sexta-feira, 20 de julho de 2007

AUTONOMIA III

A Autonomia defendida pelo PSD distingue-se da Autonomia proposta pelos homens livres. A do PSD tem a marca separatista na sua base, como tem sido evidente ao longo destes trinta e tal anos. A substituição da sigla FLAMA por FAMA não esconde a íntima relação entre as duas organizações, patente desde logo pela semelhança fónica: retirou-se o L da Libertação, como se ela tivesse sido conquistada, pelo menos no que aos mecanismos de poder diz respeito, ou, antes, substituiram-se as armas pela palavra. A bandeira azul e amarela lá está em todos os pendões, em todos os emblemas, nas cadeiras dos estádios, em tudo o que é sítio ou instituição. Aí estão os discursos contra os Portugueses, como se os madeirenses fossem outros que não eles mesmos portugueses, com a sua própria forma de ser, como os transmontanos se distinguem dos algarvios, pois claro. E ninguém finja que não percebe a razão pela qual se distribuiram bandeirinhas para se colocarem na casa de cada um, já que as habitações coloriam de verde e vermelho o espaço imaginário da nossa portugalidade.
A Autonomia do PSD distingue-se da dos homens livres por essa matriz inicial: contra a liberdade e a democracia instituída na pátria portuguesa, Por isso, os homens livres têm denunciado como o avanço da Autonomia do PSD tem correspondido a uma limitação das liberdades e da democracia na Madeira. Que alguns sejam pouco eficazes na denúncia desta situação, isso é outra conversa, como é outra conversa muita gente fingir que não percebe o que se passa, ou entenda tanto que convenha disfarçar, de mãos nos bolsos, assobiando.

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