Jorge Freitas Sousa, jornalista do DN, afirma hoje, em comentário na sua reportagem sobre os trabalhos da ALM, que Jaime Ramos "mostrou que está em forma", quando o secretário-geral do PSD-Madeira atirou que o primeiro-ministro é um "Pinóquio mentiroso".
Nada no restante texto mostra que o referido jornalista ironizou, antes mostrou a sua qualidade como jornalista ou a sua "independência".
Jaime Ramos ainda acrescentou que o nível da ALM desceu depois de 2004. Imagine-se este arauto da qualidade parlamentar, dedo em punho, esgares de ódio, atacando os outros como se se visse ao espelho.
Repetiu o que o famigerado fingidor político da nossa terra afirmara antes, como se não soubesse que o Governo da República anunciara a abertura de uma linha de crédito para quem queira exportar para Angola. Os discursos do PSD-Madeira sobre este assunto são um apelo encapotado aos preconceitos xenófobos e racistas que se avivam em especiais momentos de crise. Foi essa a "arte nazi".
Depois, Jaime Ramos ainda se atreve a comparar Sócrates com Salazar, como se ele, Jaime Ramos, ele e os seus amigos alguma vez na vida tivessem sido anti-salazaristas. Mete tudo num alguidar, mistura e vocifera como se dissesse verdades incontestáveis.
Mas este deputado não é motivo da crítica nem da chacota. Isso deixa-se para o Coelho. Já não é novidade que, quando Jaime Ramos desencadeia discussões no Parlamento pelas suas diatribes, faltas de respeito e malcriações e os deputados das outras bancadas reagem, os jornalistas e comentadores falam da qualidade dos trabalhos parlamentares, colocando tudo no mesmo saco. Dessa forma poupam Jaime Ramos à crítica e à chacota.
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