quinta-feira, 26 de julho de 2007

E todos engolem?

Primeiro, o Governo Regional da Madeira suspendeu a aplicação do diploma enquanto o Tribunal Constitucional não se pronunciar sobre ela (lei) (14/7);
depois o problema passou a ser, segundo AJJ, uma questão de moral:"Quem está na ilegalidade é este país [Portugal], que atenta contra a vida humana e que não respeita princípios essenciais", disse Alberto João Jardim ao ser confrontado pela comunicação social com acusações de vários quadrantes de que a Madeira estava na "ilegalidade" ao não aplicar a Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG). ... "Na minha formação política, primeiro estão os grandes princípios da defesa da pessoa humana e só depois está o positivismo da lei escrita", declarou hoje Alberto João Jardim. (16/7);
Finalmente, acossados pelas críticas regionais e nacionais de que o Governo Regional não poderia impedir a aplicação duma lei nacional, para os homens do PSD-Madeira o problema passou a ser financeiro: Em seguida, o deputado do PSD eleito pela Madeira Guilherme Silva respondeu às críticas da esquerda."Naturalmente que as leis da República são para ser observadas em todo o espaço nacional mas o Governo e a maioria têm de responder a duas questões", considerou Guilherme Silva.O deputado do PSD perguntou, em primeiro lugar, "porque não se lembrou o Governo de dotar as regiões autónomas dos meios financeiros necessários" quando a despenalização da IVG até às dez semanas foi aprovada em referendo. (18/7) - As datas são do tratamento jornalístico no DN.
Entretanto, todos viram, ouviram e leram a defesa inicial de que se os madeirenses tinham votado maioritariamente"não" à lei sobre a IVG, o Poder regional tinha legitimidade para não aplicar a lei à Região, como se eu, que não voto PSD, pudesse deixar de cumprir as leis que me são impostas pelos governos desse partido. Ou então, melhor, a verdade: a tendência separatista deita a cabeça de fora, depois faz zigue-zague, como sempre. O secretário regional da tutela já não sabe o que diz para desembrulhar a meada, procurando que as suas palavras sejam idênticas à do chefe, pois claro.
Marques Mendes, que se prepara para o passeio, finge que não se apercebe da deriva.

1 comentário:

Anónimo disse...

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O PND também vai apoiar!