónoma da administração regional, um deficientíssimo uso das atribuições dessa mesma administração”.
Para além de notarmos nestas palavras o grande pendor autonomista destes homens livres, que não deve nada a oportunistas do pós-25de Abril, verificamos como também na altura já se fazia referência, tal como agora fazem os socialistas, ao uso deficiente, por parte dos detentores do Poder, das atribuições que possuem.
A Autonomia consagrada na actual Constituição Portuguesa foi conquistada simultaneamente com a Liberdade e a Democracia, em 1974. Os homens livres da “Carta ao Governador” nunca separaram o combate. Autonomia é Liberdade. É uma conquista democrática da Madeira, dos Açores e de todo o país.
Deveria a Autonomia concretizar, e volto a citar a “Carta ao Governador”, “a participação democrática das populações da ilha nas decisões de que depende o seu futuro”. Ora, a participação democrática não pode ser apenas a participação em actos eleitorais. Essa participação democrática tem sido subvertida pelos detentores do Poder que, conforme diz Vicente Jorge Silva, um dos subscritores da “Carta”, raptaram a Autonomia.
A Moção “Caminhos do Futuro”, que os socialistas madeirenses aclamaram no seu último congresso, salienta que “Na Região Autónoma da Madeira, quanto mais crescem os poderes autonómicos menos se desenvolve a Liberdade, com os seus direitos de opinião, de crítica, de confronto de ideias, como se os poderes autonómicos apenas servissem para a preservação do Poder de um restrito grupo de cidadãos, que alarga o seu poder tentacular através da distribuição de lugares, empregos, benesses e favores”.
Vicente Jorge Silva, num opúsculo de 2006, intitulado O Comércio do Funchal e a Autonomia, resultante de uma conferência organizada por madeirenses em Lisboa, afirma que “ Quando o poder estava longe, muito longe, queixávamo-nos, lamentávamo-nos e manifestávamo-nos na medida do possível contra essa distância que alimentava a nossa impotência. O poder estava tão longe que quase parecia uma abstracção, uma miragem inacessível. Hoje, o poder está perto, demasiado perto, intromete-se em tudo, decide de tudo e mais alguma coisa, passou-se do 8 para o 80 no espaço de trinta anos. O centralismo do Terreiro do Paço foi substituído pelo centralismo da Quinta Vigia”. E acrescenta: “Já não há senhorios nem colonos nas terras – há um único senhorio sobre a terra. Nada se faz na Madeira sem o beneplácito desse senhorio absoluto, cujo partido controla todos os órgãos de poder. Não há poder local nem poderes particulares que possam contrariá-lo ou escapar aos seus desígnios, ou que disponham de autonomia de qualquer espécie. A autonomia significa, hoje, a centralização de todos os poderes num homem só.
João Carlos Gouveia, o presidente do PS-Madeira, já o dissera 10 anos antes, no “Diário de Notícias” local: “Já não temos que entregar ao senhorio o fruto do nosso trabalho. Corremos, isso sim, o risco de perdermos o trabalho e a jorna. (…) O senhor todo-poderoso decide a seu belo prazer sobre a vida de cada um de nós. Os seus lacaios criaram uma colónia. O verdadeiro processo de colonização iniciou-se há cerca de vinte anos. Com a Autonomia.”
A Autonomia tem a sua génese nas reivindicações dos homens livres, dos que lutaram contra o Totalitarismo, pela Liberdade e pela Democracia. Entre eles estavam e estão os socialistas. Contra a Autonomia estavam os defensores do Estado Novo, os homens da União Nacional, entre eles Alberto João Jardim, hoje auto-proclamado grande defensor da Autonomia.
O PSD/Madeira, herdeiro das visões totalitárias de poder, exerce o poder há 32 anos porque raptou a Autonomia. Aproveitou a onda separatista que combateu a Liberdade e a Democracia após o 25 de Abril, aproveitou os seus símbolos e sentou-se na cadeira do poder totalitário. A Autonomia do PSD tem raiz separatista e tem sido repetidamente usada como figura de chantagem e confronto perante o País. Os exemplos são constantes, estão sempre presentes em qualquer adulador de Jardim.
Agostinho Cardoso, deputado da União Nacional, isto é, deputado fascista na Assembleia Nacional, declarava no Salão Nobre dos Paços do Concelho do Funchal, na Semana do Ultramar de 1961, acerca do que ele entendia ser a agressão anti-colonialista contra a pátria multirracial: “Chamei um dia a Salazar: Defensor do Ocidente. Creio, como ele, na Europa e na sua maternidade espiritual”.
Agostinho Cardoso foi recentemente agraciado pelo Poder regional. Os defensores do colonialismo reconhecem-se; os admiradores dos ditadores reconhecem-se.
Do nosso lado, temos de saber reconhecer os nossos. Os homens livres devem reconhecer-se, admirar-se mutuamente e prosseguir a caminhada pela Autonomia, pela Liberdade e pela Democracia.
Os que capturaram a Autonomia, os que não a usam para benefício de todos os madeirenses, querem-na bem aprisionada como simples arma de chantagem. Os Açorianos têm mostrado como usar a Autonomia, utilizando-a para seu benefício.
Na sua ânsia totalitária, o PSD/M entendeu chamar-se também da Autonomia, como se fosse o dono desta. Mas desse conceito de Autonomia não precisam os Madeirenses – nem de Autonomia de cariz separatista, nem de Autonomia ao serviço de um restrito grupo, nem da Autonomia inimiga da Liberdade e da Democracia, porque essa é carne morta, é um cadáver.
A Autonomia de que os Madeirenses precisam é aquela sonhada pelos verdadeiros democratas, a Autonomia dos homens livres. Não tenhamos pudor de repetir: fiquem com esse cadáver putrefacto. Nós queremos a vida, queremos a nossa Liberdade. Isso sim, isso é que é Autonomia.

Funchal, 17 de Outubro de 2008
Agostinho Soares



O que se passou em S.Vicente?

Ler o que se passou na Assembleia Municipal de S. Vicente em www.miradouro.pt.

Discurso de oão Carlos Gouveia na ALM a 16/10

«Excelentíssimo senhor presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, senhoras e senhores deputados:A crise do sistema financeiro à escala global ajuda-nos a clarificar o modelo económico regional dos últimos 30 anos. Reforça, por assim dizer, o olhar crítico dos madeirenses sobre as opções políticas erradas de um mesmo governante. Não há nem povos superiores nem recursos financeiros para todo o sempre. E fazer da governação um exercício ideológico constante é tão irracional como pensar que o sistema financeiro global tem capacidade para se regular por si próprio.Na verdade, a cultura clientelar que se instalou na Madeira, à conta de um modelo totalitário de poder, tem premiado os medíocres, gente que geralmente apresenta à conta de virtude o seu cartão laranja ou o silêncio dos cúmplices. A subsídio-dependência em que vivem associações, clubes e até cidadãos serve os interesses de quem se procura preservar no poder. O cartão partidário, a bandeirinha na casa, os passeios nas comitivas têm servido de salvo-conduto para o emprego, para a habitação, para a promoção social. Valiam sempre mais que o valor, que o mérito.A união regional à volta do PSD reúne-se à volta da palavra autonomia. Mas esta autonomia é de pendor separatista, como aqueles que sabem interpretar discursos simples claramente percebem. No site do Governo Regional, o seu presidente afirma que a Autonomia política resulta de uma organização de massas que lutou, entre 74 e 76, contra os radicalismos dos partidos políticos que, no seu entender, queriam manter o "status colonial". E ataca-se os adversários desta autonomia de pendor separatista de "colaboracionistas com Lisboa", como se, de facto, a capital do país, ou o próprio país fosse o inimigo externo da família que vive a "fraternidade autonómica".A união regional à volta do PSD tem funcionado como uma irmandade, uma família, onde os seus elementos se juntam à volta da mesma mesa, a mesa do orçamento regional. Como nas grandes famílias, há as hierarquias: O pai de todos, os padrinhos e os compadres. Uns vivem melhor do que outros, mas todos podem sentir a protecção perante os inimigos externos ao clã.Sempre uns madeirenses espezinharam a grande maioria dos seus conterrâneos. E nunca esses tais gostaram de mudanças profundas na sociedade. Sempre quiseram ver as populações amarradas à submissão, à pobreza e à ignorância. São os mesmo de sempre, os que odiaram a Revolução Liberal, em implantação da República e, mais recentemente, o 25 de Abril. São os mesmos de sempre, os que usurparam a Autonomia. Aqueles que chamam tudo a si. Os que delapidam o erário público e bloqueiam o avanço da cidadania na região.Senhoras e senhores deputados, os socialistas madeirenses contrapõem à sociedade clientelar, uma sociedade do mérito, da exigência e da responsabilidade individual. É por isso que redefinimos claramente a nossa acção política. Reforçamos o posicionamento ideológico, naquilo que deve ser hoje a social democracia e o socialismo democrático face ao capitalismo globalizado e ultraliberal. E reorientamos a afirmação autonómica - a Autonomia dos homens livres -, enquanto elemento diferenciador do projecto separatista e totalitário do PSD Madeira. Temos os nosso próprio caminho, é certo, mas balizado pelo mesmo horizonte e por um mesmo sentimento de pertença: sermos membros do Partido Socialista e partilharmos uma Pátria comum, com os continentais e os açorianos. É através desta separação de águas que vinculamos as nossas propostas e realizamos as nossas iniciativas.A crise financeira, económica e social da região tem, por conseguinte, a sua origem em pressupostos e ideológicos, seja num concepção totalitária de poder, seja numa concepção separatista da autonomia regional.Se em termos políticos podemos considerar esta vocação totalitária e separatista como uma espécie de novo fascismo, o modelo de desenvolvimento decorrendo da necessidade de perpetuação do poder conduziu a um fascismo social, onde a pobreza, as desigualdades e a exclusão ganham contornos cada vez mais incontroláveis.Definitivamente a Madeira não é um cantinho do céu. Se, no plano da governação regional, é completamente invisível aos olhos do cidadão comum a traficância de favores e a transferência de bons investimentos para as mãos dos privados, numa lógica de estado mínimo e numa ausência total de regulação, toda a gente pode constatar a desestruturação social que invadiu as nossas vilas e cidades.Por isso, não nos afirmamos como um projecto cívico de contra-poder, ou como um movimento contra-cultural, face à autocracia e ao totalitarismo, à plutocracia e ao separatismo. Queremos merecer a confiança dos madeirenses para assumirmos as mais altas responsabilidades de servirmos todos os cidadãos, porque, senhores deputados profetas do separatismo, a vossa pátria é a vossa barriga, a vossa barriga é a daqueles que durante anos e anos sugaram os recursos financeiros dos impostos dos madeirenses, das transferências do estado e da UE.Afirmamos que existe uma inacção governativa. O governo não governa. Prefere-se o conflito permanente com os órgãos de soberania, mascarando a realidade com a propaganda oficial. Faz-se chantagem com os madeirenses. E atribui-se todas as culpas da má governação regional ao Governo da República. Acicatar os madeirenses contra o inimigo externo é o que resta da estratégia para manter um poder absoluto. Em todos os países pobres do mundo faz-se o mesmo: instiga-se o ódio contra um inimigo externo e mantêm-se poderes totalitários e populações extremamente pobres.Só com governantes livres e libertos, imbuídos de uma ética republicana de serviço à causa pública, como exigirá um governo socialista madeirense, é que se poderia estancar a derrapagem financeira e relançar a economia regional para que o bem-estar e a qualidade de vida cheguem a todos.Esta é a hora da mudança, a hora da Autonomia dos homens livres, a hora dos madeirenses. Tenho dito.»Assembleia Legislativa da Madeira, 16 de Outubro de 2008.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Continuações...

O "Diário de Notícias" referiu-se recentemente a um presidente de câmara do norte da ilha que manifestou vontade de se recandidatar, porque após tantos anos de poder ainda não se sente cansado.
Esta não é da minha autoria, ouvi-a num café: é normal, como o homem pouco tem feito e nem sequer perde tempo a ouvir os munícipes que lhe pedem contacto, nunca se cansa.

Sociedades de desenvolvimento

O que me espanta é que, na altura da sua criação, a Oposição tenha dado o benefício da duvida, quando estava inscrito no seu código genético a sua função e o seu destino.
Falei em destino, o fado das tragédias gregas. Estamos na "anagnórise", o reconhecimento que antecede a catástrofe.

Canalhices

O homem voltou ao mesmo registo linguístico, já fossilizado, pós-dinossáurico.
Afirmou: "os madeirenses interrogam-se o que estão a fazer no seio da pátria". Sempre a mesma temática, o mesmo discurso de índole separatista, depois diz que é mentira.
Os madeirenses não lhe passaram procuração para dar a entender que a questão patriótica está relacionada com mais milhão, menos milhão. Para que bolsos seriam esses milhões exigidos? Os madeirenses sabem que afinal nada se decide com esbanjamento ou dinheiro deitado literalmente ao mar ou vazado noutros locais.
Os madeirenses já perceberam que isto não pode ser só "fartar vilanagem" e quem vier a seguir que se aguente.
Os madeirenses sabem que se não fosse para outra coisa, a pátria portuguesa lhes garante ainda alguma liberdade, um pedacinho de democracia e ainda sinais de esperança contra o absurdo.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Autonomia

O PS-Madeira prepara-se para grandes debates sobre a Autonomia.
Há por aí quem não consiga distinguir lutas pela Autonomia de combates separatistas.
Nos territórios da Direita alguns ainda se entretêm a procurar impor autorias e ideais.Chega-se ao desplante de afirmar que a "luta" (o terrorismo, diria eu) da Flama visava a liberdade contra a ditadura comunista em Portugal. Tenta-se escrever uma história à maneira de cada um, como justificação.
Toda a gente pode ver no que deu essa luta: olhemos à nossa volta. Fixemos o poder, o económico e o político. Pensemos como se instalou. Recordemos o regabofe. Ouçamos o silêncio, a mudez, o medo, os cochichos, os segredos, os segredos, os segredos desta terra.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Madeira livre?

Madeira Livre de quê?
Quando é que a Madeira se libertará de um governo que já vai nos 33 anos? Deste governo é que a Madeira terá de se libertar; deste governo e da sua canga.
Desde há 35 anos que sabemos o que certa gente quer dizer quando apregoa "Madeira livre", e quando canta essas cantilenas de azul e amarelo a fingir autonomias, que nada significam para eles senão libertarem-se de leis que os impeçam de usar os recursos públicos como muito bem entenderem, isto é, para benefício de clientelas.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Desinformação

A RTP-Madeira continua no seu papel de desinformação, ao serviço do Poder regional. Mas mais baixo do que a cena do cais, em que o senhor Leonel recebe em gáudio o líder do PSD/Madeira, vencedor das eleições, não se consegue cair, no que ao jornalismo diz respeito. Agora a RTP-M informou que a Câmara Municipal do Funchal resolverá, com grande capacidade de gestão financeira, alguns problemas de tesouraria que provocou nos seus fornecedores, pagando-lhes a dívida. Nem o vereador entrevistado nem o jornalista, nem a RTP-M disse que o pagamento "a tempo e horas" é uma medida do Governo da República. E o que o vereador afirmou, fazendo confusão entre o aproveitamento deste programa do Governo de Sócrates (que o Governo Regional também aproveitou, "sacando" logo 80% do valor do programa para todo o País) e o "dossier" sobre ilegalidades dos vereadores, é como deitar areia amarela a esconder basalto.

Banana do Governo

O Governo Regional pretende dominar a Cooperativa"Velha" da Banana. O "Diário diz que esta tem dívidas. Há quem afirme que ela também tem um bom património.
A inexistência de novidade nisto é que já ninguém se admira com as intenções do Governo Regional, que tudo domina. Tenho um amigo com experiência de vida que costuma dizer que nesta terra até as procissões são organizações do PSD/Madeira.
Como exemplo deste totalitarismo, lembro a organização recente do Encontro de Casas do Povo da Região, ali nos jardins de Santa Luzia: o PSD/Madeira no seu papel mais triste.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Mentiroso

Ai o Sócrates é que é mentiroso? Essa está boa, está!
Sobre adjectivos, o secretário Brazão de Castro ameaçou o BE com os tribunais por usar o dito cujo.

Parcialidades

Será verdade que há ordens para que no Telejornal da RTP - Madeira só o Governo Regional e o PSD possam aparecer na I parte, ficando o PS-M para depois de os telespectadores já estarem fartos daquela tristeza?

Setinhas

O "Diário de Notícias" usa, na pág. 2, aquelas setinhas para cima ou para baixo, conforme calha, um jogo.
Ontem apareceram com as tais setas para baixo dois autarcas do PSD indiciados em processos de corrupção, conforme notícia do próprio diário saída na véspera, com grandes parangonas e fotografias de metro. Afinal, nada de mais. Apenas mais uns com setas para baixo...

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Ironia com a lógica que é uma semilha

Do "Basta que Sim" do Miguel Fonseca, com a vénia devida:
Domingo, 14 de Setembro de 2008

O DIÁRIO ACUSA SIBILINAMENTE O LÍDER DO PPD DE INIMPUTABILIDADE DEMOCRÁTICA? CALAR-SE-Á ELE?
O Diário coloca hoje o líder do Partido Socialista nos baixos porque fez um discurso político na festa de Ponta Delgada, coisa que, diz o Diário, o Povo não gosta.Como os dirigentes do PSD, e nomeadamente o seu líder, se fartam de fazer intervenções política em arraiais, festas do pêro, da anona, da castanha e tutti quanti, naturalmente que o Diário sabe que nós sabemos tudo isso e naturalmente também sabemos que o diário sabe e como o diário nada disse até hoje sobre o assunto - eu até julgava que o diário achava normal, pelos vistos, enganei-me - e como o diário certamente não nos estará a tomar por tontos, nós, nós, madeirenses em geral e os leitores do diário em particular, só há uma explicação:1- O diário acha que o líder do PS deve ser criticado porque um democrata responsável deve ser sempre criticado quando faz o que não deve e o diário acha que ele não devia;2- Mas se o líder do partido socialista fez o que, na opinião do diário não devia, tendo ele feito o que o líder do PSD se farta de fazer, sem que o diário o critique, o que é que o diário está a querer dizer? Só isto: 2.1. Que o líder do PS só é criticado porque é democrata e os democratas devem ser criticados quando não agem como devem; logo, o líder do PSD, fazendo o mesmo, não vale a pena criticar porque a crítica está reservada aos líderes democratas; isto quer dizer que o diáro está subtimente a acusar o líder do PSD de não ser democrata?; 2.2. Que o líder do PS deve ser criticado porque é um político democráticamente responsável - e o líder do PSD? Está o diário a querer dizer que o líder do PPD é democraticamente inimputável?Eu, se fosse ao líder do PSD, punha um processo ao diário por difamação...

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Deserto

Ricardo Freitas, na sua coluna do "Tribuna da Madeira", mostra absoluta ignorância sobre o discurso de João Carlos Gouveia na Fonte do Bispo. Para além da falta de conhecimento, revela mesquinhez quando apelida as palavras do líder do PS-M de disparate, "mais uma vez". Mais uma vez, mesquinhez e mediocridade intelectual.
Alinhou com Alberto João Jardim na ignorância, obviamente. João Carlos Gouveia esclareceu, em conferência de imprensa, não precisando de corrigir uma vírgula, que tinha dito que a dívida pública da R.A.M., essa sim, é que era um garrote financeiro colocado ao pescoço dos madeirenses, os que já vão sentindo na pele e os outros, os que ainda estão para nascer.
Sem entender nada do que verdadeiramente se passa, Ricardo Freitas é um deserto de ideias, infelizmente.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

De volta

Acabaram-se as férias que dei aos leitores. Estou de volta a estas lides, empenhado em não dar faltas de presença. Não sendo um grande cultor da comunicação via-rede, mesmo assim já tinha saudades desta participação e de ir observando o que também os outros vão escrevendo. No fundo, este é mais um meio onde se podem trocar ideias, discutir e combater.
Por outro lado, os anónimos também já deviam estar a sentir a falta de nova postagem para aí colocarem as suas mensagens.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Qualidade da Democracia

No "Basta Que Sim" de Miguel Fonseca, encontrei este importante texto de António José Seguro, que resume as ideias expostas no painel "A Reforma dos Parlamentos e a Qualidade da Democracia"da recente Universidade de Verão do PS-Madeira.

Um país, dois sistemas?, António José Seguro
A realização periódica de eleições competitivas e a liberdade de expressão não garantem, por si, a existência de democracia. Sem aqueles dois requisitos fundamentais não há democracia, mas esta vai mais além, designadamente através de um estruturado processo de fiscalização dos poderes executivos e de práticas políticas norteadas por valores e princípios democráticos. Na Madeira, há eleições periódicas para os órgãos próprios da região e existe liberdade de expressão, embora a sua difusão esteja fortemente condicionada e limitada.Desde as primeiras eleições regionais que tem existido uma maioria absoluta de um só partido e esse mesmo partido, o PSD/Madeira, governa, actualmente, as 11 autarquias da região.Uma realidade com estas características exigiria ao partido ultramaioritário um comportamento político respeitador dos direitos da oposição e uma cultura de transparência, de modo a que os poderes executivos pudessem ser controlados e fiscalizados.Infelizmente a prática é bem diversa!O presidente do Governo regional raramente presta contas ao Parlamento; o mesmo acontece com os membros do Executivo quanto à apresentação das suas iniciativas legislativas ou a sua ida às comissões para responderem a perguntas dos deputados.Qualquer debate ou presença de um membro do Governo ou da administração regional tem que ser aprovado pela maioria do PSD/Madeira, o que dificilmente acontece.Os deputados do maior partido da oposição não podem requerer a criação de uma comissão de inquérito.Na prática, o Parlamento protege o Governo em vez de o fiscalizar e este não sente o dever de prestar contas.Recuámos 350 anos, aos tempos em que o príncipe era detentor de uma autoridade absoluta!Esta realidade, de Governo à solta e sem controlo, introduz um forte cariz autoritário no sistema político madeirense, dificulta a alternância democrática e viola princípios essências do Estado democrático.Confesso que tenho reduzidas expectativas quanto à alteração dos comportamentos políticos dos principais dirigentes do PSD/Madeira, em particular quando estes beneficiam de um certo silêncio e, nalguns casos, até do apoio expresso por parte de titulares de órgãos de soberania da República.Pelo que me interrogo se, à semelhança do que a Constituição já estabelece para a Assembleia da República e na linha de dignificação das assembleias legislativas regionais, não deverá ser definido (através de lei) um quadro mínimo de garantias e direitos potestativos para os deputados da oposição nos parlamentos das regiões autónomas, independentemente das maiorias que se apuram após cada eleição.Em democracia, o direito das minorias contribui fortemente para a limitação do poder das maiorias. Quando esses direitos não podem ser exercidos, dado que estão sempre dependentes da disponibilidade da maioria (como é o caso na Madeira), a democracia está amputada.(Artigo publicado no Expresso)
Publicada por basta que sim em 15:25
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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Reconhecimento

Filipe Malheiro, no "Ultraperiferias", considerou o meu desmentido acerca do que ele escreveu sobre a Universidade de Verão do PS-Madeira.
Considerei o gesto de Filipe Malheiro, sinal de grandeza de espírito e, com algum atraso, daqui envio o meu reconhecimento pela boa formação que demonstra.

Desporto e totalitarismo

Miguel Fonseca, no seu "Basta que sim", trancreveu do "Público" uma análise de Nina L. Khrucheva que, a propósito dos Jogos Olímpicos na China, aborda a questão do uso da estética na promoção de visões totalitárias do Poder.
A relação entre a promoção do Desporto e a promoção de ideologias políticas ou Poder político deve ser também profundamente analisada na Madeira, onde o totalitarismo é evidente.
É difícil tratar este tema de forma ligeira ou em postagem simples. Penso, porém, que terei oportunidade de avançar noutro local algumas ideias sobre o assunto.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Ainda o Tabaco

Quando todos os portugueses aceitaram a Lei do Tabaco como um avanço civilizacional, de acordo com os alertas da Organização Mundial de Saúde, a proposta de adapatação do Governo Regional só poderia ser entendida como finca-pé, birra ou evidente sinal de que se deve combater tudo o que vier proposto pelo "Estado Central".
Todos os portugueses aceitaram a nova Lei do Tabaco, até os fumadores.
Há dois ou très dias, observei, num bar, uma mulher de garrafa de cerveja na mão, a dizer a um seu interlocutor, que não podia entrar no bar, que ficaria apenas à porta, porque fumava. Ninguém do bar a obrigou a ficar de fora. Ela própria se recusou a entrar enquanto fumava.
Ainda me recordo do tempo em que se entrava nos autocarros a fumar e os utentes fumavam, mesmo que a seu lado estivessem mulheres grávidas ou crianças. Tudo normal. Hoje quem admitiria tal situação?
A Autonomia serve apenas para impedir que uma lei aceite como uma das boas leis"de Sócrates" seja também vivenciada na Madeira?
É tempo de ir mudando isto.

Lei do tabaco

O Tribunal Constitucional pronunciou-se, e muito bem, pela inconstitucionalidade da adaptação à RAM da lei do tabaco.
Nada de mais certo. De facto, os madeirenses estavam na iminência de perderem direitos que todos os restantes portugueses tinham adquirido: o direito a um ar mais respirável, a mais saúde, a mais qualidade de vida.
Custa a acreditar que a ALM tenha perdido tempo e recursos a discutir uma proposta legislativa do Governo Regional que se sabia ser anti-constitucional.
O resultado na ALM foi claro: só o PSD-M votou a favor da adaptação.
O que levou o Governo Regional a promover esta iniciativa legislativa: o gosto pelos charutos do Presidente do Governo ou a defesa de certos empresários da noite madeirense?
E é para isto que serve a Autonomia?
Enquanto nos Açores, o PS utiliza os mecanismos autonómicos para a defesa da qualidade de vida dos açorianos, aqui a Autonomia só serve como arma de conflito contra o Governo da República. E é isto o Governo Regional: um movimento político anti Sócrates, anti-República, anti-Estado Central, anti-Lisboa.
A única medida governativa do Governo Regional foi acabar com a liberalização dos preços do combustível (sem considerar o gás) que, afinal, só veio dar aos madeirenses os preços que sáo pagos pelos continentais.
O Presidente do Governo Regional diz que os madeirenses já estão fartos do Estado Central. Não. Quem está farto do Estado Central é Alberto João Jardim. De uma vez por todas, Alberto João Jardim deve falar por si próprio e não em nome de todos os madeirenses. Nem todos gostam de charutos.
Deixe de falar em meu nome, pelo menos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pagar ilhas

Uma semana depois do discurso, não posso deixar de fazer um pequeno comentário à famigerada expressão do famigerado Jaime Ramos, na Festa do PSD/Madeira: "quem quer ilhas tem de pagá-las".
Nada de novo por aqueles lados: a mesma voz, as mesmas tiradas.
Reconhece o homem que tanto cultiva o ódio a "Lisboa" que afinal é tudo uma questão de dinheiro, é tudo uma questão de barriga.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Fonte de desinformação

Luís Filipe Malheiro, no "Ultraperiferias" refere que na Universidade de Verão do PS-Madeira, alguém recomendou que o Governo da República deveria ocupar todos os lugares de chefia que na Madeira dependem do Governo central.
As fontes estiveram muito mal, enganaram-no.
De facto, algumas vozes questionaram o motivo pelo qual a RTP continua com e na mesma direcção protectora do PSD-Madeira. Com provas do trabalho parcial. Só isso. Oresto é pura invenção..

Douto

Domingo, Ricardo Oliveira opinou sobre política e, como não podia deixar de ser, lá tentou denegrir o PS-Madeira.
Os responsáveis pela Universidade de Verão decidiram dispor do intervalo entre as exposições de dois oradores para que a comunicação social pudesse contactar com os jornalistas. Desta forma, pensava-se, ajudava-se os jornalistas, que não necessitariam de se deslocar duas vezes ao local da realização. À hora marcada, os prelectores estiveram disponíveis, mesmo que, para tal, tivesse sido necessário interromper trabalhos. Foi contra este tipo de organização que Ricardo Oliveira se insurgiu, com uma daquelas tiradas que parece terem piada: que era a diferença entre uma aula universitária e uma da quarta classe de adultos.
Desrespeitou os adultos que procuram formar-se ao longo da vida, como se isso fosse motivo de chacota; desrespeitou os participantes na Universidade de Verão do PS-Madeira (a maioria dos quais professores universitários); desrespeitou o Jornalismo, porque se aquele comentário pretensamente anedótico é jornalismo vou ali e já venho.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Pinoquices

Jorge Freitas Sousa, jornalista do DN, afirma hoje, em comentário na sua reportagem sobre os trabalhos da ALM, que Jaime Ramos "mostrou que está em forma", quando o secretário-geral do PSD-Madeira atirou que o primeiro-ministro é um "Pinóquio mentiroso".
Nada no restante texto mostra que o referido jornalista ironizou, antes mostrou a sua qualidade como jornalista ou a sua "independência".
Jaime Ramos ainda acrescentou que o nível da ALM desceu depois de 2004. Imagine-se este arauto da qualidade parlamentar, dedo em punho, esgares de ódio, atacando os outros como se se visse ao espelho.
Repetiu o que o famigerado fingidor político da nossa terra afirmara antes, como se não soubesse que o Governo da República anunciara a abertura de uma linha de crédito para quem queira exportar para Angola. Os discursos do PSD-Madeira sobre este assunto são um apelo encapotado aos preconceitos xenófobos e racistas que se avivam em especiais momentos de crise. Foi essa a "arte nazi".
Depois, Jaime Ramos ainda se atreve a comparar Sócrates com Salazar, como se ele, Jaime Ramos, ele e os seus amigos alguma vez na vida tivessem sido anti-salazaristas. Mete tudo num alguidar, mistura e vocifera como se dissesse verdades incontestáveis.
Mas este deputado não é motivo da crítica nem da chacota. Isso deixa-se para o Coelho. Já não é novidade que, quando Jaime Ramos desencadeia discussões no Parlamento pelas suas diatribes, faltas de respeito e malcriações e os deputados das outras bancadas reagem, os jornalistas e comentadores falam da qualidade dos trabalhos parlamentares, colocando tudo no mesmo saco. Dessa forma poupam Jaime Ramos à crítica e à chacota.
Artes...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Ser oposição

Manuela Ferreira Leite afirmou ontem, diante dos seus, que "o estatuto da oposição, constitucionalmente consagrado, não passa por apresentar propostas alternativas do Executivo". "nós não somos o Governo sombra deste governo, somos oposição".
Quem disse isto, foi a líder nacional do PSD.
Que dirão agora aqueles que passam o tempo exigindo que o PS-M apresente propostas (mais ainda)?

terça-feira, 15 de julho de 2008

Frase preferida

Frase preferida de Vale e Azevedo:
"Sejamos honestos"

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Impostos

José Manuel Rodrigues, do CDS, também já começa a fazer comparações entre a governação socialista dos Açores e a falta de medidas do governo do PSD-Madeira; que era bom que o Governo Regional da Madeira baixasse impostos, como o que incide sobre os combustíveis.
O CDS segue as pegadas do PS-Madeira, o tal partido que alguns comentaristas acusam de não ter um rumo ou uma proposta. Mas não é só o CDS, anda toda a gente a repetir o que diz o PS-Madeira.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Goleada

Terça-feira, debate entre Jaime Leandro e Miguel de Sousa, na RTP-Madeira, sobre um ano de actividade parlamentar.
Sei que inicialmente estava previsto que o debate se realizasse entre Jaime Ramos e Vítor Freitas. O primeiro não aceitou e a RTP-Madeira então não convidou Vítor Freitas. Dependência da RTP-Madeira èm relação à vontade ou disponibilidade do PSD.
Bem, quanto ao debate, goleada das antigas: Jaime Leandro, 5 - Miguel de Sousa, 0.
Miguel de Sousa barafustou, esbracejou, gemeu e proferiu onomatopeias.
Pouco habituado ao debate de ideias, Miguel de Sousa afundou-se no vazio discursivo. Preferiu a pose arrogante e nada inteligente que manifesta na Assembleia Regional.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Eucaliptos

Filipe Sousa, em entrevista ao "Tribuna", queixa-se de que o PS-M "bateu no fundo". De facto, por "razões pessoais e profissionais", Filipe Sousa quer afundar, na sua terminologia, o PS-M, em Gaula e noutras freguesias de Santa Cruz, como reconhece na entrevista.
Critica o facto de o PS nunca ter dado o devido valor pelas vitórias que alcançou em Gaula? Então porque carga de água foi ele deputado? Pelos olhos ou por reconhecimento pelo trabalho efectuado?
Filipe Sousa critica os partidos e critica o PS, confirmando que a sua indisponibilidade partidária vinha de há muito! Já todos sabíamos. Mas devia ter dito que foi ele o Presidente da Concelhia de Santa Cruz até há bem pouco? Que fez a concelhia do PS de Santa Cruz por Gaula? Que fez a concelhia do PS de Santa Cruz pela afirmação de um melhor partido?
Devia ter dito que era o responsável pela Associação de Autarcas Socialistas da Madeira. Que fez pelo engrandecimento do partido nas autarquias, como Santa Cruz, por exemplo?

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Continua a cantiga

Enquanto nos Açores, o governo socialista continua a fazer da Autonomia uma arma na defesa dos açorianos, na Madeira a Autonomia é uma vaca sagrada, vazia de sentido mas cheia de tetas para alimentar lutas e conflitos estéreis.
Será que os madeirenses não ganhariam mais com um governo que governasse; que corrigisse, a bem dos cidadãos, as medidas que, segundo os governantes regionais, nos prejudicam?
Assim é mais fácil: quando há medidas pouco populares do governo de Sócrates, aplica-se por cá mas critica-se o governo socialista. Tudo como se não houvesse Autonomia.
As medidas que nada custam alterar, como a lei do tabaco, mudam-se, adaptam-se. Não custam pilim.

Tiradas

Tiradas, "boutades", bocas, asneiradas, diversos nomes para o que se diz sem muito se reflectir grandemente.
AJJ pensa no que diz, mas vai mandando cuspo à parede para ver se cola.
Falou em referendo. Logo constitucionalistas afirmaram que não podia ser. O homem recuou até à casa de partida: o referendo são as eleições.
Referendo, plebiscito, sempre foi assim...
Qual é a novidade?

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Local da Festa da Liberdade

Um título ambíguo do "Diário de Notícias" levou a que muita gente presumisse que o PS-M mudaria o local da Festa da Liberdade.
O jornalista responsável pelo título afirmava que PS mudaria a Fonte do Bispo. Esse título é a redução da ideia PS-M muda o formato da Festa da Fonte do Bispo. Penso que seria do mesmo jeito se o PSD entendesse mudar algumas coisa na sua Festa do Chão da Lagoa.
Naturalmente entendi não perder muito tempo com este assunto, porque os critérios jornalísticos muitas vezes privilegiam a ambiguidade vendável em detrimento da objectividade. Basta ver o título com que saiu a entrevista a João Carlos Gouveia ontem publicada. Por outro lado, se as pessoas entendem ler apenas os títulos e daí deduzirem o conteúdo dos artigos, que se pode fazer? Porém, ao ver a postagem de Filipe Malheiro do dia 20 do corrente, fiquei boquiaberto pela ignorância. Filipe Malheiro contentou-se em ler o título sem interpretar a ambiguidade ou quis, por questões partidárias, ajudar à confusão?
Que fique claro: A Festa da Liberdade realizar-se-á na Fonte do Bispo, 31 de Agosto.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Não é assim

Tenham paciência, mas discordo.
Não é falando dos vencimentos de AJJ (que não são nenhuma fortuna), muito menos multiplicando por meses e por anos, para dar redondos zeros, que se faz oposição. Parece-me mesquinho. Bem sei que essa tem sido uma das armas dos que se opõem aos governos socialistas na República, mas fica mal a todos despertar instintos maldosos. Não é assim.

Gargalhada

No tal programa de jornalistas, quando Nicolau Fernandez, que estava bem informado, explicou que os responsáveis pela Junta de Freguesia de Gaula, enquanto PS, sempre tiveram o total apoio da actual direcção do PS-M, ouviu-se uma gargalhada de outro jornalista. Sem rosto, sem carácter.
O que interesse é rebaixar, enxovalhando.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Gaula ainda

A derrota em Gaula foi pesada, mas tinha que ser.
Ter abdicado da disputa eleitoral, apoiando os falsos independentes como fizeram outros, só porque não tinham hipóteses de ganhar, seria cobardia política.
Há derrotas marcadas na pele dos grandes vencedores.
Os derrotados, para além dos falsos independentes, não foram João Carlos Gouveia nem a sua direcção. O PS foi derrotado e conhece-se os responsáveis por essa derrota. Sabemos onde estão, sorrindo por detrás das cortinas, com o sorriso do costume.
Há derrotas que podem garantir vitórias futuras. Por outro lado, o silêncio significaria pousar os braços e entregar as armas antes de qualquer escaramuça, muito antes das grandes batalhas.

Renúncia

Filipe Sousa já anunciou renúncia em Gaula. Afinal só ficaria na Junta se o seu PPG ganhasse. Entregar-se-ia "de corpo e alma". Mas alguém ainda acredita que ele trocaria a vereação na Càmara pela freguesia? Mas porque não disse isso antes aos gauleses. Como é que justifica, a partir desta atitude, o que afirmou (que "os interesses partidários muitas vezes se sobrepõem à resolução dos problemas da população") ? E os interesses pessoais? Independente de quê? Como critica os partidos alguém que mostra o que estes têm de pior?
Sobre o Filipe Sousa, tenho dito.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Coligações

Alguns partidos, impedidos, devido à teia em que se enredaram durante trinta e tal anos, de crescer eleitoralmente pela conquista do eleitorado que vota PSD, vivem preocupados em conquistar eleitores no campo socialista. Legítima defesa da sobrevivência!
O BE soube, a nível nacional, defender propostas inovadoras, algumas delas fracturantes, que fizeram atrair a militância e o voto de muitos jovens contestatários do cinzentismo em que se tornou muitas vezes o centrão político.
Aqui na Madeira, porém, porque o BE pouco ou nada acrescentou à visão tradicionalista e cristalizada de uma esquerda marxista-leninista (ex-estalinista e ex-maoista) que cresceu no seio da FEC-ML e no convívio entre os seus filhotes PCP- R e UDP, porque as pessoas eram as mesmas, o voto de uma possível nova esquerda ficou guardado nas gavetas da abstenção.
A UDP (implicitamente o BE), porque acredita que todos os movimentos autonomistas têm carácter libertador; porque acredita que a autonomia regional resulta da vontade do povo, como classe revolucionária, nunca compreendeu realmente o carácter populista do PSD e das suas teses autonomistas.
O PSD-Madeira sabe-a toda, desde sempre. Tornou-se rapidamente no Partido do Povo, e melhor que tantos outros pelo mundo fora, porque compreendeu que só ligado à religião poderia crescer e perdurar nas almas populares. Só assim poderiam ser perdoados os pecados venais, mortais e capitais. Encabeçou um movimento de libertação também. Deu emprego a rodos ao seu povo: a paz, o pão, saúde, habitação. Estatizou a economia. Privilegiou os seus, os que tinham o cartão do Partido, numa aproximação ao tão querido sistema marxista-leninista do partido único, da ditadura do proletariado, a expressão controlada, os direitos chantageados, mais um Pravda e um Ezvetzia, e o aparelho do partido, a nomenklatura e as datchas.
O PSD-Madeira sabe-a toda, e a UDP (O BE) perdeu-se, falando às vezes de um regime que perseguia as pessoas e outras vezes como se vivêssemos numa democracia normal. Tantas e tantas horas vez coro com o PSD-M quando se tratou de atacar os socialistas, quando estes se encontravam no governo da República. Perdeu-se, ficando reduzida à caixinha de reclamações que levava aos que iam ficando à margem deste "processo revolucionário".
O PS-Madeira realizou, em Setembro último, uma convenção, na qual foi votada por larga maioria uma proposta, que não a Direcção, propondo a procura de soluções eleitorais que não desprezasse coligações que irmanassem opositores ao regime.
A Direcção do PS-M reuniu-se com todos os partidos da oposição ao PSD. Com nenhum se comprometeu, de facto, com coligações, mantendo portas abertas (excepto com o MPT, que não se apresenta como opositor) ao diálogo. Porém torna-se evidente que ninguém de bom senso pode unir-se a partidos que, após esses contactos, continuam a fazer do Partido Socialista o principal território de conquista eleitoral, como se realmente vivêssemos na Madeira uma democracia normal numa sociedade aberta.
O caso de Gaula é paradigmático e anda muita gente a fingir que não vê: o Filipe Sousa foi um bom autarca, sob a bandeira do PS-M e com todo o apoio deste partido, que tanto lhe deu para as suas acções junto dos gauleses. Porém, bons autarcas éxistem em todos os partidos, inclusivamente no PSD. Mas agora o que o Filipe Sousa não quer é combater mais o PSD, como é bom de ver no seu posicionamento e nos seus colaboradores. O PS-M só poderia fazer coligações com quem quiser assumir-se opositor a este regime e não como opositores ao Partido Socialista.
Continuará a UDP a não encontrar matéria de combate na actividade política do PSD-M e sua governação?

A BOLA

A BOLA foi o meu primeiro jornal. A BOLA grande, como o "Norte Desportivo" ou o "Mundo Desportivo", imensa de vermelho. Criança ainda, parava nas bancas para ler-lhe os títulos, olhar-lhe as formas, imaginar o interior. Esperava que algum comprador, impaciente, folheasse.
Mais tarde, rapazinho ainda sem os tostões para comprá-la, lia-a à noite, emprestada pelo sr. Jorge, que a tratava com cuidado, sabendo do meu desejo. Lia tudo, até os anúncios. E conheci grandes jornalistas, grandes escritores mesmo como Vítor Santos, Homero Serpa, Carlos Pinhão, Carlos Miranda e Alfredo Farinha.
Aprendi muito sobre o Mundo (Geografia e Sociedade) em muitos textos desses e doutros jornalistas. Quando acompanhavam clubes e selecções pelo Mundo falavam do que viam e do que conheciam, fazendo, tantas vezes, o contraponto com a vivência portuguesa.
A qualidade dos textos era notável e, porque lia com paixão, aproveitava tudo. Não esqueço como conseguia orgulhosamente mostrar aos meus professores de Português o conhecimento de alguns vocábulos aprendidos na designada Bíblia do jornalismo desportivo português.
As antevisões às jornadas fascinavam-me, principalmente as de Alfredo Farinha. Aí aprendi e decorei a minha primeira expressão latina, que o autor traduziu logo: Et quoque aliquando dormitat bonus Homerus, de vez em quando o bom Homero também adormece, ou como vou traduzindo às vezes, de vez em quando o bom Homero também bate a sua soneca.
Depois A BOLA foi-se "modernizando", cedendo à pressão dos tempos, reduzida a metade, sem sujar os dedos, com grandes parangonas, frases feitas e muita, muita fotografia. A última transformação tornou-a mais branca, envergonhada do seu sangue original.
Compro-a agora algumas vezes, principalmente às terças-feiras, para ler Miguel Sousa Tavares, sempre polémico e contundente, e também Jorge Olímpio Bento ou Luís Freitas Lobo, que sabe muito de futebol e suas tácticas. Hoje tive uma agradável surpresa: uma crónica de um autor que desconhecia, Miguel Cardoso Pereira, intitulada "A inexistência suíça". Voltarei a ela.

sábado, 14 de junho de 2008

Microfísica do Poder

Para Lichel Faucault, o poder não tem uma só fonte nem uma única manifestação, mas imensas formas. Quando um grupo social se apropria dos mecanismos reguladores de determinada manifestação, põe-na ao seu serviço e elabora uma estrutura que se aplica a potenciais dominados. Cria-se um discurso apresentado como "natural" e procura-se impedir as possibilidades de aparição de outros discurso.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

AJJ em Gaula

Em Gaula, AJJ falou mais do mesmo. Sobre estas eleições nada. Sobre tornar as eleições para a Assembleia da República mais um plebiscito, o comum.
Os Açores possuem Autonomia. Os Açores têm um governo regional que governa, que decide, que age em favor dos seus cidadãos.
O Presidente do Governo Regional dos Açores usa a diplomacia política para negociar bem, sem chantagem nem arruaça. O Governo Regional dos Açores usa a regionalização das suas finanças para beneficiar os seus açorianos, com impostos mais baixos. O Governo Regional dos Açores nunca defendeu liberalização dos transportes aéreos.
O Governo Regional da Madeira, que ataca medidas de Sócrates, na teoria, aproveita na prática todas as que lhe dão mais meios para beneficiar a sua clientela.
O Governo Regional da Madeira usa a Autonomia apenas para se opor às leis que significam avanços civilizacionais, como a do tabaco.
O Governo Regional transformou-se num mero aparelho partidário anti-Sócrates.
O Governo Regional transformou-se num sindicato.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Grace Mugabe

Leio no "Público" que Grace Mugabe aproveitou a cimeira sobre a fome para gastar 80.000 dólares em compras na capital italiana.
Sinto-me mal disposto, nauseado.

Holanda-Itália

Grande intensidade neste jogo entre duas equipas que podem ganhar o Euro. O melhor jogo deste campeonato havia sido o Portugal-Turquia, com uma bela exibição portuguesa, com CR muito bem, jogando colectivamente. Depois da mediocridade so Suíça-República Checa e do Áustria-Croácia, o Alemanha-Polónia também foi um jogo bonzinho, com os tedescos a mostrarem qualidades para chegarem longe.
Agora este Holanda-Itália está a ser espectacular. Antes do primeiro golo, já a bola rondara perigosamente as duas balizas, com a Itália estranhamente a assumir o jogo. Enquanto escrevo assisti já aos dois golos da Holanda. Pena que o primeiro resultado de um fora de jogo de todo o tamanho. O segundo é espectacular, fruto de um bom contra-ataque. Isto promete mas são duas equipas que metem medo.

Coligação em Gaula

Em Gaula, cada vez é mais latente uma coligação estranha entre o Grupo dos Sousas, o CDS/PP e o Bloco de Esquerda. Cada vez se torna mais evidente que o auto-designado grupo de independentes é uma mistificação de independência.
O CDS/PP, sem capacidade de concorrer, por falta de apoios na freguesia - tal como o BE, naturalmente -, arranjou um argumento cómico, pela boca de José Manuel Rodrigues. Este vai procurando fazer de Filipe Sousa um anjo, que abdica de tudo, que prejudica a família para servir os gauleses. Exemplifica com uma pérola: o Filipe abdicou do dinheirinho que receberia do Estado, como presidente de junta, para dispor dessa verba para as necessidades da Junta.
O que José Manuel Rodrigues não diz nunca é que o Filipe Sousa recebia na altura o seu quinhão como deputado, portanto o resto era um troquinho. Também não diz que o Filipe Sousa prepara pelo menos há um ano esta situação mas que nunca abdicou, para se promover politicamente, da carrinha que o PS lhe colocou à disposição. Não diz José Manuel Rodrigues que, mesmo depois de começar a preparar a candidatura como "independente", continuou a usar os recursos do Partido Socialista para as suas acções junto do "seu" eleitorado, na freguesia e no concelho.
O que José Manuel Rodrigues não diz, porque talvez não saiba, é que Filipe Sousa garantia já ter assegurada a verba para ajudar na tal proposta dos medicamentos, mas não a aplicaria em Gaula enquanto o Nazário fosse presidente, e que até seria capaz de aplicar essa verba em Água de Pena (talvez para bem do seu querido povo de Gaula).
O que José Manuel Rodrigues não consegue explicar, porque não pode, como é que o candidato a presidente, o mano Élvio de Sousa, estando no elenco da Junta da qual se demitiu, nunca propôs nem ofereceu os meios que o irmão conseguira para ajudar nos tais medicamentes.

Mais cores

Em Gaula, o grupo dos Sousa anda de um roxo quase à banco. Com um pouco mais de azul seria violeta, cor de sedução feminina. Com um pouco mais de azul, disse eu.

Belas cores

A minha terra está belíssima assim, com as bandeiras verde e vermelhas de Portugal a flutuarem em todas as varandas.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Textos e contos

A amsf, agradecendo as suas visitas, sempre estimadas, devo informar que as ditas "fichas" são matéria bruta de um romance que transporto há muitos anos, sobre o período pós-25 de Abril na Madeira. Falta polir arestas, mas agora ainda estou à espera da publicação do meu livro de contos, com uma editora a prometer-me há mais de um ano que irá publicar a obra.
Ao meu caro "Espínola", agradeço também a visita. Naturalmente deixei livre as opiniões dos outros. Até agora os comentadores deste espaço têm sido correctos no trato, concordando ou não com o que escrevo, e assim é a democracia e a liberdade. Certamente a alguns aplicaria negativa, paciência. Mas cuidado, "Espínola", que, no seu comentário, há uma vírgula desnecessária.

sábado, 31 de maio de 2008

A Canga

A Feira do Livro está, este ano, mais agradável para o visitante. Porém continua-se a sentir a falta de muitas editoras, principalmente a Assírio & Alvim, sempre recomendável pela sua qualidade. Já se sabe, o pior é as vendas, que parece até terem decrescido, como resultado da crise que por aqui e ali vai.
Desta vez o debate sobre a qualidade de algumas obras subiu de tom. Ainda bem.
Toda a gente tem direito à publicação, agora que se misture Literatura com Escrita, isso não. A tenda mais fraquinha, pela falta de qualidade dos livros apresentados, foi a da Associação dos Escritores da Madeira. Lamentável.
Saúda-se a nova edição de A Canga, da responsabilidade da organização do Funchal 500 anos. Esta obra de Horácio Bento de Gouveia retrata-nos a relação de colonia mas transmite-nos também a ambiência da vida em Ponta Delgada na primeira metade do séc.XX. Num realismo evidente, Horácio Bento de Gouveia descreve o espaço físico e social com a pena sensível de um profundo conhecedor do meio.
A Canga encontrava-se esgotada há muito. Encontrava-se nos alfarrabistas e coleccionadores, a bom preço. Li-a na Biblioteca da Escola Jaime Moniz e reencontrei-a na da APEL e aproveito para salientar a importância de boas bibliotecas escolares, que não podem ser, nunca, estantes de tudo o que se vai publicando, lebres e gatos.
Destaco também, desta Feira do Livro, A Casa Transparente, de Amândio Reis, já publicado em 2006, pela Editora "Sete Dias, Seis Noites", com um conjunto de contos notáveis. É o primeiro livro deste jovem autor, mas faz mal quem o tomar apenas por um autor jovem.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Bonecos

Os bonecos do Jornal da Madeira, com a tradicional falta de gosto e de senso, parodia com os que se indignam com a falta do hino de Portugal nas cerimónias públicas desta terra. Lá se afirma que o Hino Nacional cansa. E o Hino da Região cansa menos? Não há mais nada para dizer, ou outra justificação mais inteligente? Assim ainda passo a concordar com o meu amigo que diz que os ditos bonecos o que são é burros.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Totalitarismo

Ameaçar um deputado de prisão tem o mesmo valor que ameaçar bombeiros de espulsão. Para além do mesmo valor, possui a mesma origem laranja e o mesmo tique totalitário.
Falta agora o restante trabalho: levar a comunicação social e depois os populares a dizerem que sim, que está certo, que também assim é de mais, que há que respeitar as pessoas e as instituições, que para desrespeito já nos bastam os maus exemplos de quem pode.
Ah, grande terra que tais frutos dás!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Pobreza e desigualdades

I INTRODUÇÃO



Cantiga da velha mãe e dos seus dois filhos



Ai o meu pobre filho, que rico que é
ai o meu rico filho, que pobre que é
Nascidos do mesmo ventre
Um vive de joelhos pró outro passar à frente
E esta velha mãe para aqui já no sol poente



Um dia há muito tempo, vi-os partir
levando cada um do outro o porvir
Seguiram pela estrada fora
Um voltou-se para trás, disse adeus que me vou embora
Voltaremos trazendo connosco a vitória



De que vitória falas, disse eu então
Da que faz um escravo do teu irmão?
Ou duma outra que rebenta
como um rio de fúria no peito feito tormenta
quando não há nada a perder no que se tenta?



Passaram muitos anos sem mais saber
nem por onde passavam, nem se por ter
criado os dois no mesmo chão
eram ainda irmãos, partilhavam ainda o pão
E o silêncio enchia de morte o meu coração



Depois vieram novas que o que vivia
da miséria do outro, se enriquecia
Não foi para isto que andei
dias que foram longos e noites que não contei
a lutar pra ter a justiça como lei



Às vezes rogo pragas de os ver assim
Sinto assim uma faca dentro de mim
Sei que estou velha e doente
Mas para ver o mundo girar de modo diferente
Ainda sei gritar, e arreganhar o dente



Estou quase a ir embora, mas deixo aqui
duas palavras pra um filho que perdi
Não quero dar-te conselhos
Mas se é teu próprio irmão que te faz viver de joelhos
Doa a quem doer, faz o que tens a fazer



Sérgio Godinho, in "os sobreviventes", 1971



II - MÁRIO SOARES



Mário Soares escreve hoje no "Diário de Notícias" um artigo de opinião intitulado "Pobreza e Desigualdades", a propósito do Relatório da União Europeia e do trabalho de CESIS, coordenado pelo Prof. Alfredo Bruto da Costa, "Um olhar para a pobreza em Portugal".


A linhas tantas, Mário Soares afirma que "a pobreza e a riqueza (ostensiva e muitas vezes inexplicável) são o verso e o reverso da mesma moeda e o espelho de uma sociedade a caminho de graves convulsões",


Num tempo em que tantos socialistas se deixam vencer pelo conformismo, pela cedência ao liberalismo económico e pela aceitação do fado capitalista, é bom ouvir-se a voz insubmissa de um dos fundadores do Partido Socialista, no fundo a sua grande figura.


Ainda há quem compreenda as lições do Pe. António Vieira, quando este diz que são precisos muitos peixes pequenos para alimentar um peixe grande.

Liberalizações

A PROPÓSITO DE LIBERALIZAÇÕES
COMBUSTÍVEIS
O GOVERNO DO PSD-MADEIRA LIBERALIZOU OS COMBUSTÍVEIS NA MADEIRA;O GOVERNO DO PS-AÇORES NÃO LIBERALIZOU OS COMBUSTÍVEIS NOS AÇORES.
TRANSPORTES AÉREOSO GOVERNO DO PSD-MADEIRA LIBERALIZOU OS TRANSPORTES AÉREOS NA MADEIRA;O GOVERNO DO PS-AÇORES NÃO LIBERALIZOU TRANSPORTES AÉREOS NOS AÇORES.

in ReplicaContrareplica, com a devida vénia

Outra vez o Hino

Não estranho, muito sinceramente, que mais uma vereação PSD tenha promovido festividades do dia do seu concelho sem ter mandado tocar o Hino Nacional. Sobre o carácter separatista do grupo maioritário no PSD já há muito que afirmei tudo o que de fundamental era necessário dizer. Fiz a minha leitura política. Alguns fingem que não percebem, outros, o que é pior, não percebem mesmo.
O que a vereação de Santana demonstra, e principalmente o seu presidente Carlos Pereira demonstra, é que certas pessoas não conseguem convencer os seus chefes da bondade do seu trabalho, mas entendem perfeitamente o que lhes dá prazer: a provocação anti-patriótica; o desprezo pelos símbolos da portugalidade; o separatismo. Já fizera o mesmo o Presidente da Câmara de São Vicente. Também assim agem aqueles deputados no Parlamento que consideram que a medida certa é serem mais papistas do que o papa.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Eleições em Gaula

Em Gaula, Francisco Dias soube responder directamente ao habitual choradinho dos manos, que o Filipe Sousa tinha sido bom enquanto bom enquanto defendeu o PS, mas que agora já não prestava.
Francisco Dias respondeu bem que Filipe Sousa sempre defendeu o PS até há pouco mas que agora dizia mal do PS e da generalidade dos partidos.
Resta acrescentar que o que o PS critica em Filipe Sousa é a traição, em primeiro lugar; a capitulação, em segundo; a demagogia, em terceiro; a tentativa de submissão dos cidadãos de Gaula a interesses de poder pessoal.

Desculpas

Fui forçado a uma semana de ausência, devido a actividades várias, seja no âmbito profissional, seja no campo da política. Cheguei a sentar-me, a colocar o título e uma ou outra palavra, mas não consegui desenvolver minimamente. Sei que os leitores são poucos, mas a esses peço desculpa pela ausência.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Qualidade parlamentar

Para que ninguém tenha dúvidas, apesar de algumas atitudes do PND estarem desajustadas, porque deslocadas, até hoje quem pior se comportou na Assembleia Legislativa da Madeira foram Jaime Ramos e Alberto João Jardim.
Há uns "ilustres" que peroram contra a qualidade de alguns parlamentares, é bom que memorem o que naquele espaço se tem passado, com enxovalhos, ataques pessoais e discursos de nível absolutamente primário!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Guerrinhas

A partir da sua decisão de avançar com a candidatura independente, pouco depois das eleições regionais de Maio de 2007, onde não foi eleito devido aos maus resultados do PS. Filipe Sousa passou ao jogo do fingimento. Outros chamam outros nomes a isto.
João Carlos Gouveia reuniu variadíssimas vezes com ele, comprometeu-se a apoiá-lo, prometeu o apoio do PS à Secção de Gaula, prometeu a ele e a Nazário Coelho. Prometeu e cumpriu. Nenhum deles tinha razões de queixa desta direcção e deste presidente. Sobre candidaturas independentes, depois via-se, depois via-se. Outros chamam outro nome a isto.
Nazário Coelho andava aborrecido mas não com a nova direcção. Estava desentendido com Filipe Sousa e com o que se chamava Concelhia do PS de Santa Cruz. Porquê? Porque era o Presidente eleito de Gaula, mas Filipe Sousa comportava-se como presidente de facto junto dos gauleses, continuando a realizar actividades na Junta que já não eram da sua competência. Poder de direito, poder de facto, guerras, guerrinhas. Deu-se a história das trocas de chaves e fechaduras.
Quem indicou Nazário Coelho à direcção de Jacinto Serrão para a candidatura à Junta de Freguesia de Gaula em 2005, quando Filipe Sousa avançou para a candidatura à Câmara Municipal de Santa Cruz?
Obviamente Filipe Sousa.
E quem tirou o tapete a Nazário Coelho?
Quem indicou Arlindo Freitas como candidato independente pelo PS à vereação de Santa Cruz?
Obviamente Filipe Sousa.
E quem tirou o tapete a Arlindo Freitas?
Filipe Sousa parece não querer deixar pedra sobre pedra, mas afirma que se cansou das mediocridades partidárias. Cansou-se depois de Maio de 2007, como se vê, e pretende aparecer como um anjo de mãos limpas, afastado dos meandros partidários, ele, que era o Presidente da Comissão Política Concelhia do Partido Socialista em Santa Cruz. Não tem nenhuma responsabilidade? Ele que era ( e ainda deve ser, que não se demitiu) o Presidente da Associação de Autarcas Socialistas da Madeira não tem nenhuma responsabilidade nas decisões e na política do Partido Socialista?
Como pode arvorar-se em anjo alguém que promoveu a dissolução recente da Comissão Política Concelhia de Santa Cruz só por táctica solidariedade com um militante que se incompatibilizou com a direcção do Grupo Parlamentar? Que credibilidade pode ganhar quem mostra tal falta de equilíbrio democrático, para não chamar outra coisa, como fazem outros?

Guerras

Encontrei ontem um militante do Bloco, um indefectível lutador da UDP, com muitos anos de luta e experiência autárquica, que me alertou:
"É preciso apoiar os independentes e esquecer as guerras entre o Filipe e o João Carlos". Tentei explicar-lhe, mas o homem tinha pressa ou não queria saber que
nunca houve guerras entre o Filipe e João Carlos Gouveia. No dia em que João Carlos Gouveia assumia a liderança do PS-Madeira, Filipe Sousa dava o sinal de partida no Blogue Directriz:
Sábado, Julho 28, 2007

Autarcas perdidos? Ou não?
"ANÚNCIO: Precisam-se de autarcas.A questão central que actualmente qualquer cidadão coloca e que importa dar resposta é a de saber qual será a principal missão de todos aqueles que decidiram, por vontade própria ou por mero “capricho partidário”, abraçar um desafio de enorme responsabilidade: Exercer funções autárquicas.Será que assistimos a uma total subserviência ao nosso sistema político, enquanto integrantes na administração pública regional e local?Ou, ignoram essa “bajulação” e pugnam para que através da sua verdadeira condição de autarca, possam vir a contribuir para a valorização do papel que todos os cidadãos desempenham na sociedade?A verdade é a de que raras são as excepções na RAM, em que tudo o que “mexe”, ao nível do exercício do poder local, não seja partidarizado e fortemente controlado por lobbies económicos e interesses tentaculares obscuros:É o urbanismo e ordenamento do território;É ambiente, as obras públicas;É o desporto e cultura;Enfim, tudo é desenvolvido muitas das vezes, ao sabor de fortes interesses instalados e dessa subserviência.Entendo que um autarca deve, desde a primeira hora, vincular-se, com o estatuto constitucional e legal da instituição à qual concorre ou representa e desde logo, ao seu bom nome, à sua credibilidade e ao facto da mesma dever ser uma pessoa de bem.As pessoas estão carentes de autarcas exclusivamente obrigados ao seu estatuto e missão legal, que não “politiqueiros” subordinados à “politiquice” e que vergam ou acolhem interesses estranhos políticos e económicos aos que estão obrigados a prosseguir.Que democratizem, na prática, a gestão municipal, simplifiquem a relação com os cidadãos e reforcem a sua participação, como melhor prevenção à corrupção e tráfico de influências.Que privilegiem o social, o apoio e estímulo às actividades directamente relacionadas com as necessidades manifestadas pela sua comunidade, desenvolvida através da elaboração de um diagnóstico e conhecimento das carências sociais da população em geral e de grupos específicos: crianças, jovens, idosos, excluídos sociais e deficientes.Que, na sua verdadeira missão e condição, sejam pioneiros na aplicação de políticas integradas de desenvolvimento, baseadas no rigor, na transparência, na sensibilidade social, na participação e na qualificação, dando prioridade às políticas de desenvolvimento, qualidade de vida, urbanismo, ambiente, protecção civil e defesa do consumidor.Que contribuam para a modernização da gestão camarária, e dêem um impulso na promoção de uma cultura de inovação, qualidade e eficácia na relação com os cidadãos e na prestação dos serviços, promovendo melhores condições de cidadania.Perante esta natural convicção fico triste e até mesmo envergonhado...Triste e envergonhado porque sou autarca. Autarca, pertencente ao órgão executivo do Município de Santa Cruz e a desempenhar funções em regime de não permanência e vejo muitos autarcas perdidos nas mais diversas e “infundadas” declarações públicas.Verdade seja dita, que já estou confuso e não sei se são acções de perda de mandato ou, autarcas perdidos.Recordo, tão-somente, que todos os autarcas estão vinculados e obrigados ao seu estatuto e missão legal, que não “politiqueiros” subordinados à “politiquice”.Por tudo isto, sinto que a nossa sociedade está carente de verdadeiros autarcas capazes de impulsionarem uma transformação politica e que tracem uma nova ambição ao Poder Local Democrático.Espero que deste anúncio surgem muitos candidatos.Santa Cruz, 27 de Julho de 2007."Filipe Martiniano Martins de Sousa, Vereador na Câmara Municipal do Município de Santa Cruz.
Alguns dias antes, Rogério de Sousa, advogado conhecido pelas "acções populares" a que Filipe Sousa esteve ligado, publicava no mesmo blogue, que é da sua autoria, o seguinte texto:
Sábado, Julho 7

Erro de casting.
A perdas de mandatos dos srs. vereadores das câmaras municipais que incumpriram as obrigações de apresentação das declaração de rendimentos junto do Tribunal Constitucional, algumas já declaradas pelo Tribunal competente, tem sido um frenesim e um erro de casting. E tudo sem razão aparente.A lei é inequívoca e incondicionada: perante o incumprimento o TC notifica o incumpridor para, no prazo de 30 dias, apresentar "sob pena de [...] incorrer em perda de mandato, demissão ou destituição judicial..." [art. 3º, nº 1, da Lei 4/83, de 2 de Abril] sempre que o incumprimento seja culposo. Leia-se, a conduta de não entrega da declaração por parte do agente seja dolosa [intencional] ou meramente negligente [decorrente da inobservância de deveres de cuidado e de diligência].Como veio a público, os srs. vereadores foram notificados e, ante a notificação, não entregaram as declarações. As motivações ou causas para tanto são, ante a expressa cominação legal, irrelevantes porque dúvidas não podem existir que se notificados foram a conduta será, no mínimo, negligente [consequência de descuido, esquecimento, mero lapso, etc.] e, portanto, culposa.Por outro lado, se errar é humano persistir na mistificação do erro, da omissão, do descuido ou mero lapso é querer tapar o sol com a peneira.Quer-se criticar a lei, critique-se porque a opção do incompetente legislador [os srs. políticos do parlamento] é seguramente criticável. Mas isso seguramente não dispensa que se atente que matérias há que muito dificilmente são defensáveis e que os tribunais, ante o normativo vigente ao qual estão estritamente vinculados, outra coisa não poderiam declarar.Esquecer isto, politizar decisões jurisdicionais e colocá-la na amálgama da politiquice é, para além do mais, desfocar e descentrar a possível percepção daquilo que é essencial na realidade. E essa é essencialmente política. E de nenhuma outra natureza
.
Ora aqui temos o que tanto incomodou, entristeceu e até envergonhou Filipe Sousa: que autarcas das listas do Partido Socialista, como ele, tivessem incorrido no pecado de não trem apresentado as declarações de rendimentos! À partida, apenas isto era o seu argumentário para se sentir com vontade de abalar!
Porque o texto vai longo, seguir-se-ão as cenas dos próximos (anteriores) capítulos:

terça-feira, 6 de maio de 2008

Histórico do Blogue VI

Nazário e a capoeira
Nazário não gostou que o secretário-geral do PS-Madeira se referisse ao que se passa em Gaula como uma guerra de capoeira. Eu também não diria isso. Chamaria antes àquelas confusões todas, onde ainda por cima se invoca o nome do povo em vão, guerra de capelinha, ou melhor, manhas.

12 Fevereiro 2008

Histórico do Blogue V

Sábado, 22 de Dezembro de 2007

Gaula versus Santa Cruz
Tenho a nítida impressão de que Nazário Coelho falou do Secretariado Regional do Partido Socialista, que não lhe deu o apoio devido, para não ferir susceptibilidades em relação a outro secretariado. Só pode ser, ou então vivo noutro planeta.

Histórico do Blogue IV

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2007

Independentes
Há os independentes do PSD, os independentes do PS e os independentes. Os de direita dizem-se de direita, os de esquerda nem afirmam nada, num distanciamento pretensamente cínico. Gostariam muito de alternativas e só a imaginam no PS, mas não vêem como, com este líder não, nem com o outro, nem o outro ainda. Catalogam os líderes com os mesmos epítetos com que o PSD, isto é, AJJ o faz. Não conhecem outro vocabulário nem conseguem já pensar de modo diverso. Depois esquecem-se que a olaria do Pimenta já encerrou, e mesmo aí os bonecos possuíam pés de barro.