Partidos e comentaristas estranham que o novo líder do PS-Madeira tenha condenado algumas políticas do Governo da República no seu discurso de Sábado e depois o congresso tenha, no Domingo, aplaudido Augusto Santos Silva. Não compreendem naturalmente que o PS (no seu todo) é um partido livre, onde os seus militantes exercem o seu direito de opinião. Não compreendem (também é legítimo, cada qual compreende o que pode, de acordo com as suas capacidades e vontade) que o conceito de Autonomia do PS é distinto do do PSD que se foi disseminando pelas cabecinhas pensadoras. A Autonomia defendida pelo PS não é contra: nem contra o Continente, nem contra os restantes portugueses, nem contra a República, como certo órgão de como o DN do Calisto titulou. Não perceberam ainda que um partido de homens livres deve ser mais vigilante e mais crítico quando está no Poder?
O socialista Augusto Santos Silva foi aplaudido porque soube denunciar muito claramente o que pretendia Marques Mendes vindo ao Chão da Lagoa e porque, tal como a generalidade dos congressitas, denunciou a vertente anti-democrática do presidente do Governo Regional.
Augusto Santos Silva veio ao congresso como dirigente do PS e não como ministro, mas se, por acaso, tivesse vindo como membro do Governo da República teria sido aplaudido de igual modo.
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