terça-feira, 13 de novembro de 2007

Separatismo

Desde a minha intervenção na FALA que venho denunciando a cultura separatista dominante no PSD-Madeira e que é visível nas palavras e actos de responsáveis de cargos públicos ligados ao Poder regional.
Alguns políticos de diversas áreas não percebem do que se fala, o que é normal; outros fingem que não percebem, o que é normal; outros têm terror de falar no assunto, que percebem, o que é normal.
O que não é normal nem aceitável é que pessoas ligadas à linguagem e à comunicação viessem constantemente a apelidar de anacronismo passadista (com outras expressões) a denúncia o carácter separatista de pseudo-autonomistas, quando os sinais estão todos transmitidos, desde a imposição da bandeira azul e amarela semelhante à da FLAMA nos mastros e no imaginário. Como não se percebia o que se passava e aonde se queria chegar quando não cessaram as bombas após a eleição do I Governo Regional?; quando pessoas ligadas à FLAMA ocuparam lugares de destaque no Poder regional? quando o Drumond acabava os seus estapafúrdios textos no Jornal da Madeira com "a palavra vencerá?" (A palavra no Parlamento, na Comunicação Social, na Cultura, nas escolas...); quando constantemente se fala de colonialismo?; quando se fala de Portugal como outra identidade, estranha à Madeira?; quando se inventam e repetem torneios em que a Madeira joga contra Portugal?; quando se repete a ideia de criação de uma federação de futebol própria para disputar competições internacionais? quando se eleva a herói todo o bicho careta enrolado numa bandeira azul e amarela?, quando se fala numa literatura madeirense e numa cultura madeirense e num povo madeirense?
Ah, era passado a FLAMA? Era passado tudo o que se passou em recentes eleições em São Vicente? Era passado as reuniões gastronómicas que os separatistas continuam realizando? Era passado o que o Presidente do Governo Regional se fez sócio nº 1 do FAMA? Era passado o que o Drumond diz agora?
E ainda não perceberam quando se diz que a Madeira ainda não é independente? E ainda não perceberam quando o Jaime Filipe Ramos e outros dizem que ainda não é tempo de se falar disso? E ainda não perceberam o que está em causa quando tantos outros por aí vão afirmando que a Madeira não tem condições económicas para ser independente, como se tudo estivesse subordinado ao cacau, ao money, honey, ao money, mister, please, ó velha cultura da pedincha, ó velha cultura das rotundas!

4 comentários:

Anónimo disse...

Quem dispensa alguma atenção à política e aos políticos que temos, sabe bem estas coisas que aqui escreve e outras.

MMV disse...

Então acredita que a Independencia está próxima?!

Anónimo disse...

Que tal defender José Rodrigues dos Santos contra o PS/RTP?

Que tal condenar a trapalhada das Estradas de Portugal e os 75 ou 99 anos da concessão?

Que tal reconhecer que o PM é demasiado arrogante e intolerante?

amsf disse...

Caro anónimo

Talvez não saiba mas o "caso" José Rodrigues dos Santos" tem a ver com declarações à revista "Publica" (do Público) em que ele acusa o Governo de interferir na RTP no período 2002-2004. Caro amigo, talvez não se lembre mas nesse período quem era governo era o PSD. Nessa entrevista também demonstrou discordância sobre a forma como se desenrolou o processo para a selecção do correspondente em Madrid. Perante estas declarações o Conselho de Administração da RTP moveu-lhe um processo disciplinar que está a terminar agora mas que nada tem a ver com o actual governo. O Almerido Marques (RTP) foi nomeado pelo governo do Durão Barroso. Se acha que os governos interferem nos meios de comunicação social (eu acredito que o fazem) terá que procurar,neste caso concreto, os culpados no seu próprio partido.

Não quererá acrescentar também a concessão à Estradas da Madeira por um período de 50 anos!?

Não gostaria de dar-nos a sua opinião sobre um Jornal da Madeira, propriedade do GR, a ser distribuido de forma gratuíta como forma de condicionar a opinião pública de forma mais eficaz!?