De vez em quando, o líder do PSD-Madeira, que acumula e mistura funções com a presidência do Governo Regional, atira uma das suas bocas, que bastas vezes são desvalorizadas a título de afirmações "características", onde, acima de tudo, demonstra a sua dificuldade em viver num regime político democrático. Ao longo da sua vida política, que já vem de antes do 25 de Abril, bem aninhado na voz do fascismo, as suas tiradas preencheriam um pesado livro de pensamento anti-democrático, fascista e xenófobo.
O que mais arrepia nas suas afirmações é o tom ofensivo com que se dirige a quem não serve (em determinados momentos) os seus interesses.
Recentemente pediu aos empresários que dêm trabalho preferencialmente aos madeirenses em detrimento dos estrangeiros. Para além da xenofobia patente nas palavras e no tom não são desculpáveis, pior ainda se ditas pela boca do presidente do Governo de uma região marcada, ao longo da sua história, pela emigração. Pior ainda: hoje, os Madeirenses voltaram a necessitar de emigrar e não gostarão que, nos países de acolhimento, os recebam com as mesmas pedras fora da mão como cá se faz.
Portugueses regressam de Inglaterra, noticiam os jornais, devido a protestos de trabalhadores ingleses que também pensam como o líder do PSD-Madeira. Bonito, não?
Quando chegam os tempos difíceis, vem ao de cima a irracionalidade dos que não se educaram para a cidadania democrática, é dos livros.
Quando os dias correm na crise, surgem, à superfície as tendências dos fascistas: perseguição aos estrangeiros e incremento do conceito de raça ou povo superior. Falta um bigodinho ao centro.
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