quinta-feira, 30 de abril de 2009

1º de Maio

O 1º de Maio de 1974 correspondeu ao 25 de Abril dos madeirenses. Se os últimos dias de Abril foram vividos com emoção contida, a bela manhã do 1º de Maio na Praça do Município correspondeu ao extravasar do imenso desejo de liberdade e de ânsia democrática.
Para além dos anti-fascistas presentes, dos homens que lutaram pelo advento da Democracia no nosso país, naquele 1º de Maio estiveram milhares e milhares de madeirenses, essencialmente jovens, que, mesmo sem consciência política, sabiam perfeitamente que não queriam mais aquele país cinzento, pobre e atrasado; sabiam perfeitamente que não queriam a guerra. Sonhavam, acima de tudo, com dias assim luminosos, com democracia, com liberdades, com Liberdade. Sobretudo sonhavam.
Mas isso foi antes dos dias nefastos da Madeira Nova.

25 de Abril

Os festejos do 25 de Abril por parte do Partido Socialista, com a presença de cerca de 1200 pessoas foi um êxito para o qual contribuiram muitos militantes, mas também todos os que participaram.
Estes festejos serviram também para o arranque na Madeira da pré-campanha ao Parlamento Europeu, já que estiveram presentes e discursaram Vital Moreira e Emanuel Jardim Fernandes.
Para além destes, a noite, abrilhantada por bandeiras nacionais e do PS e por música de intervenção, contou com os discursos de Orlando Fernandes, líder da JS, e de João Carlos Gouveia, presidente do PS-Madeira.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Meias verdades

Élvio Passos assinou uma notícia com meias verdades e um título "à maneira" sobre a recente Comissão Política do Funchal. Apontou três pessoas que falaram e referia "lavagem de muita roupa suja". Jornalismo com um dedo numa direcção, o outro deve apontar para as fontes que se abstiveram de apontar outras seis pessoas, que falaram nessa reunião socialista. Jogo de sombras?

Explicações

Há quem exija explicações, estando bem no centro do que se passa. E disse.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Leituras

A entrevista que dei ontem ao D.N, enquanto secretário-geral do PS-Madeira tem constituído motivo de discussão e o próprio jornal tem tentado tirar nabos da púcara em relação a pessoas referidas na entrevista. Por isso, queria chamar a atenção de quem só se interessa por títulos ou "chamadas " que, em relação ao deputado Carlos Pereira, não fiz nenhuma referência que possa ser entendida como crítica. Louvo a sua resposta dada hoje ao "DN" de que só está interessado no combate ao PSD. É também o que me move e a esta direcção, porque temos consciência de que será o melhor para todos os madeirenses e porto-santenses.
Recordo que disse, respondendo à questão se o Funchal não seria uma prioridade eleitoral, que "... o Funchal é, para nós, a primeira prioridade, Não posso é dizer que vamos tentar ganhar se, hoje, ainda não tenho a certeza da vontade do candidato". Crítica? Nenhuma.
Depois, à questão se Carlos Pereira era ainda, e repito a palavra "ainda" na boca do jornalista, uma possibilidade, afirmei: " A Comissão Política concelhia, em debate interno, mostrou vontade em que fosse o Carlos Pereira. Ele, por alguma estratégia política, entendeu que não era o momento ideal para confirmar. Quando for o momento exacto, esperamos que demonstre vontade em tentar ganhar a câmara". Alguma mentira ou inverdade? Algum facto novo que a comunicação social e muitos cidadãos não conhecessem? Alguma crítica? Nada.
Acerca do Gabinete de Estudos, o jornalista colocou três questões de uma assentada, como corolário do que "algumas vozes" comentavam como inacção da Direcção: Departamento de Mulheres, Comissão Regional para Aprovação de Contas e Gabinete de Estudos. O jornal decidiu tratar do Departamento de Mulheres e do caso das contas em peças à parte, no Sábado, deixando para a página da entrevista a questão do Gabinete de Estudos. Mais uma vez, respondi com verdade e sem críticas a ninguém: o Gabinete de Estudos vai avançar. É natural que o empenho do deputado Carlos Pereira na vida parlamentar o impeça de agir tão brevemente quanto desejaria noutras questões políticas. Normal. Mais uma vez, não o critiquei, apenas disse que a a Direcção gostaria que fosse Carlos Pereira a dinamizar o Gabinete, porque lhe reconhece competência e vontade política no combate ao PSD, agora é natural que o Gabinete de Estudos prometido tenha que avançar, com ele ou sem ele a dinamizá-lo, ou não?

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Simpatias políticas

A simpatia política por certo autarca do PSD por determinado militante do PS, em blogue conotado com socialistas, pode ser lido politicamente como um enfileirar na narrativa discursiva dos defensores do "status quo", que agora andam, não ingenuamente, dizendo que o PSD só é derrotável pelo PSD.
Há quem ceda facilmente ao discurso totalitário. Há quem (sem se aperceber?) aceite os discursos de partido único. Será desculpável pelo facto de não ter conhecido directamente, sentindo na pele mesmo, o que foi o "Estado Novo"?
"Estado Novo - Madeira Nova" e lá vamos cantando e rindo,
levados, levados sim...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Comentadores

Durante décadas, certos comentadores encartados passaram os dias catalogando negativamente os líderes dos partidos da Oposição Regional, opondo-lhes a altíssima figura do líder do PSD-Madeira, mais que não fosse porque sabia ganhar eleições. Seguiam-lhe as pisadas com uma dedicação obscena, tão obscena que, nos primeiros anos da elevação do homem aos píncaros, até faziam a cobertura de actos oficiais dos governantes fazendo-se transportar nos carros pretos.


Para esses comentadores, as vitórias eleitorais correspondiam sempre à superior grandeza do vencedor, sem sequer perderem tempo com os manuais de História, onde se mostra que a generalidade das ditaduras provieram de vitórias eleitorais e que elas mesmas promoviam eleições em que o partido do "grande líder" vencia sempre, partindo daí para o aniquilamento político e pessoal de todos os opositores.


Os comentários atingiam sobretudo os líderes do PS-Madeira, porque conviinha abater quem pudesse criar alternativas. Faziam-no utilizando linguagem e discurso semelhante ao da central de comunicações.
Agora, com o actual líder, o trabalho é semelhante: o PSD tentou denegri-lo pessoalmente e os comentadores tentaram o mesmo. Como não conseguiram, a central de comunicações e os difusores apontam para incoerências ou falta de estratégia. Nada de mais errado: nenhum líder foi mais coerente na análise histórica da situação política da Madeira; ninguém foi mais coerente na denúncia da situação económica e do mundo empresarial madeirense; ninguém indicou tão claramente os objectivos traçados: preparar o PS-Madeira para disputar em 2011 as Eleições Regionais, taco-a-taco com o PSD.
Ah, já sei o que vem a seguir: ele até tem ideias, é corajoso e coerente, mas falta-lhe qualquer coisa.