segunda-feira, 28 de abril de 2008

Mais uma grande obra do PARTIDO

O PARTIDO não liga a democracias, com essas coisas de discursos, cerimónias e cravos ao peito, que só fazem lembrar os barbudos daquela chamada revolução, que prometia democracia e liberdade para todos! Que susto!
Se não fosse mesmo a malta com a ajuda lá do alto, naturalmente, estávamos todos tramados e andávamos aí a ter que disputar lugares com todos os outros.
Isto por cá é mesmo a eito. Não vamos em conversas nem ideologias. Só nos interessou mostrar a essa malta da pata rapada que democracias e liberdades é para quem pode, não para quem quer. Quem pensam que são?
Temos um líder, pois então, e ele cá não entra nesses jogos com eleições e disputas, não, só vai a combate quando é mesmo para ganhar, como para o parlamento, a gente já sabe, mais dois menos dois, às vezes até se dá uma malha que não é brincadeira.
Às vezes até me espanta como ainda há gente bem tonta. Ainda não aprenderam que não vale a pena afrontar o PARTIDO? A gente é que manda, o nosso chefe, quero eu dizer, que vai dizendo coisas como os grandes chefes do século XX, que já não há gente dessa por aí, grandes estadistas, com o povo na mão, em fila, todo atrás, como se fosse uma marcha, tudo direitinho, a compasso. Dá-nos moral,diz que somos os maiores, e a gente sente-se mesmo, porque a malta nunca se meteu em mariquices democráticas ou essas coisas, como isso de dar dinheiro para África. Quer dizer, ainda fizeram guerra e agora querem o dinheiro que podia vir todo para cá? A gente é que tem direito, porque não quisemos ser independentes, e se quiséssemos, éramos. Então mandem é o dinheiro para a gente e não para Timor também, e mandar esses chineses para a terra deles, em vez de andarem aqui a fazer concorrência às nossas lojas. O nosso chefe sempre defendeu as minhas ideias, aliás toda a malta pensa o mesmo, menos meia dúzia de tontos que anda por aí há tantos anos e não aprendeu ainda. Não era melhor virem todos para o PARTIDO, para terem futuro? Aqui é que estavam bem, em vez de andarem ressabiados e frustrados e outros ados que a gente bem os lixa se for preciso.
O nosso PARTIDO é mesmo assim. Em vez de palavras, acção. Não viram no 25 de Abril? Enquanto os outros palavras e mais palavras e Zeca Afonso e tal, o nosso chefe cá dava mas era espetada ao povo todo em São Martinho. Quando falou, não foi para mariquices, foi para falar do que importa, do PARTIDO, que se ele quisesse ainda ia para Lisboa mandar naquilo tudo, ainda houve uma mulher que lhe pediu para ir para lá, ele é que não quer, que não tem pachorra de aturar aquelas coisas de democracia e depois, como ele ganha sempre, lá tinha que estar sempre no Parlamento a ter que aturar os tontos todos daquele lado que não perceberam, coitados também , a grandeza do PARTIDO e a grandeza deste grande homem, por quem todos se curvam à passagem, menos os tontos.

6 comentários:

amsf disse...

Não deve ser difícil encontrar alguém que pudesse subscrever integralmente essa paródia...infelizmente o que não falta são espertalhões...

Alexandro Pestana - www.miradouro.pt disse...

hahaha, texto engraçado! Nem é preciso pensar muito para saber qual é o PARTIDO! hehe

(Penso, Logo Escrevo...) disse...

boa,

O texto é bom para refletirmos em qual o partido devemos escolher.
Alias PARTIDO não , nos partidários.
É bom encontrar textos que nos dão prazer de lê-los.
Um abraço!

Anónimo disse...

Para onde vai este PS-M ligado a malucos, comunistas de meia tigela, PNDs, queques, e que vai afastando os poucos socialistas com força?

Anónimo disse...

bora lá ao http://terreirodaluta.blogspot.com

Anónimo disse...

Os três vereadores do PS-M na Câmara Municipal do Funchal - Carlos Pereira, Luís Vilhena (que não apresentaram a declaração de rendimentos ao Tribunal Constitucional) e Miguel Freitas vão entregar no Tribunal Administrativo e Fiscal do Funchal em Setembro uma acção de perda de mandato de Miguel Albuquerque por alegadas violações do Plano Director Municipal.