quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Opções

Qualquer cidadão é livre de estar vinculado a um partido ou não, e entendo mesmo que há outros espaços que não os partidos para a participação cívica. Este pressuposto não colide com a ideia que defendo que o PS-M se assume como a casa comum dos que ainda acreditam na possibilidade de existência de uma democracia baseada no Estado de Direito aqui na Madeira. Também me custa a admitir a suposta auto-suficiência e superioridade (linguae contaminatio) de uma espécie de críticos do Poder, que junta todos os políticos e todos os partidos no mesmo saco. Esta é uma excelente forma de branquear o Poder.


Dito isto, convém sublinhar que conheço mil e uma pessoas que alegam compromissos e dificuldades da sua vida pessoal para não participar em partidos de Oposição ao PSD Madeira, pelo emprego, pelo bom nome, pela família, pela segurança, pela riqueza, pelos negócios ou pela ilusão. Esta situação espelha a gravidade da não participação política, da falta de liberdade e de democracia. Esta situação é que é grave!


São elevados os custos sociais dos verdadeiros opositores. Se aos custos sociais ainda se junta o desgaste perante a mediocridade entronizada em capelas e capelinhas, tudo se torna mais difícil de suportar.


terça-feira, 25 de setembro de 2007

Liberdade de crítica

O PS-Madeira, tal como o Partido Socialista no seu todo, orgulha-se de incluir o debate como fórmula necessária para a vivência de qualquer partido democrático e qie respeito o valor da Liberdade. As críticas são legítimas, sem dúvida e ponto final, mas atacar direcções e lideranças usando linguagem própria dos ataques insultuosos de algumas figuras do PSD tem outro nome.

Concurso de Pessoal Docente 2007/2008

Professores licenciados , com estágio profissional, não colocados na RAM (21/9)
Ensino Pré-Escolar 38
1º Ciclo Ensino Básico 73
2º Ciclo 74
3º Ciiclo e Secundário 161
total 346

Principais áreas (3º ciclo e Secundário):
Português 42
Física Qúimica 38
Inglês 22

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

PS em acordos com o PND

Agora que a nova direcção do PS se encontrou com responsáveis pelo PND, tendo acordado algumas estratégias comuns na área da oposição ao regime político totalitário da RAM, que dirá quem corta da direita?
Provavelmente o mesmo que a RDP Madeira, ao informar, depois do encontro entre estes dois partidos, que a Esquerda delineava propostas comuns.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Jornalismo e liberdade

Embora esteja crescendo o jornalismo dos títulos bombásticos e populistas, com critérios jornalísticos submetidos ao lucro puro e duro, invadindo mundos privados e o direito à reserva da vida privada, também me preocupo com a nova lei que impede os jornalistas de divulgarem as escutas telefónicas que são apresentadas em tribunal. É que me parece que esta lei surge para proteger gente com poder efectivo e não os criminosos comuns. O mundo divide-se então entre os uns e os outros!

Estádio do Marítimo

As coisas andavam difíceis para o PSD Madeira: ter que apoiar um candidato a quem não é reconhecida capacidade de se tornar alternativa no Governo da República; a guerra dos delfins; o abuso de poder de gente importante na Nomenklatura; a difícil situação na CMF; as relações que se estreitam na oposição; a nova dinâmica do PS-Madeira. Então, os mestres da comunicação descobriram a receita: barulho, muito mais que ruído. E o Poder aparece com asas de anjo: madeirenses, meus amigos, maritimistas, está tudo sob controlo, e por metade do preço. Afinal somos poupados.
Entretanto, para a Praia Formosa, há-de arranjar-se forma de os nossos queridos empreiteiros não perderem com a mudança; é que eles precisam de mais capital para investirem no estrangeiro!

Izvetzia

O meu amigo há décadas que diz: isto é como na Rússia totaçitária: temos o Pravda, órgão reconhecidamente pertença do regime, e o Izvetzia, que finge ser do contra, para que o regime se possa proclamar de democrata, mas apenas finge ser o que não é.
O caso da CMF é um excelente exemplo: títulos aparentemente denunciadores ou críticas, numa primeira fase, para depois se incluir o fundamental: um detergente que lava tudo, com entrevista ao Presidente, como se fosse a pedra final de todo o processo.
Post scriptum: aposto que o director do Izvetzia está em trânsito para o Pravda, como "comunista" que o seu velho amigo diz que ele é.

sábado, 15 de setembro de 2007

Como uma Máfia, "no bom sentido"

Conselho Regional do PSD Madeira apoia governantes e autarcas, pois claro. Podem brigar pelos poderes internos, podem esgrimir armas e argumentos, mas quando chega a hora da verdade, o Padrinho obriga a família a estar unida à sua volta. Como uma Máfia, "no bom sentido".

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A lógica de Scolari

Scolari chegou a Portugal com a fama de sargentão e desde logo quis demonstrar como era a sua política de caserna, principalmente perante os contestatários. Seguindo a sua lógica militar, formou um forte espírito de grupo com os seus "meninos". Esse espírito valeu-lhe vitórias, mas o facto de tê-lo fechado, convocando sempre os mesmos, estivessem em forma ou não, começou, há algum tempo, a custar-lhe jogos e pontos.
Ñunca percebi como pode ser considerado um grande treinador quem recorre ao "cientificismo" das nossas senhoras de Caravaggio, enquanto vai suspirando "ai, ai", quando as coisas vão mal. O que devia fazer, nesses momentos, era concentrar-se nas alterações tácticas a realizar para alterar o rumo dos acontecimentos.
A agressão da passada quarta-feira não pode ser desculpabilizada, como não foram, para a FPF, as atitudes de João Pinto ou do miúdo Zequinha. O responsável pela selecção principal tem responsabilidades acrescidas. Se Gilberto Madaíl e seus pares perceberem do assunto, aproveitam a deixa e livram-se do caríssimo peso que carregam, com justíssima causa, contratando um técnico que traga novo dinamismo a uma selecção apática, sem alma nem raça.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

CMF

Fui desafiado a falar sobre a CMF, mas a minha opinião sobre certos comportamentos já foi veiculada através das minhas fichas (posts anteriores) que diziam quase tudo sobre os mecanismos que ligam a corrupção ao Poder. Nada do que se vai descobrindo me admira, porque certas pessoas se alcandoraram na vida pública e pessoal à custa da expressão popular de que o mundo é dos espertos! Surpreende-me é que essa gente ainda tenha crédito na opinião pública.
Post Scriptum: Sobre a minha escrita, recordo um episódio - há quase vinte anos colaborei com um programa da RJM, da autoria de uma colega da Católica. Eu falava de poesia, apresentando um livro. Decidi pegar num livro que Carlos Fino acabara de lançar, com prefácio de José António Gonçalves. O programa ia a meio quando o director da rádio, na altura o cónego Tomé Velosa telefonou à responsável pelo programa perguntando-lhe se estava louca, se não sabia que rádio era aquela, falando de um socialista, e quem era o colaborador que não conhecia de lado nenhum, que se queria falar de poesia madeirense então tratasse de Edmundo Bettencourt ou Herberto Helder. Nota minha: mortos e exilados, com todo o respeito e admiração por dois grandes poetas da literatura portuguesa. CONCLUSÃO: Tive que informar a minha colega que eu só escrevia sobre o que me apetecia, porque trabalho de casa bastava-me o da Universidade.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Crédito aos universitários

Um amigo falou-me, feliz, sobre as perspectivas de estudo do seu filho, que entra agora na Universidade. Andava angustiado, dizia-me, pois sabia que não caía do céu o dinheiro necessário para que o seu filho mais velho continuasse os estudos. Agora, com o crédito aos estudantes, resolvia o problema.
Acrescentou que Portugal era o único país da Europa que não possuía um sistema de crédito bonificado aos jovens universitários e insurgiu-se contra os que ainda criticam esta medida do Governo de Sócrates:
- Pois, isso é gente que não se interessa pela educação dos seus filhos, ou então não tem problemas financeiros. É melhor acabar um curso com uma dívida do que não poder continuar os estudos.
O meu amigo tem razão. E relevo desta medida o facto de os melhores alunos, os que mais se esforçarem, naturalmente, terão uma bonificação superior. O reconhecimento do mérito!

sábado, 8 de setembro de 2007

Símbolos e Povos

Diz bem Maximiano Martins sobre o orgulho que os Madeirenses sentem por serem Portugueses, embora devesse dizer que as bandeiras nacionais, na nossa terra, signifiquem muito mais que o orgulho pelos resultados desportivos, são uma marcante afirmação patriótica, anti-separatista.
Está menos bem Maximiano Martins quando classifica de regionalismo doentio os comportamentos dos homens do PSD-Madeira. Não se trata de regionalismo mas de atitude conforme à visão autonomista desse partido: a visão autonomista do PSD é claramente separatista. É claro como água, só não vê quem não quer. Não há que ter medo das palavras! Ou essa gente precisa fazer mais que eliminar os símbolos para que todos percebam?

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

À la gardere...

O líder do PSD-M recebeu o candidato à liderança do PSD, Castanheira Barros, na Quinta Vigia, residência oficial do Presidente do Governo Regional. O à-vontade com que se misturam interesses do PSD e do Governo Regional é tanto que quase ninguém se espanta ou se insurge contra. É o outro lado da mesma moeda de um presidente do Governo do PSD que se nega a receber o líder da oposição, alegando que não sabia sob que função João Carlos Gouveia pedia a audiência (quando a carta dizia explicitamente: como presidente do PS-Madeira) e, depois, dizendo que o líder do PS-M deveria portar-se como ele, presidente do PSD, quer, uma espécie de cordeirinho manso, que não denunciasse o sistema totalitário em que vivemos.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Alianças?

No jogo dos banquinhos era todos contra todos. Num jogo com quatro ou cinco balizas, cada qual defendia a sua, de metro e pouco, e procurava marcar golos na baliza mais desguarnecida. Quando, porém havia alguém já com 4 ou 5 golos e o jogo era até 6, todos se uniam para derrotar aquele adversário, até que voltava o equilíbrio, e era cada um por si. Isso era no tempo do jogo dos banquinhos...

O Partido da Terra e os Movimentos de Cidadãos

O Partido da Terra na Madeira surge da tentativa de militantes do PS se preservarem na Assembleia Legislativa da Madeira. Juntaram-se-lhe órfãos motatorristas e outros que, quando não apareciam nos lugares que ambicionavam nas listas, juravam participar num projecto de cidadãos disponíveis para trabalharem para o bem da comunidade. Uma mistura, uma mistela. Sem capacidade de afirmação no interior dos partidos ou pretensamente injustiçados nas suas vontades políticas, eis que formam movimentos de cidadãos. Dizem que ganha a cidadania. Mas há mais cidadãos a participar activamente na vida política? Não. Apenas há grupos de descontentes no interior dos partidos, geralmente porque os seus interesses pessoais não foram reconhecidos, que jogam com a chantagem. No Ps é ver o Movimento à volta de Manuel Alegre, que queria ser presidente da República, e o Partido decidiu apostar noutro; é Helena Roseta; é...(ah, na Madeira, os que alinharam à volta de Manuel Alegre a aderirem ao PT contra o Ps, ou a preconizarem novos grupos que nunca alinharão claramente na demanda de mais liberdade e democracia na Madeira).

domingo, 2 de setembro de 2007

Ruído?

O PS Madeira tem uma estratégia e um discurso próprios. A actual liderança tem marcado a política regional em três planos: na análise e denúncia bem marcadas do regime totalitário implantado na Madeira, com o consequente apelo para que a Justiça desempenhe integralmente as suas funções; na defesa dos interesses dos cidadãos madeirenses, mesmo que essa atitude implique discordância em relação a algumas medidas do Governo da República do Partido Socialista; nalgumas propostas já anunciadas publicamente, como a solicitação para que seja criada uma delegação do DIAP na Madeira e o complemento de insularidade de 15% para todos os funcionários públicos, numa clara tentativa de revitalização da frágil economia madeirense.
Naturalmente para o poder e seus servidores convém dizer que isto é só mais ruído.

Intermitências

O final das férias e a consciência de que muito trabalho me aguarda já a partir deste mês levou-me a um período de pausa nestas minhas reflexões. Este PC também não anda lá muito famoso e, por isso, o meu blog tem sido afectado por intermitências, que procurarei evitar para não defraudar os que perdem algum tempo por estas bandas.