sexta-feira, 12 de junho de 2009

Queda percentual

Os resultados eleitorais para as Europeias foram maus para o PS-Madeira, como o foram para o PS-Açores e para o Partido Socialista no todo nacional.
Os resultados do PS-Madeira acompanharam os resultados nacionais. Acompanharam a descida, mas a realidade é que a Madeira foi a região do País onde o Partido Socialista menos desceu percentualmente, em relação às Europeias 2004.
Vejamos:

MADEIRA -15,91%
Açores -16,45%
Bragança -16,05%
Leiria -16,15%
Vila Real -16,33%
Viseu -16,38%
Viana do Castelo -16,70%
Lisboa -17,10%
Braga -17,52%
Porto -17,76%
Beja -17,78%
Évora -18,17%
Guarda -18,27%
Setúbal -18,44%
Aveiro -18,70%
Santarém -19,51%
Coimbra -20,02%
Portalegre -20,05%
Castelo Branco -20,90%
Faro -24,36%

A descida percentual do Partido Socialista (no seu todo nacional) foi de 17,95%

Em 2004, a média nacional do PS foi de 44,53%. O PS-Madeira obteve 30,60%, afastando-se 13,93% da média nacional.
Em 2009, a média nacional do PS foi de 26,58%. O PS-Madeira obteve 14,68%, afastando-se
11,90% da média nacional.

Resultados eleitorais

Os resultados eleitorais para as Europeias foram maus para o PS-Madeira, como o foram para o PS-Açores e para o Partido Socialista no seu todo nacional.
O Presidente do PS-Madeira, na noite eleitoral de domingo, afirmou que os resultados tinham sido pouco animadores para quem queria descolar dos resultados de 2007 para se afirmar como alternativa em 2011.
O Tino, do "Farpas da Madeira", por motivos que só ele sabe e os outros podem tentar perceber, disse que o presidente afirmara que era um resultado animador. Exactamente o contrário. Porquê? Para poder ironizar em seguida, como o fez? Com que intenção?
Cabe a cada um retirar ilacções.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Campanha

Este período de campanha não é nada propício a postagens, não por falta de matéria, que poderia passar pelo redobrar de admiração que sinto por Emanuel Jardim Fernandes, que vive e respira política com ideologia e com ideais, capaz de estar vinte minutos com um pretenso abstencionista até o convencer a votar, ou pela constatação da inabilidade para o assunto por parte do candidato do PSD cá do burgo, mas essencialmente pela escassez de tempo a que as minhas obrigações partidárias obrigam.
Sobre a campanha, mais meia dúzia de palavras: Emanuel Jardim Fernandes tem falado sempre do que está em causa nesta campanha: a Europa. Outros andam perdidos por aí. Há um que lá vai bater sem saber ler nem escrever (como sói dizer-se), nem percebendo ainda como se foram lembrar do seu nome.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Prémio Limão

Por que motivo o Presidente do Governo Regional, aliás Presidente do PSD-M, numa iniciativa partidária, durante este fim-de-semana, aliás governativa, durante o seu discurso de estadista, aliás de líder partidário, falou homofobicamente contra o "lobby gay". A gente só pode rir-se, não é? Isto é que é um líder credível!!

Óbvio

Vítor Freitas, no seu blogue "Réplica-Contra-réplica", dizia o óbvio: logo que Sócrates virasse as costas voltariam os dislates contra o Primeiro Ministro e a sua visita. Obviamente foi isso que aconteceu, agora numa situação em que os próprios empresários são criticados por terem estado presentes no almoço. Obviamente a mostrar o que é a tendência totalitária: só o partido do poder tem a absoluta razão. Obviamente, durante a visita, o Secretário-Geral do PSD-M disse aquilo que não era politicamente correcto ser afirmado pelo Presidente do Governo Regional. Obviamente o que é dito pelo Secretário-Geral do PSD-M tem valor bem delimitado, segundo certas pessoas. Mas é o que pensa realmente o PSD-M, sempre!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Os chamados tiros nos pés

O "Diário de Notícias" do Funchal tem diariamente feito um trabalho de desgaste da imagem da Direcção do PS-Madeira, dando cobertura aos interesses dos interessados nesse desgaste.
Sabem esses interessados que a opinião pública critica as desavenças no interior do PS, habituada que está ao monocromatismo do PSD, subsidiário da cultura ditatorial fascista, do culto do chefe.
Os cidadãos chamam às diferenças dentro do PS, "tiros nos pés" de "gente que não se entende", etecetera e tal, na pouco subtil repetição da opinião publicada.
Alguns jornalistas forcejam na ânsia de ampliar as vozes discordantes, incapazes que são de procurar no PSD as vozes da discórdia, embora os ecos destas se oiçam por tudo o que é canto desta cidade (então a propósito do candidato a eurodeputado é um mar de discórdia de Santa Luzia à Terceira Lombada).
Sabe-se das ligações entre os catalinários e certos jornalistas mas estes deviam saber diferenciar o que é informação do que é jogo de interesses.
Não se percebe como se faz notícia a partir de comentários anónimos a postagens de blogues, anónimos, frise-se.
Falamos deste blogue e da sua política "ab ovo" de não filtrar mensagem alguma, aceitando a liberdade total de opinião, desde que não ofensiva da dignidade pessoal ou desde que se não entre em linguagem de chiqueiro. Se isso acontecesse, cessariam todos os comentários. Até lá, os comentários são livres, embora lamentemos o anonimato. Agora, fazer notícias de postagens anónimas não lembraria ao diabo.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

1º de Maio

O 1º de Maio de 1974 correspondeu ao 25 de Abril dos madeirenses. Se os últimos dias de Abril foram vividos com emoção contida, a bela manhã do 1º de Maio na Praça do Município correspondeu ao extravasar do imenso desejo de liberdade e de ânsia democrática.
Para além dos anti-fascistas presentes, dos homens que lutaram pelo advento da Democracia no nosso país, naquele 1º de Maio estiveram milhares e milhares de madeirenses, essencialmente jovens, que, mesmo sem consciência política, sabiam perfeitamente que não queriam mais aquele país cinzento, pobre e atrasado; sabiam perfeitamente que não queriam a guerra. Sonhavam, acima de tudo, com dias assim luminosos, com democracia, com liberdades, com Liberdade. Sobretudo sonhavam.
Mas isso foi antes dos dias nefastos da Madeira Nova.

25 de Abril

Os festejos do 25 de Abril por parte do Partido Socialista, com a presença de cerca de 1200 pessoas foi um êxito para o qual contribuiram muitos militantes, mas também todos os que participaram.
Estes festejos serviram também para o arranque na Madeira da pré-campanha ao Parlamento Europeu, já que estiveram presentes e discursaram Vital Moreira e Emanuel Jardim Fernandes.
Para além destes, a noite, abrilhantada por bandeiras nacionais e do PS e por música de intervenção, contou com os discursos de Orlando Fernandes, líder da JS, e de João Carlos Gouveia, presidente do PS-Madeira.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Meias verdades

Élvio Passos assinou uma notícia com meias verdades e um título "à maneira" sobre a recente Comissão Política do Funchal. Apontou três pessoas que falaram e referia "lavagem de muita roupa suja". Jornalismo com um dedo numa direcção, o outro deve apontar para as fontes que se abstiveram de apontar outras seis pessoas, que falaram nessa reunião socialista. Jogo de sombras?

Explicações

Há quem exija explicações, estando bem no centro do que se passa. E disse.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Leituras

A entrevista que dei ontem ao D.N, enquanto secretário-geral do PS-Madeira tem constituído motivo de discussão e o próprio jornal tem tentado tirar nabos da púcara em relação a pessoas referidas na entrevista. Por isso, queria chamar a atenção de quem só se interessa por títulos ou "chamadas " que, em relação ao deputado Carlos Pereira, não fiz nenhuma referência que possa ser entendida como crítica. Louvo a sua resposta dada hoje ao "DN" de que só está interessado no combate ao PSD. É também o que me move e a esta direcção, porque temos consciência de que será o melhor para todos os madeirenses e porto-santenses.
Recordo que disse, respondendo à questão se o Funchal não seria uma prioridade eleitoral, que "... o Funchal é, para nós, a primeira prioridade, Não posso é dizer que vamos tentar ganhar se, hoje, ainda não tenho a certeza da vontade do candidato". Crítica? Nenhuma.
Depois, à questão se Carlos Pereira era ainda, e repito a palavra "ainda" na boca do jornalista, uma possibilidade, afirmei: " A Comissão Política concelhia, em debate interno, mostrou vontade em que fosse o Carlos Pereira. Ele, por alguma estratégia política, entendeu que não era o momento ideal para confirmar. Quando for o momento exacto, esperamos que demonstre vontade em tentar ganhar a câmara". Alguma mentira ou inverdade? Algum facto novo que a comunicação social e muitos cidadãos não conhecessem? Alguma crítica? Nada.
Acerca do Gabinete de Estudos, o jornalista colocou três questões de uma assentada, como corolário do que "algumas vozes" comentavam como inacção da Direcção: Departamento de Mulheres, Comissão Regional para Aprovação de Contas e Gabinete de Estudos. O jornal decidiu tratar do Departamento de Mulheres e do caso das contas em peças à parte, no Sábado, deixando para a página da entrevista a questão do Gabinete de Estudos. Mais uma vez, respondi com verdade e sem críticas a ninguém: o Gabinete de Estudos vai avançar. É natural que o empenho do deputado Carlos Pereira na vida parlamentar o impeça de agir tão brevemente quanto desejaria noutras questões políticas. Normal. Mais uma vez, não o critiquei, apenas disse que a a Direcção gostaria que fosse Carlos Pereira a dinamizar o Gabinete, porque lhe reconhece competência e vontade política no combate ao PSD, agora é natural que o Gabinete de Estudos prometido tenha que avançar, com ele ou sem ele a dinamizá-lo, ou não?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Simpatias políticas

A simpatia política por certo autarca do PSD por determinado militante do PS, em blogue conotado com socialistas, pode ser lido politicamente como um enfileirar na narrativa discursiva dos defensores do "status quo", que agora andam, não ingenuamente, dizendo que o PSD só é derrotável pelo PSD.
Há quem ceda facilmente ao discurso totalitário. Há quem (sem se aperceber?) aceite os discursos de partido único. Será desculpável pelo facto de não ter conhecido directamente, sentindo na pele mesmo, o que foi o "Estado Novo"?
"Estado Novo - Madeira Nova" e lá vamos cantando e rindo,
levados, levados sim...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Comentadores

Durante décadas, certos comentadores encartados passaram os dias catalogando negativamente os líderes dos partidos da Oposição Regional, opondo-lhes a altíssima figura do líder do PSD-Madeira, mais que não fosse porque sabia ganhar eleições. Seguiam-lhe as pisadas com uma dedicação obscena, tão obscena que, nos primeiros anos da elevação do homem aos píncaros, até faziam a cobertura de actos oficiais dos governantes fazendo-se transportar nos carros pretos.


Para esses comentadores, as vitórias eleitorais correspondiam sempre à superior grandeza do vencedor, sem sequer perderem tempo com os manuais de História, onde se mostra que a generalidade das ditaduras provieram de vitórias eleitorais e que elas mesmas promoviam eleições em que o partido do "grande líder" vencia sempre, partindo daí para o aniquilamento político e pessoal de todos os opositores.


Os comentários atingiam sobretudo os líderes do PS-Madeira, porque conviinha abater quem pudesse criar alternativas. Faziam-no utilizando linguagem e discurso semelhante ao da central de comunicações.
Agora, com o actual líder, o trabalho é semelhante: o PSD tentou denegri-lo pessoalmente e os comentadores tentaram o mesmo. Como não conseguiram, a central de comunicações e os difusores apontam para incoerências ou falta de estratégia. Nada de mais errado: nenhum líder foi mais coerente na análise histórica da situação política da Madeira; ninguém foi mais coerente na denúncia da situação económica e do mundo empresarial madeirense; ninguém indicou tão claramente os objectivos traçados: preparar o PS-Madeira para disputar em 2011 as Eleições Regionais, taco-a-taco com o PSD.
Ah, já sei o que vem a seguir: ele até tem ideias, é corajoso e coerente, mas falta-lhe qualquer coisa.

sábado, 28 de março de 2009

Bandeirinhas

Nas inaugurações do Presidente do Governo Regional apareciam umas bandeirinhas do PSD sem que o dito assumisse responsabilidades, naturalmente. O povo reagia com naturalidade: se o presidente inaugura com discurso partidário, atacando o Partido Socialista, as bandeirinhas laranjas faziam todo o sentido.
Há muitos anos que escrevi no "Diário de Notícias" uma crónica intitulada "A arte de bem inaugurar" que republicarei aqui um dia destes, onde digo dessa arte de preparar uma inauguração com gáudio e proveito.
Por agora, quero destacar as fotos de inaugurações que vejo repetidas nas capas do "JM", com muitas bandeirinhas azuis e amarelas.
Ainda não perceberam?

segunda-feira, 23 de março de 2009

42ª medida?

O Presidente do GR anunciou há dias 41 medidas para combater a crise.
Para além de medidas anunciadas mas ainda em elaboração legislativa e outras que são cópias das medidas do Governo da República, muitas já se encontram em vigor, avulsamente, sem que se vejam frutos.
Esqueceu-se provavelmente o Presidente do Governo Regional de anunciar a 42ª medida:
- acordar com os médicos um aumento de 10% em cada consulta privada, no valor de 5€ (1.ooo$ na moeda antiga)!

terça-feira, 17 de março de 2009

Lembro, cara amiga, lembro

"lembro, cara amiga, lembro" é um belo texto de Sancho Gomes, publicado no "Conspiração às 7".
Não conheço o autor, nem os seus colaboradores do blog que visito por causa de textos desta qualidade, para além do gosto musical que demonstram.
Há, na fórmula do "Conspiração às 7", arte e cultura que ultrapassam a mediocridade quotidiana.
Não considero que toda a boa cultura provém da esquerda, nem entendo que este lugar político seja o dono da sensibilidade, da justiça e do humanismo, mas, neste blog, desde o nome, passando pelos momentos de subversão e transgressão da vida organizadamente burguesa, mesmo que em subliminares suspiros saudosos, perpassam vozes que nada têm de direita, ainda mais se esta direita significa a boçalidade, a ignorância e o populismo fascista que todos conhecemos.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Regresso

Saúdo o regresso de Paulo Barata à Madeira, depois de ter cansado seus olhos dos verdes açorianos.
A sua presença começa a ser mais notada no "Farpas da Madeira", em sã concorrência e convivência com o "Tino", já que o Cláudio tem andado desaparecido deste combate.
O PS-Madeira contou sempre com a colaboração do Paulo Barata, mas a sua proximidade vem fortalecer o nosso projecto alternativo. Contamos com o Paulo Barata, porque a Madeira precisa de nós, PS-Madeira.

Respeito

O meu agradecimento pessoal em relação às palavras de Luís Filipe Malheiro no seu blogue "Ultraperiferias", acerca de mim e dos novos membros do Secretariado do PS-Madeira.
Sobre os novos membros do Secretariado, quero realçar que, além de Miguel Fonseca, no seu "Basta que sim", Luís Filipe Malheiro ter sido o único comentador a realçar positivamente a presença de pessoas novas em importantes cargos políticos, sinal de refrescamento de ideias, de inovação e de que ainda há quem acredite na bondade da política. Lastimo que certo jornalismo, limitado por vícios, não tenha sabido destacar o anti-carreirismo que esta lufada de ar fresco significa na política regional.
No que toca ao plano pessoal, relevo as palavras de Luís Filipe Malheiro acerca do respeito pela diferença de ideias. Essa é a minha forma de estar e por isso gosto tanto da liberdade e da democracia. Já nos bastaram os momentos de infância numa escola tão vizinha da PIDE, em que se relembrava, em cochichos, para nunca falarmos do que se dizia ou ouvia na casa de cada um. E já agora... uma recordação do nosso professor Pereira, que nos deve ter inculcado também este respeito e consideração pelos outros. Um abraço.

quarta-feira, 11 de março de 2009

"São Vicente ficará na história"

Li no "Diário Cidade" a pérola: " São Vicente ficará na história pelo facto de acolher a maior parte da telenovela "Flor do Mar", que está a ser rodada na Região. A afirmação é de Humberto Vasconcelos", para quem não saiba, figurante da referida novela e presidente da Câmara Municipal de São Vicente.
Afinal, São Vicente ficará na História ou na história (estória)?

segunda-feira, 9 de março de 2009

Mais um inimigo?

Vital Moreira, como constitucionalista, é:
a) inimigo da autonomia... separatista;
b) inimigo do totalitarismo;
c) inimigo dos anti-democratas;
d) inimigo dos fascistas.

terça-feira, 3 de março de 2009

Como um homem

Acagaçados de medo
recuamos agachados
recuamos agachados
recuamos

para o silêncio cobarde
nas desculpas da ausência
recuamos

mas não se calam as águas
não se calam as gaivotas
não se calam

os ventos, as ondas, o mar
sonoro, imenso e altivo
como um homem.

Não há machado que corte...

Alberto João Jardim foi apaniguado do Estado Novo, um regime de índole fascista que impedia a liberdade de expressão para proibir a crítica e a existência de Oposição organizada. Há ideologias que, de totalitárias, ultrapassam a pele e impregnam as pessoas, como uma mancha que alastra. Resulta daí idiossincrasia, personalidade.

O presidente do Governo, segundo "O Diário", oficiou câmaras e secretarias regionais para que levassem à barra da justiça os que, no seu entender, colocassem em causa o bom nome de pessoas e instituições, forma eufemística de dizer que se devia perseguir os adversários políticos que sejam verdadeiramente críticos e que denunciem sem possibilidade - porque não são polícias - de adquirir provas.

Manuel Freire cantava "Não há machado que corte/ a raiz ao pensamento". A ideia com que fico é que o ofício do presidente do Governo quer voltar ao tempo em que as ideias eram silenciadas e abrigadas apenas na mente.

O secretário regional do Ambiente e Recursos Naturais foi solícito a cumprir "his master voice": um processo a João Carlos Gouveia, a quem havia de ser?

À volta disto, um sepulcral silêncio; um silêncio medroso; um silêncio cagadinho de medo e alguns comentários em surdina: "para que é que ele fala? Não era melhor estar caladinho e apresentar propostas, fingindo que isto é uma democracia igual às outras?".

É sempre pelo medo, pelas ameaças, pelo medo é que vão...mas

"não há morte para o vento/não há morte" ou

Não à morte!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A conta-gotas

A conta-gotas é como vão surgir notícias, comentários e entrevistas na comunicação social para minar a liderança de João Carlos Gouveia, todos sabemos.
Todos sabemos também da coragem e da força da convicção desta liderança, que quer um PS-Madeira preparado para mudar a Madeira. De facto, os Madeirenses precisam de nós.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Usque quando?

10.000 desempregados na Madeira! E a culpa continua a ser do Sócrates? Poupem-nos, que já fede.
Desde 2004 que o desemprego vem crescendo na Madeira, como consequência do fim das grandes obras. O Governo Regional nunca encontrou alternativas de emprego para os Madeirenses, além da construção civil. Mesmo na Hotelaria, mesmo com a abertura de novos hotéis, o que aconteceu? Empresas de fornecimento de mão-de-obra substituíram trabalhadores competentes e com muitos anos de bons serviços aos hotéis por trabalhadores indiferenciados e a prazo, com salários mais baixos e sempre descartáveis.
Quando em 2007 o PS-Madeira avançou com números reais em relação ao desemprego, ah que mentirosos, blá blá, blá... A culpa já era do Sócrates?
Agora, em 2009, quando a crise económica mundial também nos fustiga é que se começa a ver a realidade económica e social da nossa Região? E a culpa é do Sócrates? E o que tem dito o PS-Madeira, de 2007 até agora? Que o desemprego crescia, que a economia regional estava bloqueada por um sistema de interesses e que eram necessárias medidas que alterassem a via do precipício que se aproximava. Pediu o PS-Madeira que o Governo Regional governasse.
Mas o Governo Regional não governa. Não quer ser governo mas Partido, o Partido contra o Sócrates.
Mas se a Autonomia que possui não lhe serve para nada, ao contrário do que tem servido nos Açores, para que serve o Governo Regional? Para manter o Poder, para ganhar eleições, para manter o Poder.
Os Madeirenses não merecem mais, não merecem melhor?

Que novidade!!!

Roberto Almada, no seu blogue "Esquerda Revolucionária" parece espantar-se por ter encontrado na Wilkipédia a referência à ligação entre Alberto João Jardim e a FLAMA.
O que me espanta é o facto de essa relação o espantar. Um deputado deve ter o mínimo de conhecimentos sobre a história da sua terra, ou não? Não consigo entender o discurso de certas pessoas, que afirmam que a história não interessa ao povo, que é passado, que não interessa para a política. O que entendo dessas opiniões é que o melhor é fazer tábua-rasa de todo o conhecimento para que a mediocridade e a ignorãncia ganhem posições nas alas do oportunismo político despido de ideologia e de valores.
Naturalmente não incluo Roberto Almada nos alvos do período anterior, mas o seu percurso político justificava uma posição menos espantada, até porque o artigo da Wilkipédia leva nota da não-cientificidade, já que qualquer um o poderia ter colocado. Mas se quer saber mais sobre o assunto, leia o "Achas na Autonomia" de Luís Calisto, visão romantica de um herói pícaro, ou então pergunte a gente que conhece bem: Paulo Martins, Guida Vieira, Liberato Fernandes, Artur Andrade, entre tantos e tantos outros. Ouça-os.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Falta de respeito

Vejam quem está dentro do PS, afirmou António Jorge Pinto, apoucando.
Falta de respeito, pelo menos.
Nada mais vale dizer da qualidade argumentativa.

No PS grave...

No PS, gravíssimo, sintomático...
No PSD, coisa simples, pouca...
Normal.

Mais uma vez a velha rábula

Mais uma vez a história d´"O Velho, o Rapaz e o Burro" aplicada ao PS-Madeira pelos que nunca querem mudar o status quo.
Normal.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Limitação de mandatos

Honro-me de pertencer ao grupo de pessoas que na Madeira, antes de os partidos começarem a discutir o assunto, defenderam a limitação de mandatos. Éramos uma minoria, como acontece quase sempre que uma ideia começa a fazer caminho.
Não pensávamos na limitação específica dos mandatos da presidência do Governo Regional da Madeira. Defendemos essa limitação a partir dos cargos internos no Partido Socialista. Naturalmente, como a ideia vinha de um pequeno grupo de socialistas, e ainda por cima madeirenses, a comunicação social da nossa terra desvalorizou o assunto, até porque a proposta presente a um Congresso do PS-Madeira tinha como primeiro subscritor João Carlos Gouveia.
No fundo, não inventámos nada: já outras democracias continham normas limitativas da perenidade dos cargos. Os Romanos, durante a República, escolhiam dois cônsules para um ano apenas. Para além da limitação de mandatos a um ano apenas (sem as desculpas de que não há tempo para fazer nada), os cônsules eram dois, de dois partidos diferentes. Tudo com a finalidade de evitar o nepotismo e o clientelismo.
Agora, na Venezuela, Hugo Chávez venceu um referendo que lhe permite candidatar-se ad aeternum. Ouvi, na mesa eleitoral da Madeira, um luso-venezuelano dizer que assim seria como o Alberto João na Madeira, um único, um único. O entrevistador da RDP não lhe fez mais nenhuma pergunta, do tipo:
- Acha que é o mesmo? Este poder é anti-democrático?
Coisas do género...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Uma espécie de muleta

O Partido da Terra substituiu o seu deputado, mas Jaime Silva continua seguindo a saga do Isidoro, em esforço por justificar a governação do PSD-Madeira, que não pode ser perfeito em tudo e então de vez em quando há que fazer um alerta, não é?
Afinal não era só o Isidoro, é mesmo posicionamento político do PT. Volta a dizer que o PS (onde foi deputado, como o Isidoro, como o Ismael, e donde saiu após não ter sido eleito pelos motivos que todos deduzem) é o único partido na Madeira que é subserviente em relação ao Governo da República. Subserviente, este PS-Madeira? Não estará a analisar-se pessoal e anacronicamene o deputado?
O Governo da República não dá o que o PSD-Madeira pede? Pois não! E então já é contra a Madeira? E será o deputado Jaime Silva apoiante do PSD-M para se insurgir contra o PS? E serão os Madeirenses todos do PSD? Até quando se vai continuar a confundir os interesses do PSD com os da Madeira? Até quando vai continuar esta reles demagogia?
Já não deve faltar muito para que o PSD caia, a avaliar pela necessidade de muleta.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Um figurante

As personagens principais são aquelas à volta das quais a acção se desenrola, em mundo ficcionado. As personagens secundárias assumem uma função menor, ainda que sejam importantes para dar a ambiência, o espaço social, digamos. Estas são considerações óbvias, que todos sabem, da escolaridade obrigatória.
Sem ter conseguido impedir o esvaziamento do seu concelho e da vila vicentina em relação às dinâmicas económicas e sociais da Madeira, o presidente da Câmara de São Vicente tem assumido o seu papel de personagem secundária.
O edil especializou-se em organizador de festas onde o álcool é rei e ele próprio pode brincar madrugada dentro, chegando a dar novos nomes a largos, como "praça da poncha". Entretanto, fora da folia, São Vicente vai-se definhando e se tornando vila fantasma após as avé-marias.
Para mostrar serviço, o autarca vai tentando agradar às personagens principais do seu partido, assumindo posturas pseudamente regionalistas mas, de facto, mesquinhas como é o caso triste da recusa do hino nacional, em cerimónia concelhia.
Os meses vão passando e as eleições aproximam-se. Uma personagem secundária necessita de ganhar visibilidade, se anseia a manutenção do seu estatuto camarário. Precisa de escolher bem o seu papel. Que fez o edil? Escolheu tornar-se em protagonista? Pelo contrário.
O pseudo-regionalista, logo que viu uma embaixada de telenovela vinda de Lisboa, animou-se e deve ter pensado que chegara a hora de mostrar o que valia.
Os realizadores da telenovela precisavam de figurantes, de figuras que passam de um lado para outro, figuras que estão e se deixam estar no seu lugarzinho, calados, sem voz.
Se estava em São Vicente, normal seria que o realizador da novela pensasse em fazer uma festa, e se era festa a coisa animava, pois claro, contassem com ele.
Nas festas a sério, sai a procissão, com os senhores da terra andando a compasso, e o senhor presidente da Câmara passando com seu ar mais sério.
Festa é festa, mesmo que em novela, e o presidente da Câmara de São Vicente lá saiu na procissão a brincar, com seu ar mais sério, no seu pequeno, pequenino papel de figurante.
São Vicente não merecia isto: que o seu presidente de Cãmara não se desse ao respeito e desprestigiasse o seu cargo e a sua terra como figurante de telenovela em passo de procissão. São Vicente não vale mais?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Quotidiano

"Escucha, la vida se nos va y no hemos tenido ocasión de abrir la boca. De niños era diferente. Te acuerdas cuando cantábamos en el coro y el director, con ojos de odio, agudizaba el oído, intentando localizar al causante del desafinado? Una bofetada indicaba el fin de las investigaciones. Te confesaré que yo entonces abría la boca y no profería nota alguna por miedo. Ahora hago lo mismo."
Ibarria, Alonso, Histórias para Burgueses, Editorial Estampa, 1976

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Xenofobia e crise

De vez em quando, o líder do PSD-Madeira, que acumula e mistura funções com a presidência do Governo Regional, atira uma das suas bocas, que bastas vezes são desvalorizadas a título de afirmações "características", onde, acima de tudo, demonstra a sua dificuldade em viver num regime político democrático. Ao longo da sua vida política, que já vem de antes do 25 de Abril, bem aninhado na voz do fascismo, as suas tiradas preencheriam um pesado livro de pensamento anti-democrático, fascista e xenófobo.
O que mais arrepia nas suas afirmações é o tom ofensivo com que se dirige a quem não serve (em determinados momentos) os seus interesses.
Recentemente pediu aos empresários que dêm trabalho preferencialmente aos madeirenses em detrimento dos estrangeiros. Para além da xenofobia patente nas palavras e no tom não são desculpáveis, pior ainda se ditas pela boca do presidente do Governo de uma região marcada, ao longo da sua história, pela emigração. Pior ainda: hoje, os Madeirenses voltaram a necessitar de emigrar e não gostarão que, nos países de acolhimento, os recebam com as mesmas pedras fora da mão como cá se faz.
Portugueses regressam de Inglaterra, noticiam os jornais, devido a protestos de trabalhadores ingleses que também pensam como o líder do PSD-Madeira. Bonito, não?
Quando chegam os tempos difíceis, vem ao de cima a irracionalidade dos que não se educaram para a cidadania democrática, é dos livros.
Quando os dias correm na crise, surgem, à superfície as tendências dos fascistas: perseguição aos estrangeiros e incremento do conceito de raça ou povo superior. Falta um bigodinho ao centro.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Armas contra o monopólio

As grandes lutas dos madeirenses, antes do 25 de Abril, sempre estiveram associadas a questões de águas ou contra os monopólios.
Enquanto o emprego pôde ser garantido, nestes últimos 34 anos, através do funcionalismo ou da construção civil, as vozes que se levantaram contra o monopólio dos portos foi sempre abafada por esse anestesiante que garantia algum conforto na vida dos madeirenses.
Agora os tempos são mais difíceis e há muita gente a contar cêntimos. Ainda por cima os espanhóis do "Armas" mostram como os custos podem ser muito reduzidos. Será que as belas laranjas que ando a comprar a 55 cêntimos e que são tão úteis para impedir a gripe não são mais baratas por este meio? Seria bom que todos tomassem consciência de que se anda a pagar demais pela nossa insularidade e que, muitas vezes, são os nossos queridos concidadãos que nos andam a fazer a folha, enquanto enriquecem sem olharem para o lado.
Nem pretendo saber de legislação e de razões acerca das questões colocadas pelo transporte e descarga do "Armas", só sei que através deste navio e dos seus meios muitos bens poderão descer de preço ao consumidor e os comerciantes poderão vender mais. Se for preciso, altere-se a lei, para bem de todos. Faz-se isso tanto para benefício de um ou dois...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Não há crise

Não há crise na Calheta, gritaram alguns, por causa de uma alcatifa bem carinha comprada pela CM Calheta.
Não há crise na Madeira, disse o Presidente do Governo Regional, confirmando o encolher de ombros acerca do que vê desmoronar à sua volta.
Não há crise, não senhor, como se comprova pela revista publicitária do Governo Regional distribuída ontem no "Diário de Notícias" e intitulada "Espaço Global", em papel de alta qualidade.
Sendo publicação do Governo Regional não se percebe como o "Convidado Especial" é o próprio Presidente do Governo Regional. O dono da casa convida-se a si próprio. Nada de novo quando se vive num reino da idolatria ou da autolatria ou da autocracia ou do totalitarismo.
Ah, é uma revista que trata da União Europeia e seus programas, então o convidado não deixa de lado a sua propaganda anti-socialista. Pior ainda, finge que o "bloco central" de "interesses" e o Partido Popular Europeu nada têm a ver consigo. Está dentro mas fora, é como em relação à Democracia, portanto nada de novo.
Não há crise...
O dia esteve lindo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Denúncia do sistema

O líder do PS-Madeira, João Carlos Gouveia foi entrevistado pela RDP, com difusão ontem de manhã e repetição na próxima terça-feira, depois do jornal das 20.
Na entrevista, João Carlos Gouveia desmonta a cabala montada pelo PSD e repetida até à exaustão por AJJ, de que a culpa de todos os males da Madeira se situa no Governo da República (o Sócrates, pois). Para além de denunciar esta estratégia que esconde a inacção do Governo Regional, João Carlos Gouveia explana claramente a arquitectura do poder regional e o carácter estrutural da corrupção regional. Resume a eficácia governativa: o PSD organiza-se e trabalha com um objectivo final: ganhar eleições para se perpetuar no poder. O resto é evidente: para os laranjas, os fins justificam bem os meios.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Inaugurações

Cheira-me que o ministro Mário Lino de facto está é interessado na propaganda própria das inaugurações quando pede às empresas datas de início e conclusão de obras. A Comunicação Social e analistas políticos do Continente reagem criticamente. Fazem muito bem. Não se percebe (cruzes, percebe-se bem de mais) o motivo por que na Madeira se aceita com banalidade a partidarização constante das inaugurações por parte do Governo Regional, que nem procura esconder a pose partidária.

Verde

AJJ atacou, numa inauguração de estrada, os defensores do verde, convidando-os a irem para a Amazónia.
Hélder Spínola e Raimundo Quintal, convidados a opinar sobre as palavras de AJJ, acusaram-no de ultrapassado e estiveram bem. De facto, para além do primarismo demagógico do seu discurso para fazer rir certos pobres de espírito, AJJ mostrou nada entender de desenvolvimento, nem económico, nem social, nem de qualidade de vida.
Alguém se há-de queixar um dia que a crise no Turismo não é apenas circunstancial mas estrutural.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Aumentos de 8,5% nas consultas médicas na Madeira

Os médicos acordaram com o Governo Regional o aumento de 10% nas consultas, um aumento excessivo e que demonstra desprezo pelas dificuldades que muitas famílias vêm passando. Um aumento de 10% em ambiente de tão grave crise é obsceno. Apressaram-se os responsáveis regionais a justificar que as consultas não eram aumentadas há 4 anos. Se o Governo Regional estava com tanta pena dos médicos que actuam no privado, então que aumentasse no mesmo valor as comparticipações aos cidadãos. Naturalmente, o "Jornal da Madeira" escondeu este aumento na Saúde.
Mas o nada imparcial "Jornal da Madeira" não se esqueceu de colocar em "manchete", no dia 8 do corrente: "Comparticipações aumentam 10%", como se fosse coisa válida e a merecer elogios. Vejamos: as consultas aumentaram 5 € e a comparticipação do Governo 75 cêntimos, logo o aumento real, a ser sentido directamente nos bolsos dos doentes, é de 4 euros e 25 cêntimos, o que corresponde a 8,5%.

Nos píncaros

Cristiano Ronaldo foi eleito, com todo o mérito, o melhor jogador do Mundo em 2008. De facto é um jogador de futebol incomparável que chegou aos píncaros pelas suas aptidões naturais mas também porque trabalhou sempre mais do que os outros para chegar onde sempre desejou. É o melhor jogador do Mundo em futebol, isso só e já não é pouco, atendendo ao poder mediático e económico do Futebol nos dias que correm.
O Andorinha tem todas as condições e um presidente jovem e aberto a novas ideias para aproveitar eficazmente a oportunidade que Cristiano Ronaldo oferece ao clube de Santo António. Resta que a Câmara Municipal do Funchal também reconheça como é importante melhorar profundamente o acesso às instalações do clube funchalense.

Da televisão que temos

Os órgãos de comunicação social de âmbito nacional e alguns regionais destacaram, no passado domingo, a entrevista de Carlos César à TSF e "Diário de Notícias" de Lisboa, destacando as palavras com que o líder açoriano se referiu à relação entre o Presidente da República e a ALM. Essa era a parte da entrevista que mais interessava aos madeirenses, mas a RTP-Madeira decidiu praticamente nem tocar no assunto, focando outros momentos da entrevista. O chefe não precisa que se verguem tanto...