sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Não mais

Volto a ver mais do mesmo: gestores bem instalados, economistas cheios dele, comentadores pagos a peso de ouro a se insurgirem contra o valor ecessivo dos salários em Portugal. Fonex!
Agora consideram irresponsável um salário mínimo de 450 euros. Experimentem!
Que a Manuela Ferreira Leite passe um aninho da sua modesta vida com um salário desses, a bem do Povo...

Hino na Ponta do Sol

Qual o motivo que leva AJJ a se incomodar com o Hino Nacional?
Já não é a primeira vez que se discute o Hino, se se toca ou não nas cerimónias públicas.
Deixem lá tocar o Hino, que é bem bonito e que nos faz vibrar a todos.
A quase todos, queria eu dizer...

Sempre o mesmo

Nestes dias em que não tive disponibilidade para escrever neste blogue, o que mais se pode destacar é a estratégia do PSD/Madeira de continuar a culpar o Governo da República por tudo o que de mau se vai passando nesta região, como se não tivéssemos um governo regional, como se a Madeira não fosse uma Região Autónoma, como se a Autonomia não permitisse que se fizesse mais e melhor.
Como o PS tem denunciado que o Governo de facto não governa, toca a repetir a mesma táctica: discuta-se a Constituição, como se o Governo Regional esgotasse os meios autonómicos que a Constituição e o Estatuto Político-Administrativo lhe proporciona.
Até quando usarão o mesmo paliativo?
Até quando esconderão a verdade?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Coisas do Drummond...

Finalmente não são apenas João Carlos Gouveia e Agostinho Soares que denunciam o carácter separatista da visão autonómica do PSD/Madeira.
Paulo Martins, que tinha obrigação de ter percebido há muito tempo o caminho que o PSD vem trilhando, escreve hoje na sua coluna do "Cidade": Independência Não!
Foi preciso ter ouvido Coito Pita afirmar que "A maioria PSD trabalha para criar as condições para a independência" para agora ter percebido que a estratégia de afronta com "Lisboa" não era apenas coisas do Drummond.
Paulo Martins, deputado anos a fio na ALM, tal como Drummond, sabe para que se criou a FAMA e sabe tão bem como eu que o sócio nº 1 da FAMA é o famigerado AJJ, nada por acaso líder do PSD/M e Presidente do Governo Regional.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Debate sobre a Autonomia

Sexta-feira, dia 17, realizou-se na sede do PS o 1º debate aberto sobre a Autonomia. Deixo aqui a minha intervenção nesse encontro, desafiando Miguel Fonseca para também expor publicamente, no seu Basta que Sim, a sua excelente intervenção sobre "O tempo em política". Eis o meu texto:
AUTONOMIA DOS HOMENS LIVRES

A 22 de Abril de 1969, um grupo de anti-fascistas desta terra enviou ao Governador Civil do Distrito Autónomo do Funchal uma carta marcadamente política onde, para além de abordar os problemas da Região, nos seus diversos sectores económicos, se posicionava sobre a Autonomia e sobre as liberdades democráticas.
Os signatários desta carta provinham de dois grupos ideológicos anti-fascistas, os designados “grupo do Pombal” e o grupo do jornal “Comércio do Funchal”, além de outros cidadãos.
Lerei o nome de todos os signatários da carta, para que os presentes investiguem à lupa o nome de alguém ligado ao actual poder regional, que agora enche a boca com a palavra Autonomia, como se algum dos seus membros acreditasse mesmo no que profere:
António Loja, Maria Elisa Brito Câmara, José Manuel Barroso, António Sales Caldeira, Marcelo Costa, Rui Nepomuceno, Amândio de Sousa, Helena Marques, Wiea Meijer Loja, Aires Rodrigues de Albuquerque, Maria Emília Sales Caldeira Barroso, Artur Pestana Andrade, João da Cruz Nunes; António França Jardim, João Filipe Coutinho, João Fernandes Moniz, Manuel Fernandes, José Onofre Nunes, António Eleutério Silva, João Justino Ramos, Manuel Paulo Sá Brás, Ramos Teixeira, Henrique Sampaio, João Arnaldo Rufino da Silva, Gabriel Lino Cabral, Anjos Teixeira, António Alberto Monteiro de Aguiar, Maria Clarisse Canha, Maria Inês Marques, Maria Magda Gonçalves, Maria Salomé Pereira, José Maria Araújo, Fernando Azeredo Pais, Natália Pais Pita, Manuel Pestana Andrade, Gabriel Trigo Pereira e Secundino Casto Teixeira.
Usada a lupa, não encontramos os tais nomes. Esses estavam ao serviço da União Nacional, do Estado Novo, do Fascismo, do Centralismo, do Totalitarismo. Esses estavam ao lado dos que exploravam os madeirenses mais desprotegidos, junto dos senhorios e dos monopolistas.
A “Carta ao Governador” surge integrada num movimento mais geral da luta dos democratas madeirenses que depois se candidataram nesse ano de 1969 contra a União Nacional. Esse movimento de cidadãos lutava na Madeira pela Autonomia, pela Liberdade e pela Democracia. Nesse tempo, como agora, a lutar por esses valores estavam cidadãos livres, sendo a maioria da Esquerda política, e, entre eles, muitos, muitos socialistas.
Na “Carta ao Governador” os signatários afirmavam: “ A base mesma do problema da Autonomia é esta constatação simples de que a autonomia é quase meramente nominal, pois os passos fundamentais de qualquer esforço para o desenvolvimento das estruturas regionais terão de ser dadas sob o olhar benevolente do poder central e sujeitar-se, permanentemente, ao poder inquiridor do representante do governo no Distrito. (…) a autonomia do Distrito fica submetida, permanente e pormenorizadamente, à tutela do poder central ou dos seus representantes, o que coloca de facto a administração regional numa espécie de “liberdade condicionada. (…) uma autonomia altamente condicionada e fiscalizada, totalmente sujeita à política do governo central; e, mesmo nas possibilidades de actuação autónoma da administração regional, um deficientíssimo uso das atribuições dessa mesma administração”.
Para além de notarmos nestas palavras o grande pendor autonomista destes homens livres, que não deve nada a oportunistas do pós-25de Abril, verificamos como também na altura já se fazia referência, tal como agora fazem os socialistas, ao uso deficiente, por parte dos detentores do Poder, das atribuições que possuem.
A Autonomia consagrada na actual Constituição Portuguesa foi conquistada simultaneamente com a Liberdade e a Democracia, em 1974. Os homens livres da “Carta ao Governador” nunca separaram o combate. Autonomia é Liberdade. É uma conquista democrática da Madeira, dos Açores e de todo o país.
Deveria a Autonomia concretizar, e volto a citar a “Carta ao Governador”, “a participação democrática das populações da ilha nas decisões de que depende o seu futuro”. Ora, a participação democrática não pode ser apenas a participação em actos eleitorais. Essa participação democrática tem sido subvertida pelos detentores do Poder que, conforme diz Vicente Jorge Silva, um dos subscritores da “Carta”, raptaram a Autonomia.
A Moção “Caminhos do Futuro”, que os socialistas madeirenses aclamaram no seu último congresso, salienta que “Na Região Autónoma da Madeira, quanto mais crescem os poderes autonómicos menos se desenvolve a Liberdade, com os seus direitos de opinião, de crítica, de confronto de ideias, como se os poderes autonómicos apenas servissem para a preservação do Poder de um restrito grupo de cidadãos, que alarga o seu poder tentacular através da distribuição de lugares, empregos, benesses e favores”.
Vicente Jorge Silva, num opúsculo de 2006, intitulado O Comércio do Funchal e a Autonomia, resultante de uma conferência organizada por madeirenses em Lisboa, afirma que “ Quando o poder estava longe, muito longe, queixávamo-nos, lamentávamo-nos e manifestávamo-nos na medida do possível contra essa distância que alimentava a nossa impotência. O poder estava tão longe que quase parecia uma abstracção, uma miragem inacessível. Hoje, o poder está perto, demasiado perto, intromete-se em tudo, decide de tudo e mais alguma coisa, passou-se do 8 para o 80 no espaço de trinta anos. O centralismo do Terreiro do Paço foi substituído pelo centralismo da Quinta Vigia”. E acrescenta: “Já não há senhorios nem colonos nas terras – há um único senhorio sobre a terra. Nada se faz na Madeira sem o beneplácito desse senhorio absoluto, cujo partido controla todos os órgãos de poder. Não há poder local nem poderes particulares que possam contrariá-lo ou escapar aos seus desígnios, ou que disponham de autonomia de qualquer espécie. A autonomia significa, hoje, a centralização de todos os poderes num homem só.
João Carlos Gouveia, o presidente do PS-Madeira, já o dissera 10 anos antes, no “Diário de Notícias” local: “Já não temos que entregar ao senhorio o fruto do nosso trabalho. Corremos, isso sim, o risco de perdermos o trabalho e a jorna. (…) O senhor todo-poderoso decide a seu belo prazer sobre a vida de cada um de nós. Os seus lacaios criaram uma colónia. O verdadeiro processo de colonização iniciou-se há cerca de vinte anos. Com a Autonomia.”
A Autonomia tem a sua génese nas reivindicações dos homens livres, dos que lutaram contra o Totalitarismo, pela Liberdade e pela Democracia. Entre eles estavam e estão os socialistas. Contra a Autonomia estavam os defensores do Estado Novo, os homens da União Nacional, entre eles Alberto João Jardim, hoje auto-proclamado grande defensor da Autonomia.
O PSD/Madeira, herdeiro das visões totalitárias de poder, exerce o poder há 32 anos porque raptou a Autonomia. Aproveitou a onda separatista que combateu a Liberdade e a Democracia após o 25 de Abril, aproveitou os seus símbolos e sentou-se na cadeira do poder totalitário. A Autonomia do PSD tem raiz separatista e tem sido repetidamente usada como figura de chantagem e confronto perante o País. Os exemplos são constantes, estão sempre presentes em qualquer adulador de Jardim.
Agostinho Cardoso, deputado da União Nacional, isto é, deputado fascista na Assembleia Nacional, declarava no Salão Nobre dos Paços do Concelho do Funchal, na Semana do Ultramar de 1961, acerca do que ele entendia ser a agressão anti-colonialista contra a pátria multirracial: “Chamei um dia a Salazar: Defensor do Ocidente. Creio, como ele, na Europa e na sua maternidade espiritual”.
Agostinho Cardoso foi recentemente agraciado pelo Poder regional. Os defensores do colonialismo reconhecem-se; os admiradores dos ditadores reconhecem-se.
Do nosso lado, temos de saber reconhecer os nossos. Os homens livres devem reconhecer-se, admirar-se mutuamente e prosseguir a caminhada pela Autonomia, pela Liberdade e pela Democracia.
Os que capturaram a Autonomia, os que não a usam para benefício de todos os madeirenses, querem-na bem aprisionada como simples arma de chantagem. Os Açorianos têm mostrado como usar a Autonomia, utilizando-a para seu benefício.
Na sua ânsia totalitária, o PSD/M entendeu chamar-se também da Autonomia, como se fosse o dono desta. Mas desse conceito de Autonomia não precisam os Madeirenses – nem de Autonomia de cariz separatista, nem de Autonomia ao serviço de um restrito grupo, nem da Autonomia inimiga da Liberdade e da Democracia, porque essa é carne morta, é um cadáver.
A Autonomia de que os Madeirenses precisam é aquela sonhada pelos verdadeiros democratas, a Autonomia dos homens livres. Não tenhamos pudor de repetir: fiquem com esse cadáver putrefacto. Nós queremos a vida, queremos a nossa Liberdade. Isso sim, isso é que é Autonomia.

Funchal, 17 de Outubro de 2008
Agostinho Soares



O que se passou em S.Vicente?

Ler o que se passou na Assembleia Municipal de S. Vicente em www.miradouro.pt.

Discurso de oão Carlos Gouveia na ALM a 16/10

«Excelentíssimo senhor presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, senhoras e senhores deputados:A crise do sistema financeiro à escala global ajuda-nos a clarificar o modelo económico regional dos últimos 30 anos. Reforça, por assim dizer, o olhar crítico dos madeirenses sobre as opções políticas erradas de um mesmo governante. Não há nem povos superiores nem recursos financeiros para todo o sempre. E fazer da governação um exercício ideológico constante é tão irracional como pensar que o sistema financeiro global tem capacidade para se regular por si próprio.Na verdade, a cultura clientelar que se instalou na Madeira, à conta de um modelo totalitário de poder, tem premiado os medíocres, gente que geralmente apresenta à conta de virtude o seu cartão laranja ou o silêncio dos cúmplices. A subsídio-dependência em que vivem associações, clubes e até cidadãos serve os interesses de quem se procura preservar no poder. O cartão partidário, a bandeirinha na casa, os passeios nas comitivas têm servido de salvo-conduto para o emprego, para a habitação, para a promoção social. Valiam sempre mais que o valor, que o mérito.A união regional à volta do PSD reúne-se à volta da palavra autonomia. Mas esta autonomia é de pendor separatista, como aqueles que sabem interpretar discursos simples claramente percebem. No site do Governo Regional, o seu presidente afirma que a Autonomia política resulta de uma organização de massas que lutou, entre 74 e 76, contra os radicalismos dos partidos políticos que, no seu entender, queriam manter o "status colonial". E ataca-se os adversários desta autonomia de pendor separatista de "colaboracionistas com Lisboa", como se, de facto, a capital do país, ou o próprio país fosse o inimigo externo da família que vive a "fraternidade autonómica".A união regional à volta do PSD tem funcionado como uma irmandade, uma família, onde os seus elementos se juntam à volta da mesma mesa, a mesa do orçamento regional. Como nas grandes famílias, há as hierarquias: O pai de todos, os padrinhos e os compadres. Uns vivem melhor do que outros, mas todos podem sentir a protecção perante os inimigos externos ao clã.Sempre uns madeirenses espezinharam a grande maioria dos seus conterrâneos. E nunca esses tais gostaram de mudanças profundas na sociedade. Sempre quiseram ver as populações amarradas à submissão, à pobreza e à ignorância. São os mesmo de sempre, os que odiaram a Revolução Liberal, em implantação da República e, mais recentemente, o 25 de Abril. São os mesmos de sempre, os que usurparam a Autonomia. Aqueles que chamam tudo a si. Os que delapidam o erário público e bloqueiam o avanço da cidadania na região.Senhoras e senhores deputados, os socialistas madeirenses contrapõem à sociedade clientelar, uma sociedade do mérito, da exigência e da responsabilidade individual. É por isso que redefinimos claramente a nossa acção política. Reforçamos o posicionamento ideológico, naquilo que deve ser hoje a social democracia e o socialismo democrático face ao capitalismo globalizado e ultraliberal. E reorientamos a afirmação autonómica - a Autonomia dos homens livres -, enquanto elemento diferenciador do projecto separatista e totalitário do PSD Madeira. Temos os nosso próprio caminho, é certo, mas balizado pelo mesmo horizonte e por um mesmo sentimento de pertença: sermos membros do Partido Socialista e partilharmos uma Pátria comum, com os continentais e os açorianos. É através desta separação de águas que vinculamos as nossas propostas e realizamos as nossas iniciativas.A crise financeira, económica e social da região tem, por conseguinte, a sua origem em pressupostos e ideológicos, seja num concepção totalitária de poder, seja numa concepção separatista da autonomia regional.Se em termos políticos podemos considerar esta vocação totalitária e separatista como uma espécie de novo fascismo, o modelo de desenvolvimento decorrendo da necessidade de perpetuação do poder conduziu a um fascismo social, onde a pobreza, as desigualdades e a exclusão ganham contornos cada vez mais incontroláveis.Definitivamente a Madeira não é um cantinho do céu. Se, no plano da governação regional, é completamente invisível aos olhos do cidadão comum a traficância de favores e a transferência de bons investimentos para as mãos dos privados, numa lógica de estado mínimo e numa ausência total de regulação, toda a gente pode constatar a desestruturação social que invadiu as nossas vilas e cidades.Por isso, não nos afirmamos como um projecto cívico de contra-poder, ou como um movimento contra-cultural, face à autocracia e ao totalitarismo, à plutocracia e ao separatismo. Queremos merecer a confiança dos madeirenses para assumirmos as mais altas responsabilidades de servirmos todos os cidadãos, porque, senhores deputados profetas do separatismo, a vossa pátria é a vossa barriga, a vossa barriga é a daqueles que durante anos e anos sugaram os recursos financeiros dos impostos dos madeirenses, das transferências do estado e da UE.Afirmamos que existe uma inacção governativa. O governo não governa. Prefere-se o conflito permanente com os órgãos de soberania, mascarando a realidade com a propaganda oficial. Faz-se chantagem com os madeirenses. E atribui-se todas as culpas da má governação regional ao Governo da República. Acicatar os madeirenses contra o inimigo externo é o que resta da estratégia para manter um poder absoluto. Em todos os países pobres do mundo faz-se o mesmo: instiga-se o ódio contra um inimigo externo e mantêm-se poderes totalitários e populações extremamente pobres.Só com governantes livres e libertos, imbuídos de uma ética republicana de serviço à causa pública, como exigirá um governo socialista madeirense, é que se poderia estancar a derrapagem financeira e relançar a economia regional para que o bem-estar e a qualidade de vida cheguem a todos.Esta é a hora da mudança, a hora da Autonomia dos homens livres, a hora dos madeirenses. Tenho dito.»Assembleia Legislativa da Madeira, 16 de Outubro de 2008.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Continuações...

O "Diário de Notícias" referiu-se recentemente a um presidente de câmara do norte da ilha que manifestou vontade de se recandidatar, porque após tantos anos de poder ainda não se sente cansado.
Esta não é da minha autoria, ouvi-a num café: é normal, como o homem pouco tem feito e nem sequer perde tempo a ouvir os munícipes que lhe pedem contacto, nunca se cansa.

Sociedades de desenvolvimento

O que me espanta é que, na altura da sua criação, a Oposição tenha dado o benefício da duvida, quando estava inscrito no seu código genético a sua função e o seu destino.
Falei em destino, o fado das tragédias gregas. Estamos na "anagnórise", o reconhecimento que antecede a catástrofe.

Canalhices

O homem voltou ao mesmo registo linguístico, já fossilizado, pós-dinossáurico.
Afirmou: "os madeirenses interrogam-se o que estão a fazer no seio da pátria". Sempre a mesma temática, o mesmo discurso de índole separatista, depois diz que é mentira.
Os madeirenses não lhe passaram procuração para dar a entender que a questão patriótica está relacionada com mais milhão, menos milhão. Para que bolsos seriam esses milhões exigidos? Os madeirenses sabem que afinal nada se decide com esbanjamento ou dinheiro deitado literalmente ao mar ou vazado noutros locais.
Os madeirenses já perceberam que isto não pode ser só "fartar vilanagem" e quem vier a seguir que se aguente.
Os madeirenses sabem que se não fosse para outra coisa, a pátria portuguesa lhes garante ainda alguma liberdade, um pedacinho de democracia e ainda sinais de esperança contra o absurdo.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Autonomia

O PS-Madeira prepara-se para grandes debates sobre a Autonomia.
Há por aí quem não consiga distinguir lutas pela Autonomia de combates separatistas.
Nos territórios da Direita alguns ainda se entretêm a procurar impor autorias e ideais.Chega-se ao desplante de afirmar que a "luta" (o terrorismo, diria eu) da Flama visava a liberdade contra a ditadura comunista em Portugal. Tenta-se escrever uma história à maneira de cada um, como justificação.
Toda a gente pode ver no que deu essa luta: olhemos à nossa volta. Fixemos o poder, o económico e o político. Pensemos como se instalou. Recordemos o regabofe. Ouçamos o silêncio, a mudez, o medo, os cochichos, os segredos, os segredos, os segredos desta terra.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Madeira livre?

Madeira Livre de quê?
Quando é que a Madeira se libertará de um governo que já vai nos 33 anos? Deste governo é que a Madeira terá de se libertar; deste governo e da sua canga.
Desde há 35 anos que sabemos o que certa gente quer dizer quando apregoa "Madeira livre", e quando canta essas cantilenas de azul e amarelo a fingir autonomias, que nada significam para eles senão libertarem-se de leis que os impeçam de usar os recursos públicos como muito bem entenderem, isto é, para benefício de clientelas.