Scolari chegou a Portugal com a fama de sargentão e desde logo quis demonstrar como era a sua política de caserna, principalmente perante os contestatários. Seguindo a sua lógica militar, formou um forte espírito de grupo com os seus "meninos". Esse espírito valeu-lhe vitórias, mas o facto de tê-lo fechado, convocando sempre os mesmos, estivessem em forma ou não, começou, há algum tempo, a custar-lhe jogos e pontos.
Ñunca percebi como pode ser considerado um grande treinador quem recorre ao "cientificismo" das nossas senhoras de Caravaggio, enquanto vai suspirando "ai, ai", quando as coisas vão mal. O que devia fazer, nesses momentos, era concentrar-se nas alterações tácticas a realizar para alterar o rumo dos acontecimentos.
A agressão da passada quarta-feira não pode ser desculpabilizada, como não foram, para a FPF, as atitudes de João Pinto ou do miúdo Zequinha. O responsável pela selecção principal tem responsabilidades acrescidas. Se Gilberto Madaíl e seus pares perceberem do assunto, aproveitam a deixa e livram-se do caríssimo peso que carregam, com justíssima causa, contratando um técnico que traga novo dinamismo a uma selecção apática, sem alma nem raça.
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