quinta-feira, 10 de julho de 2008

Goleada

Terça-feira, debate entre Jaime Leandro e Miguel de Sousa, na RTP-Madeira, sobre um ano de actividade parlamentar.
Sei que inicialmente estava previsto que o debate se realizasse entre Jaime Ramos e Vítor Freitas. O primeiro não aceitou e a RTP-Madeira então não convidou Vítor Freitas. Dependência da RTP-Madeira èm relação à vontade ou disponibilidade do PSD.
Bem, quanto ao debate, goleada das antigas: Jaime Leandro, 5 - Miguel de Sousa, 0.
Miguel de Sousa barafustou, esbracejou, gemeu e proferiu onomatopeias.
Pouco habituado ao debate de ideias, Miguel de Sousa afundou-se no vazio discursivo. Preferiu a pose arrogante e nada inteligente que manifesta na Assembleia Regional.

11 comentários:

Anónimo disse...

de facto, jaime leandro é um estadista...

amsf disse...

Realmente o Jaime Leandro não é o melhor aluno do AJJ, nem foi quase ministro de um governo do Santana Lopes!

Anónimo disse...

o ps já meteu a, anunciada há 10 meses, acção de perda de mandato de miguel albuquereque?

Anónimo disse...

Será que ninguém diz ao Carlos Pereira que ele, com aquele aspecto e aquele estilo, assusta os eleitores?
Precisa-se de simpatia também e de alguma humildade.

Anónimo disse...

O Partido Socialista e a Política Negativa.
O Caminho ou um Obituário Político?

Se neste exacto momento fosse feita uma sondagem de opinião ao Povo Madeirense na qual figurasse a questão de como caracterizaria a Oposição Política Regional facilmente nos depararíamos com adjectivos como “invejosos”, “medíocres”, “movidos a ódio”, “sedentos de tachos”, “incompetentes”, “apologistas do bota-abaixo”, “sem alternativas”, “sem soluções”, “caluniadores”, etc…
Apesar de alguns destes rótulos serem notoriamente injustos, se nesta altura do campeonato os destinatários desta missiva ainda se revelam incapazes de despertar do seu torpor partidário, para reconhecer a veracidade e validade de muitas destas percepções então sugiro que os visados repensem seriamente a sua Carreira na Política.
Portanto como é que chegamos a este ponto? Como é que passamos de Defensores da Liberdade, da Democracia e da Madeira para um bando de “más-línguas” que se entretêm a apontar tudo o que vai mal no “Paraíso”?
A resposta vem em três partes:
A primeira é extremamente simples. A verdade é que, de facto, a noção de alternativa política adoptada pela oposição é cada vez mais pautada pela Negativa do que pela Positiva, pela Falta de Ideias do que pela presença delas. Aposta-se cada vez mais em salientar a corrupção, as “negociatas”, a troca de “tachos”, os investimentos fracassados e os defeitos dos governantes. Raramente se ouve da boca da oposição que alguma coisa correu bem. Tudo corre mal, o que não é de todo verdade. Eu não estou a dizer que escândalos como os que acabei de referir devam ser esquecidos, ou branqueados por algumas excepções positivas. Isso seria cumplicidade criminosa. O que eu quero dizer é que para responder aos anseios do Povo por uma Alternativa, por um Novo tipo de Política, Competente, Unificante, pautada pela Positiva e pela Verdade não nos podemos dar ao luxo de ter esta dualidade de critérios. As coisas são como são e é preciso ter a grandeza de espírito para ascender acima das barreiras partidárias e reconhecer ao adversário o mérito onde ele é devido ou para apresentar soluções viáveis e não críticas gratuitas nas áreas onde este falha. É esta Autenticidade, Competência e Compromisso com o Progresso que, ao Sacrificar Barricadas Políticas para o Bem de todo um Povo é reconhecido pelo eleitorado como Digno do seu voto.
A segunda prende-se com a manifesta ineficácia, até à data, por parte do Partido Socialista em divulgar as suas inúmeras soluções para resolver os problemas da Madeira. Afinal estas existem e são muitas, pelo menos o dobro das apresentadas pelo Governo, mas o povo simplesmente desconhece a sua existência. Como tal em termos políticos são inertes, predominando aos olhos do eleitorado a imagem “do contra” do partido.
A terceira e última tem a ver com o facto de, nesta como em qualquer outra matéria, a máquina de propaganda Laranja já se ter apercebido da vulnerabilidade da oposição neste ponto. Eles não só reforçam activamente a noção dos políticos da oposição como do “bota abaixo”, boicotando e censurando todas as suas iniciativas políticas positivas, espicaçam-nos até ao ponto de, quase como se tratasse de uma resposta reflexa, estes serem obrigados a adoptar uma atitude sarcástica e rancorosa que, ao transbordar para a sua forma de fazer política a torna tendencialmente negativa.
Mas porque é que tudo isto é importante? Simples, um politico rotulado como negativista é um político que não tem credibilidade, que ninguém está disposto a ouvir. É um indivíduo que toda a gente pressupõe que da sua boca só saem mentiras que é movido a ódio e a inveja. Isto não só enfraquece a sua Mensagem Político como acrescenta credibilidade à do ao opositor que se vê numa posição em que pode mentir à vontade. Pior as suas mentiras começam a passar por verdades absolutas. Este é o perigo da Política Negativa.
O que nós precisamos é de um tipo de Política que não se foque em Arrasar o Adversário mas em Desenvolver a nossa Região.

Anónimo disse...

Só para exemplificar com um exemplo prático o que havia dito. Isto que abaixo transcrevo é exemplo de um "non issue", no qual se incorre o risco de levar o rótulo de campanha política negativa por uma "ninharia".

PS denuncia má obra na zona Areeiro
Data: 12-07-2008

O obra de alargamento do Caminho do Areeiro, em São Martinho, é criticada pelo PS. Tudo porque não existem lugares para o estacionamento automóvel, nem docas para autocarros.

A denúncia chega pela vereadora socialista na CMF, Isabel Sena Lino, que admite ainda não ter levado o assunto a reunião de Câmara. Mas vai fazê-lo numa próxima oportunidade.

A vereadora esteve ontem no local e constatou que a inexistência de estacionamento o que faz com que o moradores continuem a parar os automóveis na via. Isso dificulta a circulação e aumenta o perigo, garante.

Sena Lino diz haver passeios com mais de dois metros, o que não se justificará naquele local. Não se trata, explica, de uma zona tipo Estrada Monumental, que serve de promenade. Os dois metros de passeio, que "ficam bonitos", seriam melhor utilizados se o respectivo espaço fosse destinado a estacionamento e a docas para transportes públicos.

Anónimo disse...

O ano passado, o PSD perdeu Lisboa para o PS. Este ano o PS perdeu Gaula para o PSD. Marques Mendes entendeu a mensagem e convocou um congresso. o PSD tirou as devidas ilações. E o PS Madeira está á espera do quê?

Anónimo disse...

Maximiano e Gouveia de costas voltadas
Deputado teme que PS-M caia no abismo. O líder partidário só comenta nos órgãos internos
Data: 13-07-2008

O líder do PS-Madeira, João Carlos Gouveia, não quer discutir na praça pública as críticas que o deputado na Assembleia da República Maximiano Martins fez, ontem, em artigo de opinião no DIÁRIO, aos resultados socialistas nas eleições para a Junta de Gaula e ao risco do partido "cair no abismo e tornar-se irrelevante".

Para o dirigente máximo dos socialistas madeirenses, esta questão deve ser discutida nos órgãos do partido. Foi o que aconteceu na última reunião da Comissão Política, mas à qual Maximiano Martins faltou. O ataque do deputado em S. Bento à estratégia da Direcção partidária para as eleições em Gaula é apenas mais um episódio a separar dois políticos que não morrerão de amores um pelo outro. Há um ano, Maximiano Martins não apoiou a lista de João Carlos Gouveia à liderança do PS, tendo apelado a uma solução mais consensual, que até poderia passar pela sua própria candidatura. Esta última hipótese foi liminarmente rejeitada por Gouveia, que lembrou que o nome de Maximiano estava associado à aprovação da nova Lei das Finanças Regionais, penalizadora para a Madeira.

O mais recente ataque de Maximiano Martins a João Carlos Gouveia também não pode ser dissociado da última entrevista do líder partidário, em que este deixou claro que é a Direcção regional quem deve indicar os nomes dos candidatos da Madeira à Assembleia da República nas eleições legislativas nacionais do próximo ano.

Na referida entrevista Gouveia não quis revelar se mantinha algum dos três deputados que o PS-M elegeu a S. Bento, mas tendo em conta as actuais críticas e sobretudo os antecedentes, afigura-se desde já como improvável que a Direcção regional apoie a recandidatura de Maximiano Martins.

Ontem, nas páginas do DIÁRIO, Maximiano escrevia: "Os resultados do PS-M (em Gaula) são piores do que qualquer cenário que se pudesse traçar. Obter 70 votos numa eleição em que anteriormente se ganhara com quase 1.200 votos parecia impensável. Mas obter 70 votos numa eleição em que o líder do Partido se envolve tão intensamente é significativo".


Miguel Fernandes Luís

Anónimo disse...

nos blogs, o ps-m é vencedor...

Anónimo disse...

quantos eleitores visitam os blogues? 400, 500?!
Boa, já só faltam mais 25 mil...

Anónimo disse...

Jardim/Baptista Bastos põem fim a processo
O advogado de AJJ, Coito Pita, ficou satisfeito com o acordo entre "pessoas de bem"
Data: 15-07-2008

Ficou ontem "sem efeito", no Tribunal Judicial do Funchal, o julgamento do jornalista e escritor Armando Baptista Bastos pela prática do crime de difamação.

Tratava-se da segunda data para o início do julgamento depois da primeira sessão, a 20 de Junho, ter sido adiada por alegada falta de condições para a sua realização.

Em causa uma queixa-crime apresentada pelo presidente do Governo, Alberto João Jardim, na sequência de uma crónica escrita por Baptista Bastos no 'Jornal de Negócios' , a 8 de Julho de 2005, com o título 'Um fascista grotesco', em que o autor criticava as afirmações de Jardim contra a presença de chineses e indianos na Madeira.

Ontem ficou a saber-se que foram dadas explicações por parte de Baptista Bastos que foram aceites por Jardim. Explicações nas quais ficou claro que não houve intenção de ofender Jardim na sua honra e consideração.

Aliás, na primeira data para o início da audiência, perguntado se estaria na disposição de pedir desculpas para que a queixa fosse retirada, Baptista Bastos disse não ser essa a sua postura. Justificou a escrita da crónica no domínio da intervenção cívica, moral, filosófica.

"As minhas posições são sempre, sobretudo, de ordem moral. Nunca foi minha intenção ofender o dr. Jardim, que nem conheço. A minha posição é puramente de ordem moral e política", declarou.

O jornalista era defendido pelo advogado Henrique Salinas e Alberto João Jardim por Coito Pita.

"Fico satisfeito com o desfecho deste caso pois tratam-se de duas pessoas de bem", disse Coito Pita.

Neste caso, chegou a haver abertura de instrução com a juíza de instrução a pronunciar Baptista Bastos por "ofensa à honra" do presidente do Governo.

Findo o processo, extingue-se o procedimento criminal, pelo que a juíza Joana Dias não terá de proferir veredicto.


Emanuel Silva