sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Qualidade da Democracia

No "Basta Que Sim" de Miguel Fonseca, encontrei este importante texto de António José Seguro, que resume as ideias expostas no painel "A Reforma dos Parlamentos e a Qualidade da Democracia"da recente Universidade de Verão do PS-Madeira.

Um país, dois sistemas?, António José Seguro
A realização periódica de eleições competitivas e a liberdade de expressão não garantem, por si, a existência de democracia. Sem aqueles dois requisitos fundamentais não há democracia, mas esta vai mais além, designadamente através de um estruturado processo de fiscalização dos poderes executivos e de práticas políticas norteadas por valores e princípios democráticos. Na Madeira, há eleições periódicas para os órgãos próprios da região e existe liberdade de expressão, embora a sua difusão esteja fortemente condicionada e limitada.Desde as primeiras eleições regionais que tem existido uma maioria absoluta de um só partido e esse mesmo partido, o PSD/Madeira, governa, actualmente, as 11 autarquias da região.Uma realidade com estas características exigiria ao partido ultramaioritário um comportamento político respeitador dos direitos da oposição e uma cultura de transparência, de modo a que os poderes executivos pudessem ser controlados e fiscalizados.Infelizmente a prática é bem diversa!O presidente do Governo regional raramente presta contas ao Parlamento; o mesmo acontece com os membros do Executivo quanto à apresentação das suas iniciativas legislativas ou a sua ida às comissões para responderem a perguntas dos deputados.Qualquer debate ou presença de um membro do Governo ou da administração regional tem que ser aprovado pela maioria do PSD/Madeira, o que dificilmente acontece.Os deputados do maior partido da oposição não podem requerer a criação de uma comissão de inquérito.Na prática, o Parlamento protege o Governo em vez de o fiscalizar e este não sente o dever de prestar contas.Recuámos 350 anos, aos tempos em que o príncipe era detentor de uma autoridade absoluta!Esta realidade, de Governo à solta e sem controlo, introduz um forte cariz autoritário no sistema político madeirense, dificulta a alternância democrática e viola princípios essências do Estado democrático.Confesso que tenho reduzidas expectativas quanto à alteração dos comportamentos políticos dos principais dirigentes do PSD/Madeira, em particular quando estes beneficiam de um certo silêncio e, nalguns casos, até do apoio expresso por parte de titulares de órgãos de soberania da República.Pelo que me interrogo se, à semelhança do que a Constituição já estabelece para a Assembleia da República e na linha de dignificação das assembleias legislativas regionais, não deverá ser definido (através de lei) um quadro mínimo de garantias e direitos potestativos para os deputados da oposição nos parlamentos das regiões autónomas, independentemente das maiorias que se apuram após cada eleição.Em democracia, o direito das minorias contribui fortemente para a limitação do poder das maiorias. Quando esses direitos não podem ser exercidos, dado que estão sempre dependentes da disponibilidade da maioria (como é o caso na Madeira), a democracia está amputada.(Artigo publicado no Expresso)
Publicada por basta que sim em 15:25
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20 comentários:

Anónimo disse...

então o mais leal socialista, que também já foi asesor do Trindade agora juntou-se ao PND?

Ou foi só a titulo de emprestimo?

Grande Emanuel Bento.

http://pravdailheu.blogs.sapo.pt/139203.html

Anónimo disse...

Coelho no dn madeira disse: "um grande partido da oposição, até há bem pouco tempo, recebia envelopes com grandes somas de dinheiro". Uma situação que terá acabado com o aparecimento de uma direcção "mais honesta".

Assim sendo o Jacinto andou a receber envelopes de dinheiro ou não?

E o Vítor não sabe de nada?

Afinal o PS é beneficiado pelo grupo Sousa ou não?

Anónimo disse...

O PS-M desvaloriza o PND-M, com o testa-de-ferro Coelho, mas o blog anónimo e criminoso é publicitado pelos blogs de pessoas ligadas ao PS-M (Rui C, C Pereira, etc).
Curioso...

Anónimo disse...

O JCG gosta deles...
Escreve também no Pravda e no Garajau...

Anónimo disse...

Este Miguel Fonseca é fracote.
Será que ele trabalha muito? Tem mérito algum?
É mesmo de esquerda?

Outra coisa: o PS-M, que hoje representa apenas 15% dos votos da Madeira, tem de perceber que só ganhará votos, lá para 2015, se for de esquerda, sem pessoas de Direita como o C Pereira e seus amiguinhos do PND-M!

Anónimo disse...

Quem vai estar no P Santo é o lider da JS, da maçonaria.
Curioso este PS...

Anónimo disse...

Hoje no Tribuna o PND ataca JCG.

O PS-M e o JCG foi avisado contra o PND e o pintor desempregado Coelho.
Agora não se queixem.

Anónimo disse...

APRENDAM DE UMA VEZ POR TODAS!

Com a devida vénia ao "terreiro da luta":

A oposição e o discurso político
Devo confessar que tenho poucas certezas relativamente ao tema que hoje trago. Como sei que a política não dispensa as emoções, apesar de reclamar permanentemente a intervenção da razão, sou levado a pensar que há determinadas escolhas estratégicas que só serão plenamente compreendidas por quem tem que tomá-las. Mas como também sei que a política é assunto demasiado sério para poder ser deixado à mercê dos políticos, considero ter o direito de sobre ele exprimir as opiniões que, em cada momento, a minha consciência e a compreensão que possa ter dos factos me ditem.
Não passo, em suma, em matéria de política, de um mero espectador interessado e atento. Que procura compreender as dificuldades de quem optou por dar o corpo ao manifesto. Mas que convive mal com a indigência dos que enveredam pela política só porque lhes falta um mais proveitoso ou lucrativo emprego.
O que penso da política, em suma, é que ela é uma exigência e não um privilégio. Para quem está no poder. Mas também para quem escolhe o caminho da oposição.
É verdade que os primeiros têm mais responsabilidades do que os outros. São eles que gerem a coisa pública. Mas isso não isenta a oposição nem do dever de fiscalizar com seriedade a acção de quem governa, nem da obrigação de apontar caminhos alternativos.
É assim que entendo as coisas. Mesmo sabendo que há-de ser incomparavelmente mais cómodo observar e comentar do que andar lá com a mão na massa. E mesmo admitindo que a política possa ter razões que a razão não consiga apreender imediatamente.
Feito o intróito, passo ao que venho. Como se tem visto, a oposição política na Madeira tem vindo a reduzir-se à denúncia. Falta qualquer coisa, mas acho bem. Ninguém deve pactuar nem com a ilegalidade nem com a imoralidade dos negócios pouco claros. Muito menos quem tem a responsabilidade de fazer oposição.
Porém, dito isto, não consigo deixar de pensar que até a denúncia política há-de ter exigências. No mínimo, deve ser credível e ter o apoio dos factos. Confundi-la com a maledicência pura e simples é, para além de intelectualmente desonesto, um mau serviço que se faz à necessidade de dar da nossa vida pública uma imagem de coisa sã.
O que se tem observado, no entanto, é que se acusa a torto e a direito com a ideia de que um dia se há-de acertar. E tem-se levado para o discurso político o falatório e os dichotes que toda a gente sabe que circulam nas mesas do café. Ora, convenhamos que isso é pouco, eventualmente criminoso, potencialmente contraproducente.
Não é aos partidos da oposição que cabe a responsabilidade de dissecar um a um os indícios de coisa suja que todos os dias vemos acumular. Essa responsabilidade cabe à Justiça. E todos nós, políticos ou não, temos o cívico dever de encaminhar as suspeitas que fundadamente possamos ter para as instâncias de investigação. Só que aquilo a que temos vindo a assistir começa a assumir foros de deriva irresponsável onde parece que vale tudo. Porque todos os dias se dizem coisas que depois não têm o encaminhamento devido. E porque quase todos os dias vemos dirigentes da oposição condenados pelos tribunais por não conseguirem provar as acusações que passam a vida a fazer.
Acredito que muitas dessas condenações possam ter muito que se lhes diga. E sou até capaz de admitir que a muitas das acusações só falta mesmo a prova que os políticos não têm por lhes faltarem a vocação e os meios, mas que uma justiça diligente talvez conseguisse facilmente obter. Mas isso não pode desculpabilizar a irresponsabilidade da acusação a torto e a direito e a pretexto de tudo e de nada, sob pena de um dia se banalizar tanto a denúncia como a prática denunciada.
Volto ao princípio. É fácil falar na confortável condição de simples espectador. Mas, com franqueza. Acho que já vai sendo tempo de a oposição descobrir a arte de poupar-se a si própria ao descrédito das acusações que não consegue provar. Sob pena de se entregar alegremente nas mãos de quem possa ter a arte de agir sem escrúpulo sem deixar rasto concludente.

Anónimo disse...

O testa de ferro do PND dise sobre o líder do PSM:

“Ele anunciou que iria lutar contra a corrupção e o regime, mas foi obrigado a parar por ordens superiores do seu próprio partido ao nível nacional”.

É verdade?

amsf disse...

Claro que é verdade!!!!!!!!!

Por um lado sabemos que o Sócrates é um protector do PSD/M, por outro sabemos que o JCG está ao serviço do PS nacional!
Será que pela cabeça deste anónimo passa a ideia de que a "máfia" madeirense tem fortes ligações ao PS nacional?! Só falta afirmar que a oposição madeirense é que é corrupta! Uns lambuzam-se na massa e os outros é que são corruptos!

Anónimo disse...

Bom para a nossa terra e o povo era os ricos como o Welsh, o Canha, o Baltasar, o C Pereira, o Trindade, e os ricos do PSD, se juntarem todos e darem subsidios aos pobres e doentes.

Isso sim seria útil!

Anónimo disse...

NEM NA MORTE

Foi criada uma onda de solidariedade para ajudar a mãe da criança de oito anos, que morreu de múltiplas picadas de vespas, de modo a poder-se contribuir para pagar as despesas com o funeral e auxiliar aquela família carenciada.
Mas que Estado é este que nem permite que se possa morrer e ser enterrado com o mínimo de dignidade?
Aqui fica o NIB da mãe: 003503950000317500033

in http://besoirar.blogspot.com

Anónimo disse...

não concordo que o dr. carlos pereira e o sr. victor freitas sejam deputados do ps-m em lisboa. será um suicidio.

amsf disse...

Não concorda que sejam deputados ou candidatos? Suicídio!? Não terá pensado o mesmo quando o Victor Freitas foi eleito líder da bancada parlamentar do PS/M?!

Anónimo disse...

VF como lider parlamentar?
O suicidio é evidente. O rapaz nem fala bem e tem um aspecto antipático, ainda que melhor do que o capitalista C Pereira.
Veremos nos votos...
Triste PS-M a reboque do PND!

amsf disse...

Ó anónimo

E deves querer nos convencer que és um socialista e que todos esses alertas sobre o PND são uma crítica construtiva! Devo reconhecer que és persistente pois há vários meses que os teus comentários tocam na mesma tecla! O perigo PND! O que é que lhe repugna no PND; os dirigentes, a ideologia de direita, comunista ou anarquista!?

Anónimo disse...

A aliança agora assumida publicamente entre PS-M e PND-M (através do deputado pintor de construção civil Coelho) vai dar uma vitória ao PS...

Anónimo disse...

Quem assistiu ontem à actuação da PJ na Vila da Ponta do Sol pensou tratar-se de um remake do caso Lobo. Apreensão de computadores e um cavalheiro a ser levado algemado...Afinal o cavalheiro em questão estava a ser levado por pedofília. Há já quem diga que plagiar é um dos seus crimes menores. Parece que foi levado a Câmara de Lobos para a PJ não ter de lhe arrombar a casa.

Anónimo disse...

Esse tal MIGUEL FONSECA, que não larga a Nova AlFândega, digo a Velha Assembleia anda à procura de um TACHO.
Baba-se pelo João Carlos Gouveia, desata naqueles que discordem e, incrivelmente, o homem não tem uma obra feita, um trabalho que se lhe reconheça.
É mais fáceil falar dos outros...

Anónimo disse...

Importa fazer a seguinte correcção ao autarca da M. Mar do PS, que usando e abusando do anonimato escreveu mal o seguinte texto:

Quem assistiu ontem à actuação da PJ na Vila da Ponta do Sol pensou tratar-se de um remake do caso Lobo. Apreensão de computadores e um cavalheiro a ser levado algemado...Afinal o cavalheiro em questão estava a ser levado por pedofília. Há já quem diga que plagiar é um dos seus crimes menores. Parece que foi levado a Câmara de Lobos para a PJ não ter de lhe arrombar a casa.

Sendo que na verdade a cena foi a seguinte:

Quem assistiu ontem à actuação da PJ na UMa pensou tratar-se de um remake do caso Pedroso. Apreensão de computadores e um cavalheiro a ser levado algemado...Afinal o cavalheiro em questão estava a ser levado por pedofília. Há já quem diga que lamber o cú dos manos é um dos seus fetiches favoritos. Parece que foi levado ao seu apartamento na Vila de P. Sol para a PJ não ter de lhe arrombar a casa.

É assim a verdadeira estória dum vilão de S. Jorge, armado em campeão.