quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Sindicatos e silêncio

Miguel Fonseca, no "Bastaqsim", denuncia o silêncio dos sindicatos da Função Pública, entre os quais os dos Professores sobre a proposta do PS-Madeira, para o aumento do Subsídio de Insularidade para 15%.
Miguel Fonseca denuncia também o silêncio dos sindicatos sobre as ameaças do presidente do Governo Regional aos funcionários públicos. Não há nada a dizer? Para que serve o sindicalismo? É só para atacar o Sócrates? Afinal têm a mesma função do Governo Regional, cujo grande objectivo é derrubar o Sócrates?

1 comentário:

Anónimo disse...

Que conversa é essa, srs. socialistas? Por acaso, o vosso partido teve o cuidado de dar conhecimento do teor dessa iniciativa parlamentar aos referidos sindicatos? Terão eles conhecimento dos estudos técnicos que sustentam tal proposta? Houve alguma reunião institucional entre a Direcção do Grupo Parlamentar do PS/Madeira e as direcções dos mencionados sindicatos?
A resposta a estas perguntas é um inequívoco NÃO! O que houve foi apenas um apelo dessa réplica de líder par(a)lamentar, Victor Freitas.
Alberto J. Jardim teve um comportamento bem diferente dos socialistas, aquando da entrada em vigor da Lei das Finanças Regionais, já que enviou documentação para os sindicatos, solicitando-lhes pronunciamento público. Mesmo assim, nem todos os sindicatos se pronunciaram, como foi o caso do SPM (Sindicato dos Professores da Madeira).
Mesmo sem conhecer a fundo a proposta socialista de atribuição de um subsídio de insularidade para os funcionários públicos da RAM na ordem dos 15%, em vez dos actuais 2%, questiono a sua oportunidade e pouca abrangência: numa altura em que os funcionários públicos estão a ser diabolizados pelo Governo da República, faz algum sentido propor aumentos dessa dimensão apenas para os trabalhadores da Administração Pública? Os que estão nos restantes sectores não sentem também as consequências da insularidade?
Senhores socialistas madeirenses, deixem-se de demagogias baratas e de ataques gratuitos, porque assim não conseguem derrotar o jardinismo. Não é com propostas quixotescas que se consegue conquistar a simpatia do eleitorado madeirense. É preciso mais rigor, credibilidade e seriedade na abordagem de todas as matérias.
E a propósito do apoio não manifestado pelos sindicatos a esta iniciativa parlamentar socialista, importa também lembrar que, aquando da contestação ao ECD da ministra da Educação e do Governo Regional da Madeira, não se ouviu palavras de solidariedade dos actuais responsáveis pela "nau sem rumo" da Rua do Surdo. Rui Caetano, por exemplo, chegou a afirmar que achava bem que os sindicalistas que se manifestaram junto ao Hotel Tivoli, na recepção a Sócrates, fossem chamados a tribunal. Lembram-se?
Quanto à acusação de que os sindicatos apenas atacam Sócrates e esquecem Jardim, recomendo aos srs. socialistas madeirenses que revejam os cartazes da manifestação do último 1.º de Maio, uma iniciativa da USAM, e a Concentração de professores junto à ALM.
Um conselho: deixem-se de atacar os sindicatos, porque eles são um pilar fundamental da nossa democracia e alguns deles têm mais sócios do que o PS/M.