quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Jornalismo

O "Diário de Notícias" continua a fingir que tem uma postura independente. Vejamos porém como funcionam os títulos:
JARDIM MANTÉM APOIO À HABITAÇÃO PARA IDOSOS - 22 de Janeiro - pág.4
GR CORTA SUBSÍDIO AOS ENFERMEIROS - 28 de Janeiro - pág.8
Repararam na diferença?
Quando a notícia é positiva, a medida tem um nome: Jardim.
Quando a notícia é negativa, o autor é colectivo, quase inócuo : GR
O número da página também é significativo: notícia positiva: página 4; notícia negativa, página 8, mais interior.
Mais palavras para quê?

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Há que tempos...

Título do "Diário de Notícias" da Madeira: "Moção de Jardim cheira a Independência".
Ah sim?
Há quanto tempo anda o líder do PS-Madeira a afirmar que o PSD-Madeira possui uma ala separatista, cujo principal mentor é Alberto João Jardim e não Gabriel Drummond, mero divulgador da ideia?
Há quanto tempo andam João Carlos Gouveia e os seus apoiantes convictos a dizer que o conceito de Autonomia do PSD é separatista?
Há quanto tempo andam alguns socialistas e franco-pensadores "bem pensantes" a patinar na mesma pista do PSD, quanto à Autonomia?
Há quanto tempo se finge não entender de linguagem e de simbologia?
Há quanto tempo a Comunicação Social segue a procissão?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Exposição de Carlos Jorge Rodrigues

No Centro Cívico da Ponta do Pargo está patente uma exposição do mestre violeiro Carlos Jorge Rodrigues.
Talvez porque conheço bem a obra de Carlos Jorge Rodrigues e a sua oficina, não gostei muito da exposição.
Em primeiro lugar, uma grande mesa oval e algumas cadeiras, que nada têm a ver com a exposição, estão colocadas no meio da sala, em desrespeito pela obra exposta.
A exposição é composta por várias fotografias, em cartazes explicativos do processo de construção. As fotos e os cartazes têm qualidade e poder didáctico. Além disso, encontram-se na exposição ferramentas e madeiras, além de pedaços de violas e rajões, de forma a enterder-se o processo construtivo. Tudo muito bem, embora se esperasse mais alguns exemplares dos instrumentos.
A grande falha é a ausência de vida na exposição, que talvez exigisse a presença do violeiro, ou pelo menos de outra presença humana: a música dos instrumentos.
Como não havia catálogo nem folheto, como não havia quem dissesse alguma coisa sobre a exposição, como não havia livro onde se pudesse comentar a experiência da visita, não houve hipótese de comunicação entre o artista e o visitante.
Não seria melhor publicar em livro, onde se registasse o processo de construção de violas e rajões da Madeira para a posteridade?

sábado, 26 de janeiro de 2008

Demagogia

O Partido Comunista, que criticou na ALM a proposta de aumento para 15% do Subsídio de Insularidade dos funcionários públicos na Madeira, anda a distribuir agora um panfleto onde, para além de pedir um Suplemento de Reforma de 65 Euros para todos os reformados que recebam reforma inferior ao salário mínimo (o que é justo e já aplicado nos Açores pelo Partido Socialista), demagogicamente critica a Reforma da Segurança Social aprovada pelo PS a nível nacional.
E o que fazem os comunistas?
Dão conta, numa coluna, do aumento do custo de vida para 2008, concentrando-se em determinadas despesas e não no cabaz normal, falando dos aumentos nos transportes, nalguma alimentação, na electricidade, etc., tudo em percentagem. Na coluna ao lado, falam do aumento das reformas, não em percentagem, mas no que corresponde ao aumento diário, em cêntimos, naturalmente. Misturam nabos com semilhas, é o que é.
Já agora, a quantos cêntimos diários corresponderia um aumento do passe social para a terceira idade, se fosse 7% de aumento como diz o prospecto, o que equivale a 40 cêntimos de aumento mensal? Pois bem, a 1 cêntimo por dia. Assim soam as coisas doutra maneira, não? Mas a demagogia é maior ainda. Os passes para a terceira idade não aumentaram nem 1 cêntimo nem nada!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Charutos

A atitude de não acatar as leis do País é constante em AJJ, transmitindo aos seus concidadãos a ideia de que estamos todos do outro lado da barricada, como se fôssemos outro país. Tudo dentro da sua lógica nacionalista.
Quanto ao charuto na boca...

Trabalhar para aquecer?

Os comunistas atacaram o PS-Madeira por propor medidas que já sabia serem derrotadas pelo PSD (como foi o caso da proposta de 15% de subsídio de insularidade); que não valia a pena.
Na altura até pensei que iriam abandonar a Assembleia.
Não. Lá continuam. E continuam trabalhando para aquecer, como dizem dos outros, apresentando propostas para o PSD rejeitar. Está, neste caso, a proposta de manuais gratuitos para o Ensino Básico. A ideia é justa e tem tudo a ver com os direitos dos cidadãos e com a necessária promoção da educação, mas então mantenham alguma consistência.

Sindicatos e silêncio

Miguel Fonseca, no "Bastaqsim", denuncia o silêncio dos sindicatos da Função Pública, entre os quais os dos Professores sobre a proposta do PS-Madeira, para o aumento do Subsídio de Insularidade para 15%.
Miguel Fonseca denuncia também o silêncio dos sindicatos sobre as ameaças do presidente do Governo Regional aos funcionários públicos. Não há nada a dizer? Para que serve o sindicalismo? É só para atacar o Sócrates? Afinal têm a mesma função do Governo Regional, cujo grande objectivo é derrubar o Sócrates?

Ponta do Pargo

Visitei ontem a Ponta do Pargo e assustei-me com a falta de gosto do mastodonte que é o Centro Cívico: um monstro inadequado ao espaço, que o perturba e amesquinha. Um espaço imenso que funciona como glorificação do bruto betão. Para além de horrorosa, a construção assenta em materiais de má qualidade e incrível falta de gosto.
Cheguei e disse: eis a Madeira Nova no seu estado bruto!
Ao lado do mastodonte, um pavilhão para o ténis de mesa. Senti curiosidade em ver quantos jovens do local ali treinavam em final de tarde. Crianças, cinco, brincando à volta de uma mesa.
Noutra mesa, a equipa feminina: uma chinesa, uma sueca. Noutra mesa, um treinador francês, dois atletas franceses e um nigeriano. Ainda dois madeirenses, um dos quais vai diariamente do Funchal. Fiquei esclarecido e pensei: eis a Madeira Nova no seu estado bruto!
Da exposição do mestre Carlos Jorge Rodrigues, que me levou à freguesia que já foi bela, falarei noutra altura.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

O Regresso

Regressa "O Padrinho" no corrosivo cartaz do PND. Regressa a "Mafia", no bom e no mau sentido. AJJ regressa ao discurso, justificando o bom sentido com a vitória de Vânia Fernandes num concurso televisivo. Para essa vitória contribuíram muitos madeirenses que não sabiam que estavam a trabalhar para a Máfia, no bom sentido., é claro. Uma vitória para a qual contribuíram entidades públicas regionais. Uma vitória que proporcionou desde logo o desfraldar da bandeira azul e amarela. Uma vitória que mereceu logo as parangonas dos diários. Para bem da Mafia, no bom sentido, é claro.
Da Mafia percebem bem as gentes do PSD-M. Sara André andou por aí atirando com nomes feios para dentro do seu partido. Hoje é Luís Filipe Malheiro que opina no "Jornal da Madeira", com este esclarecimento: "O problema é que o PSD da Madeira, para além da necessidade de manter-se fora de pressões ou de "encomendas" feitas a partir de fora, tem pouco espaço de manobra e de opção: ou o universo dos militantes decide em função do que pensa que será o melhor para a Madeira e para o partido, ou escolhe em função de esquemas "mafiosos", de manipulação, de interesses de grupos, da maior ou menor habilidade de alguns, do "charme" de outros, e acaba por entregar o "ouro ao bandido". Pois...
Voltando aos cartazes do PND, considero-os excelentes, não só em relação aos temas como ao grafismo, começando pela cor negra, adequada ao regime. Por outro lado, volta o PND ao sarcasmo e à sátira, uma forma de estar na política que torna este partido contundente e eficaz, anti-sistema, pois claro!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Anti-referendo

Referendo sobre a Independência? Brinca-se? Às malvas, as do caminho, que bem cheiram.
Contra a independência da Madeira, luto.
Não vou a referendo sobre Portugal. Não discuto a Pátria. Por ela luto. Por isso só me emociono com uma bandeira: a verde e vermelha do meu país.

Estado da cidadania

Sábado também estive com João Carlos Gouveia por Santa Rita, falando com os populares sobre os valores que o Governo propõe para expropriar terrenos para a construção do novo hospital. A maioria doa proprietários não cederá por dá cá aquela palha. O pior são os outros, os que já estão dispostos a ceder à primeira proposta, como se não tivessem alternativa, sujeitos à ignorância ou tolhidos por um fado temeroso: "Olhe, o que é que se pode fazer? São eles que mandam; não se pode fazer nada em contrário".

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Fingidor

António Jorge Pinto escreve no "Tribuna" de hoje que Gabriel Drummond ganhou, na passada sexta-feira, um aliado pela independência, AJJ.
Mas António Jorge Pinto também acredita que Drummond fala sem o apoio explícito de Alberto João, que, nada por acaso, é o sócio nº 1 da FAMA, liderada pelo referido Drummond? Então António Jorge Pinto nunca viu uma foto em que AJJ vestia uma camisola da FLAMA com a inscrição "Madeira, Minha Pátria"?
António Jorge Pinto nunca viu nem ouviu nada ou não quer saber de nada, ou finge não saber?

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Deputados do PSD

Afinal os deputados do PSD-M na Assembleia da República não conseguiram, por causa da disciplina de voto, votar favoravelmente a moção de censura ao Governo de Sócrates. Também não gostei da posição anterior dos deputados do PS-Madeira, mas agora quero ver o que dizem certas personagens bem pensantes que tanto atacaram o PS-M e as suas supostas "fragilidades" e subordinação às estruturas partidárias nacionais.
Geralmente é assim: do PSD-M tudo aceitam; do PS-Madeira tudo criticam, certas cabecinhas pensadoras.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Besoirar

Oportuno, arguto, justo e corajoso "post" de Paulo Cafôfo, intitulado "Revolução, precisa-se" no seu Besoirar de 7 de Janeiro, a propósito do obrigatório pagamento da multa por João Carlos Gouveia e os destemperados enxovalhos de AJJ aos seus adversários. Parabéns. Assino por baixo.

O Zé

Então o desprezado Zé da tasca da esquina só serve para dar o seu voto?

Trabalhar para aquecer?

Irá o Partido Comunista abandonar a Assembleia Legislativa da Madeira, ou antes fará coligação com o PSD? Ou então como conseguirão fazer aprovar votos, recomendações e leis? Ou andam a trabalhar para aquecer?
E as greves dos funcionários públicos, patrocinadas pelos comunistas? Conseguiram alguma coisa, uma vez sequer? Ou gostam mesmo de se aquecer com o trabalhinho?

Coitados dos fumadores

Coitados dos fumadores, que andam por aí a queixar-se que proibiram o seu vício, o que é beicinho infantil. Apenas não é permitido fumar em lugares fechados. Fazem birrinha agora, como alguns fizeram em relação ao uso do cinto de segurança. Devem alguns ter deplorado a liberdade e a democracia quando, logo após o 25 de Abril, se deixou de fumar nos autocarros, em certos locais públicos e até à frente de telejornal televisivo.
É medida de Sócrates? Convém dizer mal. Vejamos um caso: o homem encontrou-me numa rua da cidade, em fim de tarde, e queixou-se: já viu? Os bares e tascas estão sem clientes. Assim não dá. Vão fechar. Esta lei do tabaco vai dar cabo do negócio.
Trinta segundos depois, afirmou: Agora o bar da minha zona está mais agradável, com outro cheiro, mais fresco, depois que foi proibido fumar lá dentro.
Também eu agora gosto mais dos cafés, sem que alguma vez, porém, tenha impedido alguém de fumar ao meu lado.
Gosto ainda mais da escola: os alunos, antes, ainda que fosse proibido internamente, fumavam à frente dos contínuos e até se marimbavam para os professores. E tinham alguma razão, já que os profes fumadores, no alto da varanda, davam o exemplo com solenes fumaradas. Agora não, não fumam uns nem outros, é tudo menos hipócrita.

Os "defensores" dos trabalhadores

Os "eternos defensores dos trabalhadores", os que estão eternamente nos sindicatos ou no parlamento por conta da "defesa" dos proletários, nunca admitiram que outros possam propor medidas que os beneficiem realmente, aliás há algum tempo que se assiste a uma coligação de alguns partidos com o PSD-M, ou do PSD-M com outros partidos. Interesses, jogos, paternalismos...

Agora depende do povo

Agora AJJ, segundo o "jornal", diz que, se o povo quiser, estará ao lado dele na luta pela Independência.
E quem são os responsáveis pela difusão das ideias separatistas? A FLAMA? A FAMA? O PSD? Alberto João Jardim? Gabriel Drummond? O Espírito Santo?

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

AJJ fala da Independência

Conforme o jornal "Cidade" de ontem (diário não pode ser porque não se publica todos os dias), AJJ voltou a falar de independência, para dizer uma coisa muito engraçada: " Eu hoje não defendo qualquer solução de independência para a Madeira, mas não terei qualquer receio em defendê-la, se ver que os meus direitos como cidadão do mundo estão a ser defendidos por um Estado autoritário".
Quem quiser abrir um olho apenas pode verificar que quem coloca a hipótese, falando até no pós 2010, acredita na bondade da solução.
Depois, verifica-se que o AJJ da FAMA se assume nalguns lugares e dias e que AJJ esconde os seus ideais sob a capa de governante noutros dias e locais.
Ridículo é afirmar que os direitos como "cidadão do mundo" estão a ser defendidos por um Estado autoritário. Um Estado autoritário a defender direitos de cidadania?
Rabo de fora do gato que não se esconde: "cidadão do mundo". O que é isso de cidadania portuguesa?
Ignorância de quem fecha os dois olhos: Independência no PSD? Isso são tontices do Drummond.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Manjo, bevo e vado al letto

Quando nos dispomos por Janeiro dentro, compomos novas agendas. Verificamos, nas anteriores, telefones, moradas, compromissos. Já não sei onde li ou vi isto que apontei na agenda de 2007: "popular, em Corleone, sobre a Mafia: niente, no so niente. Manjo, bevo e vado al letto".

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Aeroporto

Ota, Alcochete. Portela, o velho o rapaz e o burro.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

João Carlos Gouveia escreve no "24 horas"

João Carlos Gouveia escreve hoje na página 2 do "24 horas", na coluna intitulada "Hoje escrevo eu". Do texto, cito um parágrafo significativo:
"Na verdade, a usurpação do modelo de democracia representativa e pluripartidária - há democracia política, mas não há liberdade para os cidadãos -, a incalculável dívida pública regional, a actividade económica existente à margem da legalidade, que mesmo assim entrou num verdadeiro colapso, dependente da Administração Pública Regional e Local, como revelam os pareceres do Tribunal de Contas, a exaltação da matriz ideológica do exercício autocrático do poder, na senda do nacionalismo madeirense cada vez mais fervoroso, a imposição de regras mais apertadas na transferência financeira do Estado para a Região, e as novas injustiças e exclusões sociais constituem o calcanhar de Aquiles da actual Autonomia regional"

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

professores

Sócrates não remodelou o seu governo no passado domingo, contra a expectativa de alguns, incluindo professores, que aguardavam que a Ministra da Educação fosse substituída. Talvez alguns médicos esperassem o mesmo no seu sector, e certas populações do interior do País também. Nada.
Quanto à Educação, lastimo que a Ministra só tome medidas importantes em relação à classe docente, como se o restante (as leis, os curricula, os conteúdos, o facilitismo, am desvalorização social da classe docente) estivesse muito bem. Os funcionários públicos têm sido alvo de medidas que os prejudicam, mas os professores, além dessas medidas, têm sido quase enxovalhados, num discurso que se alarga a gente que fala sem saber do que fala.

sábado, 5 de janeiro de 2008

jornal gratuito

O "Jornal da Madeira" assumiu a sua real situação: como já quase ninguém o comprava, passou a oferecer-se a todos. Não há como se deixar de hipocrisias e assumir-se.
Os seus responsáveis não fazem mais do que o seu dever, pois todos os que pagam impostos andam a pagar as nada imparciais notícias divulgadas pelo "Jornal", agora não se pode é invocar o equilíbrio informativo, como se o "Diário de Notícias" fosse veículo de alguma oposição regional. Essa estratégia serve para ocultar a verdadeira postura totalitária do Poder regional. Na realidade as pessoas já falam há muito do "Pravda e do Izvetzia".
Este totalitarismo não precisa de armas nem prisões políticas para se impor: usa sabiamente o poder da comunicação. Agora o partido do Poder tem um órgão para ser distribuído gratuitamente por todo o lado. Quem paga? Não é o PSD, não é a Fundação Social Democrata, são todos os madeirenses.
O Governo deveria criar condições para que houvesse concorrência também nesta área? Alguém ainda acredita nisto?

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

beija-mão

Vitalino Canas acusou Menezes de vir ao beija-mão a AJJ. Está bem, sim senhor, mas não é pior quando são socialistas a fazer o mesmo? É que há tantos e tantos exemplos...